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Mostrando postagens de agosto, 2016

Jornada nas Estrelas IV: A Volta para Casa (1986) | Inventividade no clichê

Star Trek IV: The Voyage Home (EUA) A maravilhosa temática de viagem no tempo já é tão batida quanto os furos de roteiro que as mesmas apresentam. Na década de 80, no entanto, fizeram direito. A trilogia De Volta para o Futuro e Exterminador do Futuro foram os catalizadores que compõem os principais filmes do gênero. Assim, o uso inteligente de paradoxos temporais e de possibilidades de partir para frente e para trás, já usado na própria linha temporal de Star Trek , precisava ir para os cinemas com a franquia.  Episódios da série original, como Tempo de Nudez e A Cidade à beira da Eternidade são alguns que envolvem o tema de forma que em 50 minutos o espectador fique tenso e interessado com a premissa. A franquia no cinema, até então, não tinha se aventurado pelo caminho e, depois do encerramento do filme antecessor, Leonard Nimoy , mais uma vez na direção, apostou em um capítulo absolutamente, no melhor sentido da palavra, aleatório. Tudo que aconteceu nos três

Jornada nas Estrelas III: À Procura de Spock (1984) | Nimoy reinventa a franquia

Star Trek III: The Search for Spock (EUA) Inicialmente, a ideia era matar, de vez, o comandante Spock de forma épica e dolorosa para os integrantes da Enterprise e para o público. A missão foi realizada com tanto sucesso ao ponto de os fãs enviarem cartas e reclamarem que não queriam consumir   Star Trek   sem o icônico personagem. Com tamanha comoção,   Leonard Nimoy   retorna pra franquia e, dessa vez, como diretor também. O terceiro filme, ou o filme do meio de uma trilogia que começou com A   Ira de Khan , continua exatamente onde o seu antecessor finalizou. O arco de Spock prevalece e a história, apesar de lenta no início, logo mantém o ritmo empolgante do anterior. Dessa forma,   À Procura de Spock   é mais um exemplar que, mesmo sendo longo o suficiente e com conveniências desnecessárias, consegue divertir com o ator atrás das câmeras. O roteiro, assinado por   Harve Bennett , não se distancia e revela logo as peças do tabuleiro para transformar em um film

Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan (1982) | Khan Contra-Ataca

 Star Trek  II : The Wrath of Khan (EUA) E.T. – O Extraterrestre , Poltergeist - O Fenômeno , Tron , O Enigma de Outro Mundo e Mad Max 2 – A Caçada Continua foram alguns dos filmes do verão norte-americano de 1982. Dessa forma, era praticamente impossível continuar Star Trek com a mesma indulgência do primeiro longa-metragem e, com esses fatos em sua mesa, a Paramount exclui  Robert Wise e põe Nicholas Meyer naquele que é considerado por muitos o melhor filme de toda a franquia. Com um orçamento modesto de quase 12 milhões de dólares, Star Trek  II : A Ira de Khan começa  com Kirk sendo almirante, mas, ao mesmo tempo, desinteressado pelos próximos anos de solidão na Terra enquanto os seus companheiros continuam a exploração pelo desconhecido. E em outro canto da galáxia, Khan, o vilão apresentado no episódio clássico da primeira temporada em 1966, Semente do Espaço , retorna e busca por sua última missão: destruir a Enterprise e seu capitão. A  incumbência  de f

Jornada nas Estrelas: O Filme (1979) | O primeiro equívoco

Star Trek: The Motion Picture (EUA) Diante de tantos filmes com temática espacial, Gene Roddenberry , CBS e a Paramount necessitavam levar a franquia, que já havia sido consolidada por mais de dez anos na televisão (devido as inúmeras reprises), para os cinemas. Desse modo, Star Trek: The Motion Picture estreou em 1979, logo após 2001: Uma Odisseia no Espaço , Solaris , Star Wars , Alien – O Oitavo Passageiro , Superman – O Filme , Contatos Imediatos de Terceiro Grau e outros. E talvez esse tenha sido o seu maior equívoco: esperar o sucesso dos demais pra se lançar na sétima arte.  O longa inicia de forma calorosa, receptiva e acolhedora, ao apresentar novamente todos os seus personagens, com desenvolvimentos e explicações aceitáveis para com o universo que demorou para continuar em outra mídia. A música, conduzida pelo gênio  Jerry Goldsmith , conhece a essência da franquia e cria um ritual, ao lado dos efeitos visuais, práticos e da fotografia, para todos os fãs

