Pular para o conteúdo principal

Star Trek: Sem Fronteiras (2016) | Que esse seja o futuro

Resultado de imagem

Star Trek Beyond (EUA)
J.J. Abrams tinha uma missão complicada. Star Wars – O Despertar da Força estava em ativa quando ele foi reposicionado como produtor de Star Trek – Sem Fronteiras, o que garantiu uma tarefa de imensa responsabilidade: encontrar o diretor certo que faça homenagens ao Leonard Nimoy, aos 50 anos da franquia e, é claro, que faça uma obra significante para aqueles que nunca assistiram Jornada nas Estrelas e para os fãs que levam a franquia como religião. 

As escolhas do produtor foram preenchidas da maneira mais correta possível. Enquanto o roteiro ficou nas mãos de Simon Pegg, o engenheiro Scotty e nerd de raiz, a direção foi parar em Justin Lin, diretor de sucesso que arrecadou milhões para a franquia Velozes e Furiosos e que sempre foi um apaixonado pela série, já que cresceu consumido o produto ao lado de seu pai, o qual ocasionou vários momentos em família.

Com essa roupagem nova e arriscada, o roteiro acerta em desenvolver tudo que pertence ao cânone dessa nova trilogia e dos antecessores. Os diálogos, as interações, a magia que há dentro e fora da Enterprise, as perseguições e críticas sociais estão presentes do mesmo modo que Gene Roddenberry imaginou há cinco décadas. Um deleite para os fãs de longa data.

Além disso, o filme funciona como cinema de qualidade. O desenvolvimento de personagens é extremamente tocante e que, apesar de frenético e com muitos cortes, consegue emocionar com as suas situações de desespero e união entre eles.

Por outro lado, as cenas de ação compreendem que Velozes e Furiosos pode ser melhor e no espaço. As sequências são inteiramente aterrorizantes e conseguem impor um drama e preocupação para com os heróis. A essência do gênero está em alta e, felizmente, lado a lado com a boa inteiração dos atores e roteiro eficaz.

A montagem, dessa forma, surge como um elemento exemplar que consegue expandir o universo com as suas cenas ágeis. Assim como os efeitos práticos que criaram mais de 50 raças alienígenas com muita maquiagem, figurino e sem CGI algum, o que resulta em realismo e que remete instantaneamente ao período da série de televisão. E, por último, a música inspiradíssima de Michael Giacchino que invoca situações dramáticas e outras agitadas.

Por fim, o trabalho entende e expõe um filme surtado de ação e uma carta de amor ao universo criado há 50 anos, ao Nimoy, aos fãs e, é claro, ao Anton Yelchin que se diverte e emociona em seus diálogos. Um filme primoroso que requer a nossa consideração.

Avaliação:


Comentários

  1. Assisti o filme em imax 3d e as cenas de espaco foram muito bem montadas para aproveitar esta tecnologia. Como estoria ela reflete o real espírito da saga, mesclando bravura, companheirismo e muita tecnologia.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Star Trek tem um longo caminho pela frente com essa nova tecnologia e dedicação! Vida longa e próspera!!!

      Excluir
  2. Assisti o filme em imax 3d e as cenas de espaco foram muito bem montadas para aproveitar esta tecnologia. Como estoria ela reflete o real espírito da saga, mesclando bravura, companheirismo e muita tecnologia.

    ResponderExcluir
  3. Me apaixonei forte por esse. Principalmente pelo fato de não se prenderem a tentar reescrever uma das grandes aventuras do antigo Star Trek. Pra quem assistiu a série e todos os filmes acaba caindo mesmo que não queira na comparação de personagens e afins. E nesse não teve espaço, uma história linda, completamente nova, divertida e de tirar o fôlego (sim fiquei sem fôlego nas cenas de ação), aah e pra mim o mais engraçado até agora, todas as tiradas foram super divertidas mesmo as mais clichês. Além das pequenas pitadas de inserção de críticas sociais, que eu achei super bem colocadas. :D

    Fiquei feliz de Star Trek estar sendo tão bem representado, e triste por ser ofuscado pelo brilho da estréia, propaganda de Star Wars e briga de Trek x Wars T-T

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Concordo plenamente com você! Essa terceira parte é de longe a mais engraçada, divertida e bastante tensa. E, como você disse, mesmo com clichês o filme empolga e causa risadas com as situações dos personagens. Que bom que o roteiro atendeu as nossas orações!!!

      E sim, essa guerrinha tola nunca vai acabar, pelo visto. O que é uma pena.

      Vida longa e próspera!!!

      Excluir

Postar um comentário

Deixe sua opinião!

Postagens mais visitadas deste blog

A Morte do Demônio (2013) | Reimaginação do "Conto Demoníaco"

The Evil Dead (EUA) Em 1981, Sam Raimi conseguiu realizar algo extraordinário. Com um orçamento baixíssimo (em volta de 1,5 mil), o diretor reinventou os filmes idealizados dentro de uma cabana com jovens e demônios. Além disso, ainda conseguiu fãs por todo o planeta que apreciavam a maneira simples e assustadora que o longa fora realizado. Em 2009, Raimi entrou em contato com Fede Alvarez por seu recente curta-metragem viral que rolava pela internet. A conversa acabou resultando na id eia de uma reinvenção do “conto” original de 1981. Liberdade foi dada à Alvarez para que tomasse conta da história. Percebe-se, a início, a garra deste para uma boa adaptação, no entanto, ainda peca por alguns problemas graves percebíveis tanto para quem é ou não é fã do original. Ao que tudo indicava, seria um Reboot. Mas se trata, na realidade, de uma (aparentemente) continuação audaciosa. A audácia já começa no pôster de divulgação: “O Filme Mais Aterrorizante que Você Verá Nesta Vida”...

Anúncio Oficial [Duas Faces do Cinema: Quarto Ato]

Desde que nós dois, Arthur Gadelha e Gabriel Amora, sentamos para decidir o nome do blog de cinema que escreveríamos a partir dali, e entramos no acordo que “Duas Faces do Cinema” intitularia o projeto, já sabíamos, mesmo sem dizer um para o outro, que ele não perduraria para sempre; não como principal. No entanto, assim que lançado, ainda com um fundo preto e branco, separando o casal principal do grande vencedor do Oscar, “O Artista”, a marca “Duas Faces do Cinema” ganhava espaço entre amigos e familiares.

O Retrato de Dorian Gray | Os segredos de Dorian

Oscar Fingal O’Flahertie Wills Wilde nasceu em 1854 em Dublin, estudou na Trinity College de Dublin e, posteriormente, no Magdalen College em Oxford. Seu único romance foi O retrato de Dorian Gray e seu sucesso como dramaturgo foi efêmero. Morreu em 1900 em Paris, três anos após ter sido libertado da prisão por ter sido pego em flagrante indecência.  O retrato de Dorian Gray foi publicado pela primeira vez em 1891 em formato de livro em uma versão bastante modificada do romance original de Oscar Wilde, pois foi considerado muito ousado para sua época. Já tinha sido editado quando publicado em série na revista literária Lippincott’s em 1890 e depois ainda foi alterado pelo próprio Wilde, que em resposta às duras críticas, fez sua própria edição para a publicação em livro. Estamos falando de uma Inglaterra do século XIX bastante tradicionalista e preconceituosa, assim, a versão original, tirada do manuscrito de Wilde, nunca havia vindo a público. Nicholas Frankel, professor de I...