A inserção da primeira
arte na sétima rende frutos desde o começo do cinema falado. Os estereotipados musicais com inesgotáveis agudos e coreografias
elaboradas, com o passar das décadas, adquiriram novos ares e tons.
No seu filme de estreia, o líder da banda escocesa Belle & Sebastian, Stuart Murdoch,
utiliza o rock
indie para cantar a história de três jovens adultos do Reino Unido.
Eve (Emily Browning) está em processo de reabilitação num hospital da Escócia. Como forma de expressar sua melancolia, começa a escrever canções e a gravá-las à moda antiga, em fitas cassete. Depois de fugir até a cidade para ver o show da sua banda favorita, os Wobbly-Legged Rat, encontra um excêntrico devoto da música chamado James (Olly Alexander). A amizade entre os dois cresce, assim como o sonho de formar uma banda, quando conhecem a espirituosa Cassie (Hannah Murray).
Com roteiro, direção e trilha sonora assinados pelo próprio Murdoch, seu primeiro longa obteve uma boa receptividade no Festival de Berlim. Ao partir de experiências pessoais e corações partidos da época de garoto, o diretor deu tom universal ao filme. Porém, os figurinos vintage, a estética indie e o pop retrô especificam o tipo de público que pretende alcançar. Os desgostosos do cinema com um quê hipster estão fadados ao tédio durante os 111 minutos de filme.
Dentro das quase 2 horas de longa, Murdoch encaixou incontáveis números musicais, sufocando diálogos interessantes sobre temáticas pouco discutidas. A necessidade de preencher o tempo com músicas torna a história cansativa, diferentemente de Mesmo Se Nada Der Certo. O musical contemporâneo com Keira Knightley é regrado, fazendo-o um filme acessível até para os não apreciadores do gênero.
Eve (Emily Browning) está em processo de reabilitação num hospital da Escócia. Como forma de expressar sua melancolia, começa a escrever canções e a gravá-las à moda antiga, em fitas cassete. Depois de fugir até a cidade para ver o show da sua banda favorita, os Wobbly-Legged Rat, encontra um excêntrico devoto da música chamado James (Olly Alexander). A amizade entre os dois cresce, assim como o sonho de formar uma banda, quando conhecem a espirituosa Cassie (Hannah Murray).
Com roteiro, direção e trilha sonora assinados pelo próprio Murdoch, seu primeiro longa obteve uma boa receptividade no Festival de Berlim. Ao partir de experiências pessoais e corações partidos da época de garoto, o diretor deu tom universal ao filme. Porém, os figurinos vintage, a estética indie e o pop retrô especificam o tipo de público que pretende alcançar. Os desgostosos do cinema com um quê hipster estão fadados ao tédio durante os 111 minutos de filme.
Dentro das quase 2 horas de longa, Murdoch encaixou incontáveis números musicais, sufocando diálogos interessantes sobre temáticas pouco discutidas. A necessidade de preencher o tempo com músicas torna a história cansativa, diferentemente de Mesmo Se Nada Der Certo. O musical contemporâneo com Keira Knightley é regrado, fazendo-o um filme acessível até para os não apreciadores do gênero.
Entretanto,
o
entrosamento do trio e suas atuações particulares renderam à
God Help The Girl
o prêmio de Melhor Elenco no Festival de Sundance. Browning, em
especial, fisga-nos
com a suave tragicidade da protagonista
e com a doce voz que possui. Alexander não desaponta no papel de
geek
apaixonado, tornando o relacionamento entre Eve e James motivo de
torcida. A voz estridente de Murray, por sua vez, não é lá
essas coisas,
mas a
atriz atinge o objetivo da personagem, que é ser o alívio
cômico da história.
O
Grease hipster
de Stuart Murdoch é
ambicioso ao mostrar o poder curador da música. Porém, fora
prejudicado justamente por aquilo que o torna diferente: as doces
canções compostas pelo músico. Afinal, demasiadas doses de açúcar
dão diabetes.
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