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Mostrando postagens de novembro, 2018

Programação do 28º Cine Ceará continua no interior do Estado

Maracanaú, Maranguape e Horizonte são as três primeiras cidades a receber o Cine Itinerante - 28º Cine Ceará, que de 26 de novembro a 16 de dezembro circula pelo estado exibindo curtas-metragens que marcaram a última edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema. O público poderá conferir os seis curtas vencedores e o que foi produzido pelos participantes do projeto Enel Compartilha Animação. 28º Cine Ceará: programação itinerante continua no interior do Estado No total, 20 cidades recebem a programação do Cine Itinerante 28º Cine Ceará: Começa em Maracanaú, no dia 26 de novembro. No dia seguinte será em Maranguape e no dia 28 estará em Horizonte. Depois a mostra segue para São Gonçalo do Amarante (29.11), Paracuru (30.11), Beberibe (02.12), Fortim (03.12), Itaiçaba (04.12), Amontada (05.12), Acaraú (06.12), Granja (07.12), Quixeré (08.12), Limoeiro do Norte (09.12), Eusébio (10.12), Pacatuba (11.12), Sobral (12.12), Quixadá (13.12), Russas (14.12), Aquiraz (15.12)

Era pra ser só Pop: Thank you, Ari

Eu pensei que ficaria pra sempre com o Sean / Mas nós não combinamos / Escrevi algumas músicas sobre o Ricky / Agora eu as escuto e rio / Até quase me casei / E, ao Pete, sou muito grata / Gostaria de poder dizer obrigada ao Malcolm / Porque ele era um anjo.  É com uma declaração de gratidão aos seus ex-namorados que a pequena Ariana Grande dá a partida do seu mais recente sucesso, “Thank You, Next”. A música debutou em #1 na Hot 100 da Billboard , a mais importante parada de música do mundo, e quebrou recordes nas plataformas digitais, reconduzindo o pop ao topo - esta é a primeira música solo pop e de uma mulher a debutar na primeira posição da parada desde 2015, com “Hello” de Adele. Era pra ser só Pop: Thank you, Ari De estrela teen à nova Mariah, da mulher perigosa ao sonoro obrigado O feito faz com que Ariana ocupe um protagonismo dentro do cenário pop atual que já era ensaiado por ela há alguns anos. Diferente da chiclete “Problem” e do super featuring “Bang Bang

Guerra nas "Estrelas": Bolsonaro é o nosso Kylo Ren

Esse clichê acima é uma verdade universal. Porém, nos filmes de aventura quando chegam ao fim sem um final feliz, já esperamos uma continuação. Quase sempre, né? Tem suas exceções, mas a regra é basicamente essa. Será que a vida é assim também? Faz bem ao coração pensar que sim. Sempre que nos encontramos em uma situação cruel queremos que tudo passe logo, queremos muitas vezes não precisar passar por aquilo... Mas precisamos. Queremos que nossa vida fosse um filme gentil de aventura, mas, atualmente, em tempos difíceis como estamos, está algo mais próximo de Game Of Thrones e a ascensão de Jofrey. Será?  Guerra nas "Estrelas": Bolsonaro é o nosso Kylo Ren A vida imita a arte e a arte imita a vida.  Um bom exemplo bastante próximo de nossa realidade é Star Wars . O final do Episódio VIII tudo parecia perdido. Alguns heróis se foram, o inimigo estava consolidado e as novas esperanças estavam fragmentadas e desnorteadas, com a liderança abalada. O novo inimigo nasce