Jornada nas Estrelas (3° temporada, 1968) | Fim de uma era

Star Trek - Season 3 (EUA) A série, com duas temporadas, já tinha quebrado barreiras de preconceitos raciais e femininos, comentou sobre genocídio, tecnologia, guerras e ainda conseguiu exibir que, em união, respeito e amor pelo próximo, os planetas e, é claro, a nossa Terra, podem viver em prosperidade em uma época em que não existia nada disso, por consequência da recente Segunda Guerra Mundial e por estar no auge da Guerra Fria.  No terceiro ano, com os mesmos conceitos corajosos que deveriam ser anacrônicos, os diretores e produtores envolveram toda a sua carga de positividade para os próximos anos com mais episódios sobre a problemática do preconceito para com o próximo, guerras e mal uso de discursos que podem atingir milhões de uma forma negativa. Dito isso, os roteiros continuam a abraçar a competência dos atores e da pouca tecnologia que eles tinham. Então, consequentemente, os episódios exigiam mais de seus astros com os seus diálogos, monólogos e passagens

Jornada nas Estrelas (2° temporada, 1967) | Excelência em primeiro lugar

Star Trek - Season 2 (EUA) Logo após o último capítulo da primeira temporada, os produtores da NBC declararam: “ Estamos felizes em informar que Star Trek continuará a ser visto na NBC. Nós sabemos que vocês estarão ansiosos em ver a aventura espacial semanal em Star Trek ”. O discurso positivo foi consequência das inúmeras cartas que o canal recebeu clamando por uma continuação das histórias.  Um ano depois, a segunda temporada foi ao ar e, para muitos, é a melhor de todas do universo de Jornada nas Estrelas . Isso têm como base as atuações que estavam cada vez mais formidáveis, a expansão do universo (literalmente) maior que a anterior e os roteiros filosóficos em sua grande maioria e puro entretenimento em sua outra metade. Os roteiros seguem o rastro iniciado no ano anterior, o que gera um sentimento de crescimento de excelência que prevalece e mantêm os diretores exemplares com as suas histórias, mesmo com baixo orçamento que eles possuíam na época.  Inclusive,

Pets - A Vida Secreta dos Bichos (2016) | Animação diverte, mas carece de diferencial

The Secret Life of Pets (USA) Personagens fofos, premissa simples, músicas pop do momento e piadas despretensiosas. Essa é a fórmula básica do sucesso comercial, já seguida várias outras vezes pela Illumination Entertainment, vertente de animação da Universal Studios. Outrora responsável por " Meu Malvado Favorito " (2010) e seu spin-off caça-níqueis " Minions " (2015), o filme da vez é " Pets - A Vida Secreta dos Bichos " (2016), o primeiro dos dois estrelados por animais falantes que a produtora lançará esse ano (O próximo, intitulado " Sing " e com forte apelo musical, chega daqui alguns meses). Dirigido por Chris Renaud (" O Lorax ", 2012; " Meu Malvado Favorito 2 ", 2013) e pelo diretor de arte Yarrow Cheney , o longa-metragem com bichos de estimação é bastante raso e sem muitas surpresas, mas consegue arrancar um sorriso ou outro.  Ambientada em Nova York e com uma grande gama de personagens secundários,

Eu, robô - O suprassumo da ficção científica

Primeira Lei da Robótica: Um robô não pode ferir um humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal. A renomada e conhecida Susan Calvin, psicóloga robocista da U.S. Robots and Mechanical Men, Inc, gostava mais de robôs do que de pessoas. Esse foi um dos principais motivos que a motivou a especializar na área: ficar cada vez mais longe dos seres humanos. Em meio a sua terceira idade, a cientista resolve conceder uma entrevista sobre sua carreira e os avanços da robótica. É com essa personagem que encaramos a maioria dos contos do clássico " Eu, Robô ", um dos 500 livros escritos pelo bioquímico russo naturalizado americano, Isaac Asimov . Segunda Lei da Robótica: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos,  exceto no caso em que tais ordens entram em conflito com a Primeira Lei. O Bom Doutor, como era conhecido Asimov, trouxe, no formato de nove contos, um pouco de sua epifania de um futuro possivelmente distante,

Bone Tomahawk (2016) | Tapa na cara

Bone Tomahawk (EUA) Western, de uns tempos pra cá, sofreu constantemente inúmeras mudanças que os realizadores abraçaram e revelaram de forma atual. Com  Onde os Fracos Não Têm Vez ,  Bravura Indômita ,  Mad Max: Estrada da Fúria , O Regresso , Os Oito Odiados e, por fim, Bone Tomahawka , o gênero cresceu e consolidou de maneira autêntica a importância do Western no século 21. Em Bone Tomahawaka (sem tradução no Brasil), Kurt Russell interpreta um xerife calmo e altruísta que carrega a complicada missão de resgatar uma mulher e outros dois homens que foram sequestrados por um grupo formado (obviamente) por índios. Na missão, o xerife, juntamente com outros três homens, entra em uma escuridão típica que outros filmes já tinham apresentado há 50 anos, com obstáculos de extrema tensão, muito preconceito, ideologias ultrapassadas e com bastante humor negro digno de diálogos inspirados em Quentin Tarantino . Pela temática piegas que o filme apresenta, a missão permeia p

