Pirates of Caribbean: Dead Man Tells no Tales (EUA) |
A franquia Piratas do Caribe, certamente, é uma das mais escrachadas, tanto pela crítica quanto por seus diretores. A marca, incrivelmente consolidada em 2003, passou por Gore Verbinski, com a trilogia principal, por Rob Marshall, com o já moribundo Navegando em Águas Misteriosas, e agora, com os diretores de Kon-Tiki (Joachim Rønning e Espen Sandberg), com aquele que é tão descompromissado e divertido como o primeiro.
Depois de seis anos de dúvidas
sobre o cansaço de Johnny Depp como
Jack Sparrow, A Vingança de Salazar surge
como um filme extremamente concentrado na família, como outros filmes do
estúdio. A relação abordada entre pais e filhos, seja com o Henry Turner ou Carina
Smyth (novos personagens do filme) se dedica em estudar a diversão que, propositalmente,
foi inspirada em A Maldição do Perola Negra.
Aqui, a história praticamente
é a mesma, permitindo comparações com o último Star Wars e Jurassic World,
os quais ambos são eficientes em suas propostas de nostalgia. Em Piratas, a
sensação de déjà-vu surge, ainda que a diversão seja tão honesta quanto os
demais. Além disto, as panorâmicas do mar, os navios arrebatadores e os visuais
dos personagens são esforçados e megalomaníacos, o que resulta em agonia e,
principalmente, desenvolvimento de personagens e expansão de universo.
A música, outro elemento
brilhante da franquia, desenvolve a mesma empolgação épica da trilogia
anterior, algo que diverte e encanta quando tocada. Por fim, os efeitos práticos
e visuais são brilhantes, já que criam sensações de perigo e, em umas duas ou três
cenas, de tensão, como no primeiro encontro entre Depp e Javier Barden.
O elenco, do mesmo modo, segue
a diversão do roteiro e encanta com o carisma e talento exposto de cada personagem.
Barden, por exemplo, a nova pedra no sapato de Sparrow, se diverte e ameaça
quando é preciso, ainda que distante do potencial de vilania de Davy Jones de Bill Nighy.
Por último, é impossível negar
que a franquia já cansou. Ela está, ou deveria estar, aposentada desde o seu
final épico e corajoso de No Fim do Mundo.
O quarto, apesar de um sucesso financeiro, foi um desastre, e o quinto repetiu
tudo que tinha dado certo nos anteriores, mesmo sendo bem mais leve. É divertido,
empolgante, mas não precisava. Ainda que seja relaxante. No entanto, isto vale
muito para dias de crise, estresse e cansaço como estes últimos.
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