Da Bahia ao Espírito Santo: a “Transa” de Silva

1972. Caetano Veloso voltava de seu amargo exílio e lançava “Transa”, álbum dos mais intensos e “objetivos” de sua carreira. 2018. Silva, chamado simplesmente desse jeito, retorna ao campo autoral e lança “Brasileiro”, álbum que vai em contramão direta a toda a sonoridade que o colocou no mundo da música sete anos atrás. Não parece muito claro o que esses eventos podem ter em comum, mas há em torno deles dois Brasis que sangraram apesar de toda revolta e apesar dos curativos.  Da Bahia ao Espírito Santo: a “Transa” de Silva A vontade de ser brasileiro Em Londres, Caetano lembra de um Brasil que era capaz de ir muito além do regime militar, da censura e do horror. Um Brasil que ainda é muito lindo por tudo que produziu, pelas pessoas, pelos sons únicos, por uma história pulsante em torno da música, da arte. “Transa” me parece uma colcha de retalhos do que é ser brasileiro, ou baiano, como nunca escondeu seu autor. You Dont Know Me ,  It’s a Long Way e Triste Bahia , por ex

Festival Verbo Ver anuncia fotógrafos selecionados para a Mostra Cearense

O Verbo Ver Festival de Fotografia divulgou, nessa terça-feira, 13, os 25 selecionados da Convocatória de Mostra Cearense, que tem como tema a pergunta “Por que fotografar?”. Além de serem exibidos durante o evento e compor o catálogo impresso e virtual do festival, os trabalhos serão projetados em espaços públicos de Fortaleza e Sobral. Todos os selecionados receberão cachê pela participação, e os autores dos dois melhores trabalhos serão contemplados com passagens para a Colômbia, onde poderão participar da programação da Bienal de Fotografia de Bogotá, em 2019, recebendo ainda ajuda de custos para a viagem. Autores cearenses Os selecionados são: Bárbara de Moura Braga, Beto Skeff, Chico Gomes, David Einstein Araújo Rabêlo, Deivyson Fernandes, Delfina Rocha, Demétrio Jereissati, Fernando Luís Maia da Cunha, Galba Nogueira, Henrique Torres, Ianara Rodrigues de Alencar, Jamille Jacinto Queiroz, Junior Pimenta, Leo Henriques, Ney Onofre, Osmar Gonçalves, Rafael Vilarouca, Ric

7 vezes em que a música pop foi política sem, necessariamente, ser partidária

Recorrentemente acusado de ser um gênero menor, fútil e demasiadamente comercial, a música pop nunca se limitou ao espaço que parte da crítica especializada lhe reserva. Entre escândalos, manchetes, grandes êxitos e até mesmo “boicotes”, listei 7 vezes em que o pop foi político - e sem necessariamente ser partidário.  Madonna, o fim dos anos 80 / começo dos 90 e a AIDS Quando parte para Nova York com 35 dólares no bolso e o desejo de ser uma estrela, Madonna Louise Veronica Ciccone encontra em seus amigos gays a aceitação e o sentimento de pertencimento que nunca experimentara até então. À época, a comunidade gay “saia do armário” e ali começava a se desenhar o que hoje conhecemos como o ativismo pela causa.  A epidemia de AIDS que surgiria nos anos seguintes jogaria sobre a comunidade gay um estigma ainda maior do que já carregara e é aí que entra Madonna. Entre tantas perdas - sendo duas especialmente dolorosas: o seu professor de dança, Christopher Flynn, e a de seu melho

O dia que conheci Stan Lee

O ano era 2004. O mês era maio. E eu era um garoto que ainda brincava com os bonecos do Homem-Aranha, Wolverine e Hulk. Estava ansioso, contando os minutos e esperando o sol nascer para o grande dia. Nesse dia iria conferir, pela primeira vez, o retorno de Peter Parker, no filme Homem-Aranha 2 , dirigido por Sam Raimi . Vesti a melhor blusa que tinha do herói, coloquei os brinquedos na caixa e fui para a casa de um tio. Duas horas antes do filme, esse mesmo tio me entregava uma caixa pesada. Ao abrir, meu rosto ficava rosa de alegria e meus olhos coloridos de emoção, já que estava recebendo sua antiga coleção de dezenas de quadrinhos. Todos do Homem-Aranha, obviamente. Eram gibis antigos, velhos, alguns com poeira, outros sem capa. Guardei e fui conferir o filme do teioso. Foi um dia para nunca esquecer. Naquela sala lotada de estreia, eu me emocionava e torcia para que Peter conseguisse um emprego, pagasse as contas e ficasse bem com Mary Jane. Ele era um amigo, eu torcia p

