Paratodos (Brasil) |
Rodado desde 2013, o documentário que, além do Brasil, traz cenas gravadas em outros países, esforça-se para sair do comum e apresenta seus personagens de forma a valorizar não só suas conquistas, mas revelar os estressantes bastidores de treinos e a rotina dos competidores paralímpicos, que muitas vezes é ainda mais complicada do que a de atletas regulares. A proposta é bastante importante para elevar a visibilidade destes atletas em nosso País, principalmente às vésperas de Olimpíadas, visto que seus feitos costumam ser bastante negligenciados por parte da mídia.
A decisão de dividir o documentário entre "atos" é muito coerente, especialmente devido ao foco em uma grande quantidade de atletas. Cada personalidade é introduzida ao público em seu tempo, de forma que os espectadores não fiquem confusos com a quantidade de pessoas e acontecimentos. A montagem, inclusive, é excepcional, "costurando" muito bem todas as histórias e trazendo recortes informativos que permitem a compreensão fluida de tudo. Conhecemos cada um; revemos seus momentos principais de vitória e derrota; nos situamos quanto às definições de algumas modalidades esportivas. Um recorte bem realizado de registros, com fatos e curiosidades interessantes, que até resultam em uma boa aula.
Apesar disto, é também nesta decisão onde encontramos algumas falhas; em seus 110min de duração, o documentário parece longo, e o ritmo entre as sequências é bastante diferente, construindo um caráter "heterogêneo". A fotografia, por exemplo, atinge um ponto exemplar durante o ato de canoagem, onde contribui para a narrativa visual de maneira bem mais impactante. A mixagem e edição de som, por sua vez, é mais notável durante as partidas de futebol. Desta forma, algumas cenas revelam-se bem mais atraentes do que outras.
Por fim, mesmo que "Paratodos" pareça grandioso com sua abordagem não tão piegas e com seus ápices de bela produção cinematográfica, ele não abandona sua essência documental. Câmeras e microfones à mostra não só relembram os espectadores que trata-se da realidade, mas nos aproximam de um mundo existente em que limites não significam impossibilidades. É um retrato necessário e inspirador, que certamente abrirá alguns olhos e motivará muita gente.
A decisão de dividir o documentário entre "atos" é muito coerente, especialmente devido ao foco em uma grande quantidade de atletas. Cada personalidade é introduzida ao público em seu tempo, de forma que os espectadores não fiquem confusos com a quantidade de pessoas e acontecimentos. A montagem, inclusive, é excepcional, "costurando" muito bem todas as histórias e trazendo recortes informativos que permitem a compreensão fluida de tudo. Conhecemos cada um; revemos seus momentos principais de vitória e derrota; nos situamos quanto às definições de algumas modalidades esportivas. Um recorte bem realizado de registros, com fatos e curiosidades interessantes, que até resultam em uma boa aula.
Apesar disto, é também nesta decisão onde encontramos algumas falhas; em seus 110min de duração, o documentário parece longo, e o ritmo entre as sequências é bastante diferente, construindo um caráter "heterogêneo". A fotografia, por exemplo, atinge um ponto exemplar durante o ato de canoagem, onde contribui para a narrativa visual de maneira bem mais impactante. A mixagem e edição de som, por sua vez, é mais notável durante as partidas de futebol. Desta forma, algumas cenas revelam-se bem mais atraentes do que outras.
Por fim, mesmo que "Paratodos" pareça grandioso com sua abordagem não tão piegas e com seus ápices de bela produção cinematográfica, ele não abandona sua essência documental. Câmeras e microfones à mostra não só relembram os espectadores que trata-se da realidade, mas nos aproximam de um mundo existente em que limites não significam impossibilidades. É um retrato necessário e inspirador, que certamente abrirá alguns olhos e motivará muita gente.
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