Pular para o conteúdo principal

Monster Trucks (2017) | Aventura esquecível


Imagem relacionada

Resultado de imagem para monster trucks poster
Monster Trucks (EUA)
Ao selecionar os filmes que entrarão em cartaz, os cinemas devem ser  cuidadosos, pois é preciso, ao menos, um filme para cada tipo de público – isso inclui  os filmes infanto-juvenis bobos. Assim, após dois anos de atraso da sua estreia, Monster Trucks finalmente chega às salas de cinema.

A princípio, a única coisa que chama atenção no filme é o seu absurdo. Colocar criaturas com tentáculos dirigindo caminhão foge do normal, até para um filme infantil. Dirigido por Chris Wedge (A Era do Gelo), Monster Trucks se esforça para alcançar o propósito para o qual foi feito: ser um filme divertido para o seu público.

O roteiro, que não sai da zona de conforto, traz resoluções fáceis e previsíveis, seguindo apenas o padrão do gênero. Provavelmente os idealizadores sequer tiveram a cautela de pensar num roteiro cabível, sustentando todo argumento do filme no animal aquático pré-histórico que dirige o caminhão. Animal este que, diga-se de passagem, é mais carismático que os outros personagens.

Lucas Till e Jane Levy entregam uma atuação desinteressada e todo o elenco não passa de um conjunto estereótipos preguiçosos, colocando, por exemplo, um adolescente com sobrepeso para servir de alívio cômico com seu desleixo.

E não menos problemático que isso, o filme procura transmitir uma mensagem de proteção aos animais, entrando em total contradição com o que é visto em tela. Onde está o discurso de proteção na hora de utilizar um animal como tração para o veículo? O protagonista se diverte abusando do animal que, ainda que seja total CGI, fica preso nas ferragens do veículo e parece estar feliz com isso.

Com uma trilha sonora caricata e efeitos visuais satisfatórios – tirando o 3D inexistente -, o filme insiste na tentativa de criar um tom de aventura para os espectadores, mas subestima-os apresentando um fundamento tolo. Monster Trucks tenta ser diferente na ideia, mas não passa de um filme genérico que em pouco tempo ganhará exibição inédita numa Sessão da Tarde qualquer. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Morte do Demônio (2013) | Reimaginação do "Conto Demoníaco"

The Evil Dead (EUA) Em 1981, Sam Raimi conseguiu realizar algo extraordinário. Com um orçamento baixíssimo (em volta de 1,5 mil), o diretor reinventou os filmes idealizados dentro de uma cabana com jovens e demônios. Além disso, ainda conseguiu fãs por todo o planeta que apreciavam a maneira simples e assustadora que o longa fora realizado. Em 2009, Raimi entrou em contato com Fede Alvarez por seu recente curta-metragem viral que rolava pela internet. A conversa acabou resultando na id eia de uma reinvenção do “conto” original de 1981. Liberdade foi dada à Alvarez para que tomasse conta da história. Percebe-se, a início, a garra deste para uma boa adaptação, no entanto, ainda peca por alguns problemas graves percebíveis tanto para quem é ou não é fã do original. Ao que tudo indicava, seria um Reboot. Mas se trata, na realidade, de uma (aparentemente) continuação audaciosa. A audácia já começa no pôster de divulgação: “O Filme Mais Aterrorizante que Você Verá Nesta Vida”...

Anúncio Oficial [Duas Faces do Cinema: Quarto Ato]

Desde que nós dois, Arthur Gadelha e Gabriel Amora, sentamos para decidir o nome do blog de cinema que escreveríamos a partir dali, e entramos no acordo que “Duas Faces do Cinema” intitularia o projeto, já sabíamos, mesmo sem dizer um para o outro, que ele não perduraria para sempre; não como principal. No entanto, assim que lançado, ainda com um fundo preto e branco, separando o casal principal do grande vencedor do Oscar, “O Artista”, a marca “Duas Faces do Cinema” ganhava espaço entre amigos e familiares.

Leonard Nimoy, eterno Spock, morre aos 83 anos

A magia que um personagem nos passa, quando sincera, é algo admirável. Principalmente quando o ator fica anos trabalhando com a mesma figura, cuidando com carinho e respeitando os fãs que tanto o amam também. E, assim foi Leonard Nimoy . O senhor Spock de Jornada nas Estrelas , que faleceu ontem (27/02) por causa de uma doença pulmonar, aos 83 anos. O ator, diretor, escritor, fotógrafo e músico deixou um legado imenso para nós. E isso é algo que ele sempre tratou com muita paixão: a arte. A arte de poder fazer mais arte. E com um primor de ser uma boa pessoa e querida por milhares. E por fim, a vida atrapalhou tal arte. Não o eternizou como o seu personagem. Mas apenas na vida, pois no coração e na memória de todos, o querido Nimoy vai permanecer perpétuo nessa jornada. Um adeus e um obrigado, senhor Leonard Nimoy, de Vulcano. Comece agora, sua nova vida longa e próspera, onde quer que esteja.