Lista: 5 séries de terror/suspense atuais

Embora já tenha passado o halloween, ninguém dispensa uma boa série de terror. Seja pra sentir medo ou por apreço às estruturas das clássicas e nova histórias de terror. Selecionamos, então, algumas séries que vem reforçando ou atualizando conceitos das obras assustadoras dentro das limitações e criatividades do formato de televisão. Confira abaixo: American Horror Story  American Horror Story é uma série de terror e suspense dita como antológica, que a cada temporada, conta uma nova história centrada em um tema e com praticamente todo o elenco da temporada anterior interpretando novos e completamente diferentes personagens ou até mais de um personagem em uma mesma temporada. Na primeira por exemplo, o tema foi uma casa mal-assombrada chamada "Murder House", já na segunda intitulada "Asylum", um manicômio com vários criminosos insanos, a terceira que recebeu o nome de "Coven", trata de um grupo de bruxas, a quarta por sua vez, intutulada "

Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald (2018) | Universo bruxo, visão política

Desde o anúncio de que Johnny Depp seria, de fato, o vilão dessa nova franquia de cinco filmes, derivado de Harry Potter , os fãs se contorcem. Como um misógino pode estrelar tamanha saga, ganhar milhões e ainda continuar intacto depois dos crimes que cometeu para com a sua ex-esposa, Amber Heard ? J.K Rowling , roteirista de Os Crimes de Grindelwald , responde isso no filme que promete decepcionar os fãs sedentos por magia, mas agradar os mais atentos ao universo político que a franquia pode oferecer. Crítica: Animais Fantásticos - Os Crimes de Grindelwald (2018) Universo bruxo, visão política Rowling, logo de cara, já corrige o que foi feito tão rapidamente na franquia anterior. Em Os Crimes de Grindelwald , a roteirista divide os seus personagens com subtramas especificas para cada um, tornando o universo, finalmente, o novo protagonista, não Newt Scamander. Além disso, o seu roteiro também constrói uma trama que aponta os perigos e mentiras ao redor do fascismo e como

A Tristeza de Caetano

“Estou triste, tão triste, estou muito triste” um verso que só parece simples demais para a boca de Caetano. Há uma tristeza comum ao seu olhar que se escondeu durante o amadurecimento rebelde. A anarquia, o grito contra a ditadura, a Tropicália, ele esteve a frente de muito, até agressivo, debochado, afrontoso, mas sempre triste. Basta olhar, e sentir. Caetano feliz ainda é triste, talvez seja o estado favorito de toda poesia. A Tristeza de Caetano O olhar que ainda é feliz Isso não significa que se apresente sem emoção, carisma, sem sensação. Caetano canta com a alma, é o alguém que canta de tão longe, longe porque é de dentro. “ A voz de alguém nessa imensidão, que canta como que pra ninguém”. Parece que ninguém vê o olhar triste que tanto contrasta com o sorriso alegre que doou a Bethânia. Demorei pra sentir que “Estou Triste” é uma canção prazerosa. A gente sabe que a tristeza é um sentimento lindo, é como ser feliz pra dentro. Só tem você lá dentro e isso pode pare

