Passengers (EUA) |
Passageiros certamente
possui uma das tramas mais genéricas dessa temporada pré-Oscar. Sequências,
ideias, conceitos e discussões retiradas de inúmeros filmes que estudam a
solidão no desconhecido do espaço, o que traz a sensação de repetição logo
quando os créditos começam a surgir na tela. No entanto, é inegável que o filme
se esforça em ser divertido, já que não é nem um pouco original.
Chris Pratt e Jennifer
Lawrance confirmam isto. Os únicos astros presentes em grande parte do filme
possuem uma química incomparável, algo que indica a dedicação exemplar de ambos. Pratt, com a sua simpatia inconfundível, abraça o trabalho de ser o único homem
presente na nave, que os transporta para outro planeta, de maneira eficaz o
suficiente ao ponto de nunca cansarmos de suas reações diante do terror em que
ele vive. Lawrence mantém o padrão, o charme usual e se esforça em prosseguir
no ritmo que o filme requer.
A cinematografia e o design
de produção são competentes o bastante para criar uma sensação de realismo
com o lugar, o que traz enormes cenários decorados e recheados de detalhes
distintos. Enquanto a montagem é empolgante ao apresentar atos divertidos,
dramáticos e, por fim, um terceiro, que vai ficando mais denso com a aproximação
do fim.
Já o roteiro é devidamente
calmo e explicativo até quando se permite, algo que cada vez mais se encontra
presente no cerne de filmes norte-americanos. A dinâmica entre os atores, no
entanto, permite que tais explanações sejam passageiras (desculpem o
trocadilho). Enquanto isso, o humor se firma como o primeiro passo que se
esforça em desenvolver sem tensões a real problemática do filme para, como de
costume, abraçar o romance e drama que os personagens exteriorizam.
No entanto, o terceiro ato, após abandonar as explicações, conceitos e sequências sentimentalistas, se fixa em
uma intensa demonstração de cafonice. A tensão constante envolvida durante os
atos anteriores se debruça com resoluções ágeis que não comprometem e que nem
trazem uma alegoria menos óbvia do que a tradicional história de romance. O
diretor Morten Tyldum, neste quesito, falha em desmitificar toda
a essência do perigo vivido pelo casal.
Contudo, o elenco se esforça
suficientemente em criação de química e tensão, assim como a trilha charmosa e assustadora do
sempre competente Thomas Newton e do roteiro que se dedica em ser burlesco, a fim de, para a felicidade dos apaixonados
por ficção cientifica, ser melhor que muita viagem interestelar
por aí.
Por favor, me diz que você não se referia à Interestelar e sim à Perdidos em Marte ou Destino de Júpiter, ao final da crítica. Achei que falou pouco sobre a atuação dramática da Jennifer. A comédia foi puxada pelo Pratt, mas o drama, a Jenifer manda. rs'
ResponderExcluirInterstellar...UM DOS MELHORES FILMES DA MINHA VIDA S2!!!!!
ExcluirMuito bom mesmo ☺