Pular para o conteúdo principal

X-Men 2 (2003) | Continuação melhora o seu universo e personagens

Resultado de imagem para x-men 2 storm
Resultado de imagem para x men 2 poster
X-Men 2 (EUA)
Em determinado momento da sequência, a mãe de Homem de Gelo pergunta se é possível deixar de ser um mutante, algo que é perfeitamente bem pensado para ser substituído por outro termo que indique alguma minoria, como por exemplo: gay. E essa é a diferença deste roteiro para outros filmes pertencentes ao subgênero. O subtexto se desenrola de uma forma ambiciosa ao falar de intolerância, preconceito, medo e dor. Um mérito irretocável e corajoso de Bryan Singer.

O roteiro, além de trabalhar com temas importantes e anacrônicos, exibe um dinamismo ao criar personalidades e ao abraçar todos os personagens quando revela um desenvolvimento justo para cada um. Cito, como exemplo, os vilões que sugam da fonte do original, mas que se encaixam dentro da proposta que o filme exige, ao invés de piorar a natureza coesa do primeiro X-Men.


Através do roteiro prático, os personagens se fortalecem até mesmo dentro das sequências de ação. Durante a abertura do filme conhecemos um personagem novo e em seguida somos presenteados com mais nuances que crescem as características dele. Assim como o personagem de Wolverine, que é dócil e ao mesmo tempo agressivo ao proteger aqueles que ama com violência. 

Inclusive, assim como no primeiro filme, Hugh Jackman afirma que é o personagem central da trama. Seu carisma e desenvolvimento trazem consigo as melhores piadas e momentos do filme. Consequentemente, todos os atores também entendem os seus personagens e adquirem uma atenção brilhante para o potencial adiante. 

Por fim, a continuação distancia-se de filmes que reprovam e não assumem a importância do gênero. Aliás, Hollywood encontra-se neste amargurado destino, mas não compreende que há mais elegância em filmes de heróis quando se entendem os mesmos. Singer responde de forma sensível em X-Men 2

Comentários

  1. Perfeita ponto de vista, até os dias atuais foi um dos melhores filmes dos X-Men.

    ResponderExcluir
  2. Perfeita ponto de vista, até os dias atuais foi um dos melhores filmes dos X-Men.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Deixe sua opinião!

Postagens mais visitadas deste blog

Leonard Nimoy, eterno Spock, morre aos 83 anos

A magia que um personagem nos passa, quando sincera, é algo admirável. Principalmente quando o ator fica anos trabalhando com a mesma figura, cuidando com carinho e respeitando os fãs que tanto o amam também. E, assim foi Leonard Nimoy . O senhor Spock de Jornada nas Estrelas , que faleceu ontem (27/02) por causa de uma doença pulmonar, aos 83 anos. O ator, diretor, escritor, fotógrafo e músico deixou um legado imenso para nós. E isso é algo que ele sempre tratou com muita paixão: a arte. A arte de poder fazer mais arte. E com um primor de ser uma boa pessoa e querida por milhares. E por fim, a vida atrapalhou tal arte. Não o eternizou como o seu personagem. Mas apenas na vida, pois no coração e na memória de todos, o querido Nimoy vai permanecer perpétuo nessa jornada. Um adeus e um obrigado, senhor Leonard Nimoy, de Vulcano. Comece agora, sua nova vida longa e próspera, onde quer que esteja.

Mad Max (1979) | O cinema australiano servindo de influência

Para uma década em que blockbusters precisavam ter muitos efeitos visuais e grandes atros do momento, como em Alien - O Oitavo Passagéiro , Star Wars , Star Trek  etc, George Miller teve sorte e um roteiro preciso ao provar que pode se fazer filme com pouco dinheiro e com um elenco de loucos.   Mad Max , de 1979, filme australiano com uma pegada  exploitation,  western e de filmes B, mas que conseguiu ser a estrada para muitos filmes de ação de Hollywood atualmente.   Miller, dirigiu, escreveu e conseguiu com um orçamento de 400 mil filmar um dos mais rentáveis do planeta. O custo do filme foi curto e assim, tudo foi pensado no roteiro e nos diálogos que o filme ia exibir. Como os textos sobre o futuro, humanidade e seu fim, e o Max do título. O filme é rodado com o Mel Gibson sendo o centro. Seus diálogos curtos demonstram o homem da época, e com uma apologia ao homem do futuro. Uma pessoa deformada pelas perdas e com a vontade de ter aquilo que não pode ter, e que resulta no

O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos (2014) | Peter Jackson cumpre o que prometeu

    Não vamos negar que a trilogia O Hobbit possui grandes problemas. O que é uma pena, já que a trilogia anterior ( O Senhor dos Anéis ) não tem falha alguma. Contudo, o que tinha de errado em Uma Jornada Inesperada e Desolação de Smaug , o diretor Peter Jackson desfaz nessa última parte. O que é ótimo para os espectadores e crível para os adoradores da saga da terra-média de longa data.     O filme apresenta problemas diversos, por exemplo, um clímax logo na primeira cena (se é que você me entende) e um personagem que não consegue momento algum ser engraçado. Falhas como essas prejudicam o filme como todo. O roteiro, por ser o mais curto dos três, precisava de mais tempo em tela, e dessa forma, cenas e personagens sem carisma são usados repetidas vezes e com uma insistência sem ter porquês. Mas, em contra partida, O Hobbit e a Batalha dos Cinco Exércitos consegue ser mais direto, objetivo e simples que seus antecessores, que são longos e cheios de casos como citei. E o real mo