O pai de um elemento extremamente significativo, que marca a geração de uma cultura pop do final do século XX e começo do XXI, iniciou o seu legado no final da década de 60, através do filme The Night of the Living Dead (A Noite dos Mortos Vivos, 1968). Até então, não tínhamos – de forma consolidada - os “zumbis” como elemento fantástico do terror, tampouco um filme que retratasse a dinamicidade de um universo caótico criado por eles.
Com o roteiro e direção de George A. Romero, o filme já se inicia de forma intensa, sem a necessidade de uma maturação da ideia desse novo ambiente caótico fantástico. Para o público da época, o filme tinha um ritmo fervilhante, com momentos de suspense e ação trabalhados de forma intrigante. Todavia, para o público do século XXI, certas coisas parecem confusas, como “até onde vai a inteligência de um zumbi?”, uma vez que o mesmo, para atacar uma mulher dentro de um carro, busca um objeto para auxílio. Acontece que, nessa época, certas ideias de como se estruturam essa nova criatura ainda não estavam completamente maturadas, porém, boa parte sim. Essa estranheza pode ser entendida pelo fato de que essa produção é a grande gênese do universo, realizada há quase 50 anos atrás.
A fotografia monocromática é bem desenvolvida, criando momentos de beleza através de imagens paisagísticas e, em raros momentos, através de efeitos dolphin, – feixes de luz bem definidos, no filme, são usados através de fotografia de janela – closes de câmera que trabalham as problemáticas situacionais e a sensação claustrofóbica muito bem. Os personagens são desenvolvidos de forma coesa e dinâmica, não havendo espaço para um protagonismo centralizado, tendo o foco em cima da situação apocalíptica. Os personagens trabalham em cima de caricaturas, o que leva a momentos de grande tensão para a geração da década de 60 e 70, quando temos conflitos emblemáticos entre familiares e crianças.
Crítica: A Noite dos Mortos Vivos (1968)
O primeiro passo para uma horda de zumbis fãs
O filme passa uma ambientação através do desejo da sobrevivência, onde, quando imerso naquele universo, leva a imaginação dos espectadores a pensar sobre o que fariam. Toda essa obra é a porta de inspiração para uma gigantesca massa de produção de cultura pop audiovisual em diversas escalas e plataformas.
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