Star Trek: The Motion Picture (EUA) |
Diante de
tantos filmes com temática espacial, Gene
Roddenberry, CBS e a Paramount necessitavam levar a franquia, que já havia
sido consolidada por mais de dez anos na televisão (devido as inúmeras
reprises), para os cinemas. Desse modo, Star
Trek: The Motion Picture estreou em 1979, logo após 2001: Uma Odisseia no Espaço, Solaris,
Star Wars, Alien – O Oitavo Passageiro, Superman
– O Filme, Contatos Imediatos de
Terceiro Grau e outros. E
talvez esse tenha sido o seu maior equívoco: esperar o sucesso dos demais pra
se lançar na sétima arte.
O longa
inicia de forma calorosa, receptiva e acolhedora, ao apresentar novamente todos
os seus personagens, com desenvolvimentos e explicações aceitáveis para com o
universo que demorou para continuar em outra mídia. A música, conduzida pelo gênio Jerry Goldsmith,
conhece a essência da franquia e cria um ritual, ao lado dos efeitos visuais,
práticos e da fotografia, para todos os fãs que tanto clamaram por uma trama
com mais de 50 minutos com os personagens. Inclusive, é fácil notar a
reverência que existe em torno da Enterprise para com o seu público ao exibir
de maneira nunca mostrada antes todas as dimensões que a nave possui.
Ao partirem
na aventura, durante o segundo ato, os problemas começam a influenciar o
contexto e o roteiro tão bem escrito na primeira parte. A montagem, de maneira
medíocre, representa o numeroso núcleo de personagens principais de forma
desastrosa, com desenvolvimentos sem sentimentos, com mudanças de foco e de tom
que tornam toda a aventura em um exibicionismo de efeitos visuais. Há sequências
em que tudo fica cansativo por apresentar conceitos e paradigmas que a própria
série já tinha feito, sendo que de maneira repetitiva e totalmente previsível.
Para
completar, o terceiro ato se encerra com explicações cientificas, que apesar
de canônicas, são banais. Durante um momento, minutos antes do fim da projeção,
os personagens se tornam especialistas em física, tecnologia e em criacionismo,
quebrando toda a barreira de realismo dos personagens. Além
disso, outros que não foram desenvolvidos no início ganham espaço para se tornarem
heróis de uma forma abrupta em que o público não se envolve
de modo algum com o drama.
Acompanhando
a montagem e roteiro preguiçoso do segundo e terceiro ato, a música,
elogiada no começo do texto, se torna repetitiva ao ponto de cansar e ecoar em
situações dramáticas ou em outras que claramente não necessitavam de
envolvimento emocional. Dessa maneira, o filme invoca situações sem propósitos que enganam e enrolam para o tão aguardado final.
Dito isso, o
primeiro filme de Star Trek, apesar de seus bons momentos e de seu elenco
promissor, é bobo e sem inspiração. Inclusive, ele nem se arrisca em clamar a
frase clássica “Aonde nenhum homem jamais esteve”, por saber que muitos já
passaram pelo gênero da maneira correta.
Avaliação:
Fala muita besteira de forma bonita mas não convinte
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