Pular para o conteúdo principal

The Royals (1° temporada, 2015) | As duas faces da realeza Britânica

The Royals é uma série de drama desenvolvida por Mark Schwahn, criador da série One Tree Hill, que teve, enfim, um projeto que sobreviveu ao pilot season, quando as emissoras adquirem séries e gravam o piloto pra saber se vão por na grade da emissora ou não. Depois do fim de One Tree Hill cá está Mark com mais uma série, sendo produzida pelo canal E!. Mas dessa vez sobre uma fictícia família real britânica vivendo na atual Londres, mostrando todos os dramas, problemas, chantagens, relacionamentos, basicamente todos os problemas normais de qualquer família. A única diferença é que se trata da Família Real da Inglaterra, que é vigiada e julgada constantemente pelo mundo inteiro.

A família é composta pela Rainha Helena (Elizabeth Hurley), o Rei Simon (Vincent Regan), seus filhos Liam (William Moseley) e Eleanor (Alexandra Park). A rainha Helena é a carrasca da família, enquanto o rei Simon é o simpático e amoroso. O príncipe Liam é o playboy metido e a Eleanor, a princesa problemática e drogada. Juntos eles têm que superar a grande perda do príncipe Robert, o filho mais velho e sucessor do trono. Ainda tendo que superar suas gritantes diferenças e servir de exemplo para o Reino Unido.


The Royals foi uma aposta alto do canal E!, que até então não possuía séries de ficção em sua grade. Muitas críticas pela mídia foram exposta antes mesmo de sua estreia, tachada de uma nova Gossip Girl, ninguém dava nada pela série. The Royals foi renovada pra sua segunda temporada antes mesmo do seu piloto sair, mostrando que o canal realmente acredita no potencial e na grande audiência que ela teria. Os trailers foram divulgados e mais comparações surgiram, mas a série já mostrava que tinha uma pegada bem envolvente e adulta, apostando no drama e no mistério que rodeia a família real Britânica. 


Em seus primeiros episódios a série mostrou pra que veio, demonstrando uma força em seu roteiro marcante. Alguns personagens pareciam um pouco caricatos de início, mas no decorrer dos episódios percebemos o crescimento e a profundidade de cada um deles. Enxergamos verdadeiramente o que existia por trás daquelas máscaras que eles demonstravam para o seu povo e conseguimos chegar ao fundo e perceber que as aparências enganam, que nem tudo que demonstramos ser, realmente é.




Desde o início da série foi mostrada a vontade do rei Simon abolir de vez a monarquia, tendo sua vontade desaprovada por sua família. A narrativa se desenvolve de início em cima da morte do príncipe Robert e da abolição da monarquia, mas os dramas vão além. O príncipe Liam se prepara para ser o sucessor de seu pai, em quanto a princesa Eleanor vive sua vida nas farras, se drogando e dormindo com inúmeros homens até que seu novo segurança Jasper grava um suposto vídeo dela e a chantageia. Romance não podia deixar de faltar. Liam se apaixona pela filha do chefe de segurança, Ophelia e vive “um amor proibido”. Ao mesmo tempo, sua mãe e rainha Helena desaprova esse romance e faz de tudo para que seu filho volte com sua ex namorada, Gemma, uma jovem nobre e de boa família. 


The Royals é a primeira série de ficção roteirizada do canal a cabo mais conhecido pelo reality show "Keeping Up with the Kardashians", que acompanha o dia a dia da família Kardashian-Jenner. The Royals é uma mistura de Gossip Girl com One Tree Hill. Os personagens foram muito bem escritos e desenvolvidos no decorrer da temporada, e não poderíamos esperar menos de Mark Schwahn. O destaque de atuação ficou por conta da atriz Alexandra Park, que interpreta a princesa Eleanor. A série tem muita chance de crescimento, principalmente pelo final impactante que teve a sua primeira temporada. Apesar de a temática não ser das melhores, há um grande leque de possibilidades para o futuro da série, caso permaneça nesse ritmo frenético e continue arriscando, como vem fazendo

Princesa Eleanor e Jasper


              

The Royals (1° temporada, 2015)

As duas faces da realeza Britânica

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Sacrifício do Cervo Sagrado (2017): com divina retribuição, Ele virá para salvá-los

Com uma atmosfera que remete a Iluminado , com seus travelings com O Único Plano de Fuga de Stanley Kubrick , planos captados com uma lente que lembra uma visão extracorpórea da rotina do bem-sucedido cardiologista Steve ( Colin Farrel ), O Sacrifício do Cervo Sagrado tenta atrair sua atenção neste mês de fevereiro.  O Sacrifício do Cervo Sagrado (2017)  Com divina retribuição, Ele virá para salvá-los A história acompanha o personagem de Farrel, que mantêm contato frequente com Martin ( Barry Keoghan ), que perdeu o pai na mesa de operação na qual Steve trabalhava. Quando Martin começa a não obter a atenção desejada pelo cirurgião, coisas estranhas começam a acontecer a seus filhos. Ao acompanhar a família do médico e suas relações intrínsecas, sentimos que cada plano carrega uma estranheza suspensa e crescente pelo uso do zoom; ele te intima a mergulhar em cada diálogo na mesa de jantar, em cada andança sem pretensões pela ala de um hospital ansiando por achar o erro na imag

Homem de Ferro (2008) | O grande primeiro passo da Marvel Studios

Robert Downey Jr. sempre foi um ator talentoso, diferentemente do que muitos apontam. Apesar de seus encontros com a polícia em função das drogas, o astro sobreviveu a um intenso mergulho na dependência química e conseguiu dar a volta por cima naquele que, o próprio diretor Jon Favreau julga como um filme independente do gênero de super-herói. Sem contar com o modelo físico e com o caráter que o justificaria ao posto de protagonista, Tony Stark foi um acerto nos cinemas tão corajoso e sagaz quanto os quadrinhos do herói, criados lá em 1963 por Jack Kirby e Stan Lee . Na trama, o diretor Favreau narra o surgimento do universo Marvel a partir de um violento incidente na vida do bilionário Tony Stark, que, durante uma viagem ao Afeganistão (substituindo o Vietnã dos quadrinhos) para apresentar um novo armamento aos militares, é sequestrado por terroristas locais. Forçado a construir sua nova invenção sob pena de ser morto, Stark cria uma poderosa armadura para se libertar da cav

Paratodos (2016) | documentário necessário e inspirador

Paratodos (Brasil) À primeira vista, o documentário "Paratodos" (2016), dirigido por Marcelo Mesquita , pode parecer um daqueles especiais televisivos onde indivíduos com deficiências físicas contam suas histórias de superação. No entanto, ainda em seus primeiros minutos, percebemos a grande ambição do filme que, dividido em atos, um para cada modalidade esportiva, apresenta bem mais do que atletas paralímpicos vencendo dificuldades.  Rodado desde 2013, o documentário que, além do Brasil, traz cenas gravadas em outros países, esforça-se para sair do comum e apresenta seus personagens de forma a valorizar não só suas conquistas, mas revelar os estressantes bastidores de treinos e a rotina dos competidores paralímpicos, que muitas vezes é ainda mais complicada do que a de atletas regulares. A proposta é bastante importante para elevar a visibilidade destes atletas em nosso País, principalmente às vésperas de Olimpíadas, visto que seus feitos costumam ser bastante