Ben-Hur (2016) | Embora morna, uma revisita honesta

Ben-Hur (EUA) Desde que surgiram as primeiras informações com relação a Ben-Hur, de Timur Bekmambetov , o estigma da refilmagem inflamou muitos fãs da versão de 1959 dirigida por William Wyler . É preciso que se quebre esse paradigma antes de adentrarmos no nosso tema central. Lembrarmos que também o clássico de Wyler era uma refilmagem da versão lançada em 1925 por Fred Niblo . Me parece que nem mesmo Bekmambetov parecia convencido de que seria uma boa ideia refilmar algo tão grande quando defendeu-se dizendo que sua versão baseia-se não no filme anterior, mas no livro que originou todos eles e escrito por Lew Wallace em 1880. Seja como for, foi com bastante desconfiança que adentrei na sala para assistir à versão de 2016. Como protagonista, Jack Huston , neto do aclamado diretor John Huston . Seu Judah é um homem puro, desconhecedor das agruras da vida, e que ainda acredita no amor. É preciso que seja acusado injustamente para que perceba que existe um mundo além das par

Maze Runner: A Cura Mortal não será cancelado e ganha nova data de estreia

Os fãs de Maze Runner podem respirar aliviados, pois a continuação da saga já ganhou uma nova data de estreia!   Após o acidente do ator Dylan O'Brien, as filmagens do filme "A Cura Mortal" foram adiadas e corriam risco de serem canceladas . Mas, após alguns meses de suspense, a tão esperada estréia do longa está prevista para o dia 11 de janeiro de 2018 aqui no Brasil, um dia depois dos Estados Unidos. As filmagens serão retomadas em 2017, assim que o ator receber alta e a atriz Kaya Scoledario dar à luz. A 20th Century Fox já se pronunciou sobre o ocorrido:  “ O retorno das gravações de Maze Runner: A Cura Mortal foi adiado para permitir que Dylan O’Brien tenha mais tempo para se recuperar totalmente do acidente. Desejamos a Dylan uma recuperação rápida e esperamos poder reiniciar as gravações o mais rápido possível “. O acidente Durante a gravação do filme em Vancouver, no Canadá, o ator Dylan O'Brien foi atropelado em meio a filmagem de uma cena, no

Esquadrão Suicida (2016) | Publicidade enganosa

Suicide Squad (EUA) A equipe de marketing responsável por criar o buzz em volta de Esquadrão Suicida cumpriu com seu objetivo – o filme, no entanto, não. Através de trailers incríveis, pôsteres e vídeos, a expectativa criada para este filme foi totalmente contrária ao que este, de fato, entregou. É só mais uma prova que marketing é a alma do negócio, afinal. Com o fracasso de críticas de Batman vs Superman, a DC buscou correr atrás do prejuízo com Esquadrão Suicida, regravando boa parte do filme a fim de que fosse consertado o que não funcionou antes: a falta de humor. No filme, ficou perceptível na montagem medíocre a quantidade de cenas cortadas e mal inseridas, como se apenas colocassem uma cena por cima da outra, sem importar com a contextualização e o gancho entre elas. A má edição unida ao roteiro incompetente e problemático de David Ayer , que também ficou responsável pela direção, traz uma trama bagunçada, sem nexo, e com erros de continuidades inaceitáveis numa

Perfeita é a Mãe (2016) | Esteriótipos e linguagem rasa

Amy ( Mile Kunis ) é uma mulher à beira de um ataque de nervos que faz milagres dividindo sua rotina entre os filhos, trabalho, academia e um marido que se torna um estorvo em sua vida. Ela é intensamente cobrada por todos, que não reconhecem suas façanhas e acabam tomando-a como uma mulher que faz de tudo mas não consegue se destacar em nada, já que está sempre chegando atrasada, perdendo reuniões e não se dedicando o suficiente para que todo o universo funcione bem.  Para os filhos ela é a carona que se atrasa, para o marido, a mulher que não lhe satisfaz, "obrigando-o" a buscar outras formas de prazer. Para seu chefe é aquela que perde reuniões ~ vazias ~ por estar presa entre um compromisso e outro, para a representante das mães na escola ela é aquela que foge das responsabilidades. Incomodada, Amy irá explodir em algum momento. E assim o faz, jogando todas as obrigações de ser perfeita para o ar e buscando aproveitar um pouco de sua vida ao lado de duas outras mã