Bohemian Rhapsody (2018) | Diverte, emociona, mas não passa de um highlight

Dirigido por Bryan Singer e Dexter Fletcher , Bohemian Rhapsody é a cinebiografia de Freddie Mercury ( Rami Malek ), retratando seus passos, desde o garoto que queria fazer música, à sua vida artística e sua ascensão como um dos maiores vocalistas do Rock n' Roll da história na lendária banda Queen. É impossível falar de Freddie Mercury sem falar do Queen e vice-versa, isso sendo um fator crucial quando se trata de contar uma história de qualquer um desses ícones. Desde que foi anunciado a produção do longa, a obra vinha sofrendo com diversos problemas em sua realização, e isso se estendeu mais do que deveria, deixando esse legado de dificuldades até o seu momento atual: Singer deixou a equipe do filme por polêmicas, assumindo, então, Dexter Fletcher. Tais adversidades se refletem na projeção. Crítica: Bohemian Rhapsody (2018) Diverte, emociona, mas não passa de um highlight" A narrativa de Bohemian Rhapsody começa da forma mais usual de uma história de origem,

Arte Pop: Hermeto Pascoal, Lady Gaga e Sócrates

O multi-instrumentista Hermeto Pascoal tem uma fala muito bonita no documentário “Hermeto e o Quarteto” de Francis Vale (ainda a ser lançado), sobre uma viagem que fez aos Estados Unidos quando não entendia o inglês: "A música não tem idioma, a música é o sentir". Em outro momento, diz: "A música é como o vento, como as estrelas, como o céu, como as montanhas. Não é de ninguém. Principalmente o ar que a gente respira” O depoimento é sobre o cinquentenário do único álbum do Quarteto Novo, lançado em 1967 por um grupo instrumentalista que além de Hermeto, era formado por Theo de Barros, Heraldo do Monte e Airto Moreira. Sem uma só palavra, oito músicas acessam quase matematicamente (notas e arranjos) a imaginação do consumidor de um estilo musical que diz mais de si mesmo que as letradas.  É mais ou menos essa compreensão do termo “música” que explica o conceito surtado de “ARTPOP”, terceiro album de estúdio da cantora norte-americana Lady Gaga. Não que Hermeto

A casa que Jack construiu (2018) | Visão grotesca, filme eficaz

Lars von Trier não é flor que se cheire. Assumidamente nazista, o diretor já incomodou muito mais que grande parte dos filmes mais polêmicos de Hollywood. Com A casa que Jack construiu , o diretor volta com uma perturbação ainda mais intensa que os outros filmes, apesar de ser menos grotesco que Ninfomaníaca . A estrutura narrativa destes filmes, alias, se encontram quando comparados um com o outro. Em ambos os longas, o diretor mostra um protagonista viciado relatando a sua rotina a um outro personagem. Juntos, o criminoso e sua testemunha desenvolvem uma construção sobre a odiosa natureza humana. Enquanto Joe relatava a sua jornada sexual para um professor, Jack conta a sua prática de mortes ao poeta Virgílio, autor da Eneida, também citado na Divina Comédia de Dante. Para começar, o diretor, obviamente, é um exemplo de narcisista que entra no seu próprio filme para falar dele mesmo, assim como Woody Allen , Quentin Tarantino e Alejandro González Iñárritu . Em A casa que

O Doutrinador (2018) | Um início otimista para filmes brasileiros de herói

Miguel (Kiko Pissolato) é um policial de uma divisão especial do distrito federal que, ao perder a filha em uma fatalidade que é reflexo de múltiplos fatores negativos enraizados a nível nacional, questiona a forma de realizar seu trabalho dentro da polícia. Sedento por uma justiça banhada de vingança, Miguel, aos tropeços do destino, torna-se o Doutrinador, um anti-herói que almeja acabar com a corrupção brasileira com as próprias mãos. Crítica:  O Doutrinador (2018) Um início otimista para filmes brasileiros de herói A introdução surpreende aqueles que chegaram despretensiosos, criando um pico de expectativa alarmante. Para os amantes de anti-heróis sombrios, este momento torna-se ainda mais agradável. Pequenas sensações nos interligam com o protagonista rapidamente, olhamos em seus olhos saltados de indignação e podemos ouvir seus pensamentos. O que fica preso na cabeça dele, fica preso, por vezes, na nossa, em nossa rotina, é impossível fugir das desventuras diárias nos p