Na última terça-feira, 24, Juliana Paes, Marcelo Faria e Pedro Vasconcelos desembarcaram em Fortaleza, Ceará, para a divulgação do filme Dona Flor e Seus Dois Maridos, que tem estreia marcada para a próxima quinta-feira, 2 de novembro. O Quarto Ato já conferiu o filme e conversou com a atriz e protagonista, Juliana Paes.
Dona Flor e Seus Dois Maridos é a segunda adaptação do livro de Jorge Amado para os cinemas. A história é sobre a professora de culinária, Dona Flor, que se encontra dividida entre dois amores: seu atual esposo Dr. Teodoro e o falecido marido Vadinho.
Confira a entrevista concedida por Juliana Paes, na qual ela fala um pouco sobre a sua atuação como Dona Flor.
Quarto Ato: Juliana, como você faz para trabalhar no cinema e na televisão ao mesmo tempo? Você divide o tempo ou faz simultaneamente?
Juliana Paes: Simultaneamente é impossível. Quando você está fazendo novela, não sobra tempo para uma carga horária com diária de cinema. Então, na verdade, a gente tem uma agenda programada com grande antecedência para conseguir fazer novelas e filmes. Esses projetos de filmes tentam sempre se adequar com a agenda de quem faz televisão. Mas o Dona Flor e Seus Dois Maridos foi entre as novelas Totalmente Demais e a Força do Querer, foi no tempo entre uma coisa e outra que a gente rodou filme.
Quarto Ato: O que você sentiu quando soube que iria interpretar outra personagem do Jorge Amado?
Juliana Paes: Eu me sinto muito sortuda, é uma grande lisonja, me sinto muito lisonjeada. É muito gratificante as pessoas leem essas mulheres, que são forças da natureza, e pensarem em você para viver aquilo. Para mim, viver personagens que foram vividas por Sônia Braga também é uma alegria, porque ela sempre foi uma musa e uma inspiração.
Quarto Ato: Falando na Sônia Braga, você procurou se basear na interpretação da Sônia ou mais na Dona Flor do próprio livro?
Juliana Paes: Isso foi um pedido do nosso diretor. Ele tinha essa missão, esse desejo de fazer uma obra que fosse muito fiel ao que estava no livro. Nossas falas estão no livro, nossos diálogos estão como estão escritos no livro. O livro foi a nossa grande Bíblia. Claro que a gente tinha a memória do que já tinha visto anos atrás, mas nós não revisitamos a obra original, a gente não reviu tudo que já tinha sido feito, ficamos no livro e eu fiquei muito livre para criar minha própria Dona Flor.
Quarto Ato: O Dona Flor e Seus Dois Maridos trata muito da culpa por querer sentir prazer. Então, como você quer que esse filme chegue às mulheres, já que as elas não precisam se sentir culpadas por isso?
Juliana Paes: Isso que você está falando é perfeito. É uma sorte que nesse momento que a gente fala tanto de empoderamento feminino e da independência feminina poder lançar um filme que, mesmo depois de tanto tempo, continua sendo tão atual nesse sentido. Você ser dona dos próprios desejos, da própria libido, da própria sexualidade sem sentir devendo a uma sociedade patriarcal, machista e castradora é o que a gente sempre sonhou e é o que a gente quer. Isso sim que é liberdade.
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