Pular para o conteúdo principal

X-Men: Apocalipse (2016) | Bryan Singer garante um novo sucesso da Marvel

X-Men: Apocalypse (EUA)
Revisitando mais uma vez o universo do Professor Xavier, o filme dirigido por Bryan Singer mostra que a história ainda tem fôlego. O diretor assina seu quinto filme da série, desta vez ambientada nos anos 1980's. 'X-Men: Apocalipse' encerra a trilogia (Primeira Classe e Dias de um Futuro Esquecido são as duas primeiras) e abre espaço para um novo tempo. 

Após ser traído, Apocalipse (Oscar Isaac) entra em um sono profundo, acordando finalmente em 1983. Conhecendo o novo mundo, impressiona-se pelos homens adorarem a falsos deuses e decide reconstruir o que considera seu. Em sua sanidade, ele acredita que os fracos tomaram o poder, decidindo destituí-los de sua falsa força. Para isso ele precisará de aliados, quatro poderosos mutantes, Os Cavaleiros do apocalipse, a saber: A peste (Psylocke), a Fome (Tempestade), a Morte (Anjo) e a Guerra (Magneto). O abalo sentido pela volta do mais perigoso dos mutantes se faz sentir entre os outros, sobretudo por Jean Grey, poderosa telepata. Apocalipse, cujo nome remete ao livro bíblico (ou seria o livro que remete a ele?) traz a insanidade e destrói tudo o que toca.

A primeira sequência traz um vislumbre dos efeitos especiais que nortearão todas as demais, e foca no processo de apresentação de Apocalipse, que acredita ser um Deus do Egito. Os minutos iniciais cumprem com a promessa de atrair os olhares para a história e nos ajudam a melhor conhecer o personagem, trazendo uma das aberturas mais fenomenais da série, em uma sequência de efeitos especiais e trilha sonora impecáveis. Os outros personagens e suas particularidades serão apresentados em seguida em um tom quase didático.

O elenco afiado e já acostumado com seus personagens traz como destaques Michael Fassbender, mais uma vez mostrando comprometimento como Magneto, e James McAvoy, dando voz ao seu Xavier. Magneto recebe uma carga de dramaticidade, talvez exagerada para a série, mas necessária para mostrar os motivos que o levaram a assumir uma personalidade vingativa. Oscar Isaac veste bem Apocalipse, dando o tom certo ao vilão, mostrando firmeza e uma atuação convincente mesmo embaixo de camadas e camadas de pesado figurino. O filme também traz novos rostos para antigos mutantes, e destes a boa surpresa fica por conta de Sophie Turner (Game of Thrones) como Jean Grey. O tom cômico fica por conta da presença do carismático Mercúrio, interpretado mais uma vez por Evan Peters, garantindo a leveza em algumas entre cenas.

O roteiro assinado por Simon Kinberg pode ter alguns problemas, como o desperdício de alguns personagens que ficam sem função e carecem de profundidade na trama. Mas, sem dúvida, os pontos positivos, dentre eles a poderosa Música de John Ottman, garantem que este será mais um sucesso da Marvel. 

"O último filme das trilogias sempre é o pior", brinca uma das personagens. Será verdade? Bem, nem sempre.  A abertura para uma nova sequência garante que novos dias sempre virão para os seguidores do Professor Xavier e sua trupe. Filmes baseados em quadrinhos e suas continuações abarcam uma parcela significativa de seguidores e se depender deste, muitos outros ainda virão.

Avaliação:


Comentários

  1. apesar da Marvel deter os direitos autorais da marca X-MEN, acho que o filme é produzido pela Fox, não é não?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, o título e demais colocações no texto fazem referência a família de filmes com a marca Marvel, independente do estúdio ;)

      Excluir

Postar um comentário

Deixe sua opinião!

Postagens mais visitadas deste blog

A Morte do Demônio (2013) | Reimaginação do "Conto Demoníaco"

The Evil Dead (EUA) Em 1981, Sam Raimi conseguiu realizar algo extraordinário. Com um orçamento baixíssimo (em volta de 1,5 mil), o diretor reinventou os filmes idealizados dentro de uma cabana com jovens e demônios. Além disso, ainda conseguiu fãs por todo o planeta que apreciavam a maneira simples e assustadora que o longa fora realizado. Em 2009, Raimi entrou em contato com Fede Alvarez por seu recente curta-metragem viral que rolava pela internet. A conversa acabou resultando na id eia de uma reinvenção do “conto” original de 1981. Liberdade foi dada à Alvarez para que tomasse conta da história. Percebe-se, a início, a garra deste para uma boa adaptação, no entanto, ainda peca por alguns problemas graves percebíveis tanto para quem é ou não é fã do original. Ao que tudo indicava, seria um Reboot. Mas se trata, na realidade, de uma (aparentemente) continuação audaciosa. A audácia já começa no pôster de divulgação: “O Filme Mais Aterrorizante que Você Verá Nesta Vida”...

Anúncio Oficial [Duas Faces do Cinema: Quarto Ato]

Desde que nós dois, Arthur Gadelha e Gabriel Amora, sentamos para decidir o nome do blog de cinema que escreveríamos a partir dali, e entramos no acordo que “Duas Faces do Cinema” intitularia o projeto, já sabíamos, mesmo sem dizer um para o outro, que ele não perduraria para sempre; não como principal. No entanto, assim que lançado, ainda com um fundo preto e branco, separando o casal principal do grande vencedor do Oscar, “O Artista”, a marca “Duas Faces do Cinema” ganhava espaço entre amigos e familiares.

O Retrato de Dorian Gray | Os segredos de Dorian

Oscar Fingal O’Flahertie Wills Wilde nasceu em 1854 em Dublin, estudou na Trinity College de Dublin e, posteriormente, no Magdalen College em Oxford. Seu único romance foi O retrato de Dorian Gray e seu sucesso como dramaturgo foi efêmero. Morreu em 1900 em Paris, três anos após ter sido libertado da prisão por ter sido pego em flagrante indecência.  O retrato de Dorian Gray foi publicado pela primeira vez em 1891 em formato de livro em uma versão bastante modificada do romance original de Oscar Wilde, pois foi considerado muito ousado para sua época. Já tinha sido editado quando publicado em série na revista literária Lippincott’s em 1890 e depois ainda foi alterado pelo próprio Wilde, que em resposta às duras críticas, fez sua própria edição para a publicação em livro. Estamos falando de uma Inglaterra do século XIX bastante tradicionalista e preconceituosa, assim, a versão original, tirada do manuscrito de Wilde, nunca havia vindo a público. Nicholas Frankel, professor de I...