Em 2013 a Disney lançava Detona Ralph, filme que tinha a
promessa de ser o Toy Story da nova geração, visto que trazia personagens
completamente diferentes um do outro e uma técnica de videogame muito convidativa
a geração millennials. Apesar da aventura ser completamente pobre e esquecível, o
estúdio investiu em uma continuação que, apesar de reciclar a jornada do
antecessor, é mais original em inúmeros aspectos.
A nova missão, dirigida por Rich Moore e Phil Johnston, mostra
Ralph e Venellope entrando na internet para comprar o volante do fliperama do
Corrida Doce, que foi quebrado após um conflito entre os protagonistas. Lá eles
encontram todas as grandes empresas, como o Google, que tem um imenso
arranha-céu, o Twitter, o Facebook e até mesmo outros sites, como a Amazon, que
serve como uma grande loja de variedades daquele ambiente. Mas não só isso: os
diretores situam-se e aproveitam deste espaço para criticar os sites de
pesquisa, a deep-web, os comentários e até mesmo o vício e tempo que
depositamos na rede mundial de computadores.
A ideia, apesar de crítica, é extremamente divertida e dinâmica,
visto que encontra espaço para criar humor sobre os nossos maiores hábitos online. Para o
público infantil, a ideia serve como uma alerta. Para os mais velhos, serve
como piada. E é nesse contexto que os diretores se divertem e mostram situações
inesperadas no universo dos personagens, como os jogos online com delay e sites
de estúdios famosos, como a própria Disney, que tem dentro da cartola empresas
como Lucasfilm, Pixar e Marvel. Então, não só as princesas da Disney aparecem
com comentários extremamente transgressores e críticos sobre os filmes
produzidos pelo Walt Disney, mas personagens do universo de Star Wars e da
Marvel, como o Stan Lee, ganham a chance de brilhar em uma piada.
Mas além disso: o filme ainda encontra tempo para homenagear
outras obras, como Mad Max, King Kong, Mulher-Maravilha e tantos outros longas
fortes na cultura pop. Tudo isso através de efeitos primorosos que conseguem
apresentar uma realidade perfeita, como naquele momento dos vídeos de gatinhos
que ficam viralizando entre os corredores de uma empresa.
WiFi Ralph: Quebrando a Internet é uma obra genial e que precisa ser conferida com
humor e olhar crítico. É um filme ágil, dinâmico e que explora bem o seu
conceito e universo. Dito isso, posso confirmar que mal posso esperar pela próxima
jornada destes heróis.
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