Em 1956 a televisão era o meio de comunicação mais influente
da população de massa, o conteúdo midiático assistido pela população londrina,
em sua maioria, se consistia em notícias locais, voltadas para a vida de
socialites e figuras publicas. Claramente, a limitação da escrita do jornalista
Freddie Lyon tenha, por fim, o levado a declarar “Os telejornais estão mortos”.
Entretanto a BBC acaba de criar um novo programa, The Hour, cujo propósito irá
revolucionar a forma pelo qual o jornalismo é consumido pela população. Freddie
passa a trabalhar neste programa junto com Isabel Rowley. Em um período de
Guerra Fria, os colaboradores da criação deste programa desconhecem que entre
eles há um espião, transmitindo informações por meio do The Hour.
A instabilidade política e a espionagem são os motores que se enlaçam e criam um background consistente para o relato de jornalistas que se levantam de seus pequenos escritórios para levar à rua o foco televisivo, onde os dilemas morais e éticos que se encontram neste período. A temática liberdade de expressão possui uma mensagem que se expressa continuamente ao longo dos episódios e é enfatizado com o caso de um profissional assassinado misteriosamente por publicar uma história que não deveria ser de conhecimento público.
Ao longo dos primeiros episódios o espectador finalmente se encontra com o caráter de seus personagens principais. Neste momento é perceptível o ápice da ótima atuação de Ben Wishaw na pele de Freddie Lyon, com seu semblante contemplativo quando se encontra a sós com Isabel Rowley, sua melhor amiga pela qual possui uma grande afeição. Porém a mesma inicia um caso com Hector Madden, co-presidente e apresentador do The Hour. Esta esperada faceta, infelizmente, se arrasta por demasiados episódios e passa a ser a narrativa principal em vários momentos, deixando o excitante esquema político e o de espionagem soltando pontas vez ou outra, este volta ao holofote somente ao final do último episódio.
Frequentemente associado com a premiada série americana Mad Men, The Hour possui um excelente esquema de fotografia, cenografia e design de vestimentas, todos os aspectos visuais presentes na composição são fortemente aprovados. Especialmente quando a produção possui um ligeiro esforço de criar qualidade de imagens que se assemelhassem à película usada durante a TV nos anos 50.
Comentários
Postar um comentário
Deixe sua opinião!