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Além da Escuridão: Star Trek (2013) | Continuação permanece o charme e competência do original

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Star Trek Into Darkness (EUA)
Além da Escuridão: Star Trek tem uma proposta muito distinta dos demais filmes da série. O produto, já adorado por muitos logo após a primeira parte lançada em 2009, foi imaginado para transformar a franquia em uma longa e intensa sequência de ação. Isso prejudicou o saldo final, mas, sejamos honestos, é divertido e bem estruturado, principalmente quando se está dentro dos padrões hollywoodianos que são lançados anualmente. 

Khan, o vilão interpretado por Ricardo Montalbán, caiu nas mãos de Benedict Cumberbatch, um dos melhores atores em atividade, com a missão de destruir os propósitos da Enterprise e daqueles que lá habitam. A demanda, obviamente, é frustrada, mas a maneira que o roteiro, lado a lado do ator, abraça esse pânico e tensão conseguem construir um perigo real que encanta tão bem quanto o A Ira de Khan.

Consequências dos efeitos sonoros e visuais, os quais criaram um Khan geneticamente modificado e com poderes fora de realidade que, ao invés de conceber só mais um vilão genérico poderoso, eleva a magnitude dos oponentes interessantes que a série sempre obteve. Obviamente, o ator, dedicado do jeito que é, criou sinais de elegância que o astro anterior já possuía, um corpo e feições que intimidam qualquer capitão.

A outra metade do elenco, por outro lado, acompanha o vilão e se destaca com o seu humor, carisma e drama. Karl Urban, com as suas curtas cenas, expande o seu McCoy e exterioriza que é o melhor ator escolhido da nova geração por dispor tremenda simpatia e situações explicitamente emocionais. Chris Pine, no entanto, continua muito o desenvolvimento do primeiro filme e não aduz um grande destaque, apesar de progredir com o seu humor ácido e em suas cenas de mano a mano.

Já os efeitos visuais conseguem convencer de meio agradável que a Enterprise, de fato, existe. A competência da tecnologia que o filme produz é inteiramente aceitável e os ambientes conseguem fascinar com as suas naturezas distintas e sem dependências de outras.

A montagem frenética, como é em muitos filmes de “verão”, é alegórica e demonstra tamanha habilidade com as mises en scène que crescem a cada sequência a geografia do que está sendo visto em tela. A trilha sonora, assinada primorosamente por Michael Giachino, consegue encantar, emocionar e ser original, mesmo com toques sutis aos filmes anteriores.

Além da Escuridão: Star Trek é odiado e amado por muitos. Independente disto, o filme se mantém excelente em roteiro, atuações e em efeitos, que é o que precisa para se criar uma boa continuação que seja superior ao primeiro. 

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