Independence Day: Resurgence (EUA) |
Independence Day foi importante no ano em que estreou por
apresentar novos conceitos de como destruir o mundo, algo que revolucionou o gênero e
expandiu o blockbuster catástrofe. 20 anos se passaram e a continuação apresenta uma história com um bom argumento, bons personagens, dramas e um
divertimento encantador graças a trilha e os efeitos primorosos. No entanto, os
problemas, que são vários, se destacam de maneira tola, gratuita e, perdoem o
trocadilho, de forma catastrófica.
O primeiro ato desenvolve-se de maneira calma e leve. A
apresentação de personagens é coesa e o roteiro ágil apresenta um a um ao
explicar suas funções, o que inclui novos e os já conhecidos do primeiro filme.
A montagem entende o roteiro e, de forma habilidosa, conhecemos o que está
acontecendo na Inglaterra, Estados Unidos, Nasa, Lua e dentro de naves
intergalácticas. Assim, os personagens, a edição e a produção técnica exibem um
desenvolvimento tenso e dinâmico.
No prosseguimento da continuação, as destruições se
revelam como um aperitivo muito mais saboroso que tantos outros filmes do fim
de mundo (Vide todos os Transformers). Há uma tensão investida de forma
bastante agressiva e consequências para tamanha destruição exacerbada que o
filme apresenta. Isso valoriza os personagens e cria um elo de preocupação
pelos mesmos.
No entanto, a película se torna tão falha que o segundo e
o terceiro ato se desenvolvem de forma piegas, problemática e aborrecida.
Depois de uma introdução justa para todos, o diretor Roland Emmerich preocupa-se em focar somente na guerra contra os seres de outros mundos. Os personagens
perdem a graça drasticamente ao usarem piadas e diálogos expositivos, os
protagonistas não crescem em suas motivações e ficam estagnados no vácuo de um
roteiro mal escrito, o desenvolvimento fica mediano e tudo é consequência
das inúmeras cenas genéricas de explosões e destruições.
Aliás, o diretor parece ter ficado preso ao longa
original de 1996 ao retratar personagens de forma infantil. Cito, como exemplo,
a personagem presidente (sexo feminino), a qual é um conceito atual e bastante diferente para
um filme norte-americano. Ela, obrigatoriamente, deveria ser uma personagem
forte e que fizesse valer a pena a torcida. Porém, todas as suas decisões são
as erradas e que resultam até em morte de milhões. Quando os homens ficam no
comando, tudo se estabiliza e eles resolvem o estrago que a personagem causou. Além
dela, há o doutor-nerd-bobão, o cientista que se apaixona no meio
das destruições, um homem que precisa sair da lua para salvar sua namorada
esquecendo de um plano que envolve a salvação do planeta e crianças que são
vitimizadas e tratadas como um atraso para a resolução de outro problema.
Por conseguinte, o terceiro ato se torna descompromissado
e apresenta uma última cena de ação empolgante, o que comprova a
função de divertir durante o final de semana. Embora seja mediano e com elementos da década de 90, o filme cumpre
o papel do mais genérico blockbuster do mês de férias: entreter.
Avaliação:
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