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Message from the King (2017) | Netflix erra em sua produção

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Message From the King (EUA)
King: Uma História de Vingança é o novo lançamento original da Netflix, que conta a história de Jacob King (Chadwick Boseman, o Pantera Negra do Universo Cinematográfico da Marvel), um sul-africano que, ao descobrir que a sua irmã está morta, acaba se envolvendo nas redes de crime em busca de vingança. 

O filme, que traz uma premissa muito simples e bastante explorada no gênero de ação, desenvolve o clássico clichê de um homem sozinho em busca de vingança, como já foi mostrado em Busca Implacável. Apesar disto, a obra tenta sair do esperado para o tipo de narrativa, ainda que o roteiro não seja bem amarrado, algo que o torna confuso e incoerente em alguns momentos. A trama, desse modo, fica estagnada, principalmente levando em consideração a expectativa criada no início. 

A obra, que aposta em uma fotografia de enquadramentos fechados, desenvolve uma câmera tremida, como se o público estivesse acompanhando o protagonista ao seu lado, o que acaba por tirar o foco, mesmo sendo uma técnica que te coloca dentro da ação. As cenas de lutas são confusas e ainda não desenvolvem nenhum diferencial de outros exemplares do gênero, como a franquia Missão Impossível.

Já Boseman consegue nos convencer de que está sofrendo, apesar do fraco desenvolvimento entre o seu personagem com a sua irmã. O diretor usa o recurso dos flashbacks para criar um laço entre eles, o que acaba se tornando um problema, uma vez que se torna um recurso fácil e repetido.

Teresa Palmer também entrega uma boa atuação, e sua personagem, Kelly, traz a questão de que Los Angeles não é a cidade dos sonhos como todo mundo pensa, o que rende um contexto que justifica aquela situação de crimes abordada no filme. Apesar disso, a sua relação com o personagem King é construída de maneira apressada e que acaba sendo mal desenvolvida, pois você não consegue acreditar que uma personagem que aparenta ter sofrido muito e aprendido a se virar sozinha pode confiar tão rápido em alguém.

É um filme de ação que tenta sair do clichê, mas falha. Falta um pouco de ousadia e personalidade na direção e uma coerência maior no roteiro. Mesmo assim, atende a quem quer ver um filme sobre crimes e que gosta de tentar encaixar as peças, mas que não exige um roteiro denso.

Crítica: Message from the King (2017)

 Netflix erra em sua produção

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