A adaptação cinematográfica do livro de Katherine Panal dirigida pela belga Cécile Telerman foi um dos 16 filmes em cartaz no Festival Varilux de Cinema Francês de 2015. Os Olhos Amarelos dos Crocodilos traz a estória de duas irmãs em uma guerra silenciosa entre si.
A mãe das garotas sabia qual das duas faria sucesso. Iris (Emmanuelle Béart), a mais bela e inteligente das filhas, teria um futuro brilhante, enquanto Jo (Julie Depardieu), com sua aparência comum e cérebro razoável, jamais chegaria aos pés da irmã. Já adulta, Iris agora é casada com um rico advogado que tem dinheiro o suficiente para comprar-lhe o que quiser. Jo, porém, divorciou-se recentemente e passa por problemas financeiros por ser apenas uma pesquisadora da Idade Média.
Em mais um dos seus caprichos em busca de atenção, Iris declara que está escrevendo um livro. O enredo? Bem, é um romance habituado no século 12. Para sair dessa situação, convence a irmã de escrever o tal livro em troca do dinheiro arrecadado nas vendas. Mas, o que parecia ser uma solução simples, transformou-se em um drama familiar quando o livro virou um best-seller e Jo finalmente cansou de ser apenas uma sombra da irmã.
Em mais um dos seus caprichos em busca de atenção, Iris declara que está escrevendo um livro. O enredo? Bem, é um romance habituado no século 12. Para sair dessa situação, convence a irmã de escrever o tal livro em troca do dinheiro arrecadado nas vendas. Mas, o que parecia ser uma solução simples, transformou-se em um drama familiar quando o livro virou um best-seller e Jo finalmente cansou de ser apenas uma sombra da irmã.
Com a mesma guerra fria entre irmãs presente no Blue Jasmine de Woody Allen, o filme estrelado pela filha do ator Gérard Depardieu, Julie Depardieu, e por Emmanuelle Béart, francesa que participou do blockbuster americano Missão Impossível, traz, além das duas protagonistas, um grande número de personagens secundários cujas estórias são pouco desenvolvidas. O padrasto das garotas e sua amante, por exemplo, provavelmente compõem um núcleo relevante no livro de Panal, mas a roteirista Charlotte De Champfleury e a própria diretora do longa focaram mais no relacionamento entre Iris e Jo do que no resto dos personagens, tornando as cenas dos outros um tanto quanto dispensáveis para o desenrolar da narrativa. Até mesmo o passado das irmãs possui lacunas gigantescas, como a morte do pai delas.
A passagem do tempo também é bastante confusa. Há lindos flashbacks de Jo com seu pai numa noite estrelada, além de outros da infância das irmãs. Porém, quando o presente é novamente o centro, parece passar ligeiro demais. Em um momento, há enfeites natalinos pendurados, no outro, nenhum sinal de neve. Dois anos se passam, mas os espectadores só percebem porque uma das personagens anuncia. Ao contrário, não achariam que 730 dias foram retratados em menos de dez minutos.
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