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Prova de Fogo | A busca pela cura e pela atenção do leitor


Eu só tinha uma certeza: era preciso disposição para começar a sequência de Maze Runner, Prova de Fogo. E por dois motivos completamente válidos. O primeiro era que eu estava ciente da decepção que tive com o primeiro livro, já que a história não tinha me agradado, muito menos no quesito de originalidade, ou até mesmo me "prendido". Já o segundo, era que eu não poderia assistir ao filme de Wes Ball (também diretor de Correr ou Morrer) sem ter lido a obra de inspiração e, por mais desanimada que estivesse, não poderia deixar que isso me impedisse.


Em noite, quando acordados por gritos desesperadores dos chamados cranks, Thomas e os fugitivos do labirinto percebem que há algo muito errado. O grupo que os resgatou não está mais lá e nem Teresa. No lugar da única garota, estava Aris Jones, chamado de O Parceiro, e pelo que diz, também estava em um labirinto. Mas, ao contrário de Thomas, Newt, Ninho e dos outros garotos, o novato vinha de um labirinto só de garotas. Pelo que se parece, a organização C.R.U.E.L. não tinha somente um grupo de adolescentes e jovens encarcerados para estudos. 

Mas, ao que tudo indica, o experimento não acabou, e eles ainda possuem mais uma prova antes de finalmente entender o que está acontecendo. Precisam atravessar o deserto infestado de cranks (pessoas contaminadas pela doença Fulgor, que vão à loucura) até o chamado "Refúgio Seguro", e só assim poderão realmente ficar a salvos. Entretanto, atravessar um local daquele não é fácil, e o grupo vai precisar de toda a ajuda que conseguirem, até mesmo de pessoas literalmente loucas. 

Prova de Fogo, publicado em 2010 e escrito por James Dashner, traz  um cenário completamente diferente de seu primeiro livro, superando-o. Mas mesmo assim, os diálogos entediantes e os protagonistas nada originais mantém a monotonia do livro anterior, apesar das cenas de ação que encontramos. Porém, as surpresas espalhadas por todo o livro - sem falar do final agoniante para os curiosos - trazem ao leitor um arregalar de olhos e um gosto para finalizar a obra, por mais fraca que, infelizmente, eu a considere. 


Thomas e seus amigos sem entender nada no começo do livro:

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