Star Trek IV: The Voyage Home (EUA) |
Episódios da série original, como Tempo de Nudez e A Cidade à beira da Eternidade são alguns que envolvem o tema de forma que em 50 minutos o espectador fique tenso e interessado com a premissa. A franquia no cinema, até então, não tinha se aventurado pelo caminho e, depois do encerramento do filme antecessor, Leonard Nimoy, mais uma vez na direção, apostou em um capítulo absolutamente, no melhor sentido da palavra, aleatório.
Tudo que aconteceu nos três anteriores permanecem em espirito pelo quarto filme, a diferença, no caso, é a situação improvável da vez que usa um dos mais divertidos MacGuffins da franquia e do gênero. O roteiro, compreendendo isso, apresenta uma aventura em que os tripulantes da Enterprise retornam para o planeta Terra com a missão de evitar que o mesmo seja destruído por uma sonda interplanetária que orbita em nosso mundo. Com isso, os personagens, para salvar a Terra, precisam capturar duas baleias jubarte extintas no século XXIII. Um argumento que já é cômico caso não fosse bem escrito.
O roteiro, escrito por Harve Bennet, com argumento de Nimoy e de Nicholas Meyer, diretor de A Ira de Khan, trabalha em uma ideia original e que foi transformada em uma diversão que serviu de referência para toda a franquia, pois, além da comédia, as sequências, como o mergulho de Spock no tanque das baleias e a fuga do hospital, exibem uma história leve e inteiramente divertida.
Com isso, o roteiro ainda é eficiente em trazer discussões
geopolíticas que eram bastante atuais, algo que os trabalhos citados acima não
são tão lembrados por isso. As referências, como a paranoia da ameaça soviética
encapsulada por Checkov infiltrando-se no porta-aviões da Enterprise para
furtar a energia nuclear, ou com as atitudes dos humanos em seu retrato de
sociedade involuída e homenagens claras para outros filmes, como aquela que faz
referência ao Exterminador do Futuro, tornam o filme ainda mais saboroso.
O elenco, desse modo, abraça a história e desenvolve os
seus personagens com excelentes atuações, vide William Shatner com o seu
desempenho mais estruturado de todos os filmes da série.
Já a trilha sonora de Leonard Rosenman trabalha com um
rearranjo do tema clássico e, ao mesmo tempo, com algo original que surpreende
o espectador. Assim como os efeitos que são esforçados e dignos para o
crescimento exemplar que a série estava desenvolvendo.
Por fim, A Volta para Casa é um dos clássicos da ficção
cientifica que equilibram bem o humor, sci-fi e que, mais uma vez, desenvolve o
cânone de Jornada nas Estrelas na melhor forma possível.
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