Pular para o conteúdo principal

WiFi Ralph: Quebrando a Internet (2018) | Continuação surpreende através de universo e conceito


Em 2013 a Disney lançava Detona Ralph, filme que tinha a promessa de ser o Toy Story da nova geração, visto que trazia personagens completamente diferentes um do outro e uma técnica de videogame muito convidativa a geração millennials. Apesar da aventura ser completamente pobre e esquecível, o estúdio investiu em uma continuação que, apesar de reciclar a jornada do antecessor, é mais original em inúmeros aspectos.

A nova missão, dirigida por Rich Moore e Phil Johnston, mostra Ralph e Venellope entrando na internet para comprar o volante do fliperama do Corrida Doce, que foi quebrado após um conflito entre os protagonistas. Lá eles encontram todas as grandes empresas, como o Google, que tem um imenso arranha-céu, o Twitter, o Facebook e até mesmo outros sites, como a Amazon, que serve como uma grande loja de variedades daquele ambiente. Mas não só isso: os diretores situam-se e aproveitam deste espaço para criticar os sites de pesquisa, a deep-web, os comentários e até mesmo o vício e tempo que depositamos na rede mundial de computadores.

A ideia, apesar de crítica, é extremamente divertida e dinâmica, visto que encontra espaço para criar humor sobre os nossos maiores hábitos online. Para o público infantil, a ideia serve como uma alerta. Para os mais velhos, serve como piada. E é nesse contexto que os diretores se divertem e mostram situações inesperadas no universo dos personagens, como os jogos online com delay e sites de estúdios famosos, como a própria Disney, que tem dentro da cartola empresas como Lucasfilm, Pixar e Marvel. Então, não só as princesas da Disney aparecem com comentários extremamente transgressores e críticos sobre os filmes produzidos pelo Walt Disney, mas personagens do universo de Star Wars e da Marvel, como o Stan Lee, ganham a chance de brilhar em uma piada.

Mas além disso: o filme ainda encontra tempo para homenagear outras obras, como Mad Max, King Kong, Mulher-Maravilha e tantos outros longas fortes na cultura pop. Tudo isso através de efeitos primorosos que conseguem apresentar uma realidade perfeita, como naquele momento dos vídeos de gatinhos que ficam viralizando entre os corredores de uma empresa.




WiFi Ralph: Quebrando a Internet é uma obra genial e que precisa ser conferida com humor e olhar crítico. É um filme ágil, dinâmico e que explora bem o seu conceito e universo. Dito isso, posso confirmar que mal posso esperar pela próxima jornada destes heróis.  

Crítica: WiFi Ralph: Quebrando a Internet (2018)

Continuação surpreende através de universo e conceito

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Leonard Nimoy, eterno Spock, morre aos 83 anos

A magia que um personagem nos passa, quando sincera, é algo admirável. Principalmente quando o ator fica anos trabalhando com a mesma figura, cuidando com carinho e respeitando os fãs que tanto o amam também. E, assim foi Leonard Nimoy . O senhor Spock de Jornada nas Estrelas , que faleceu ontem (27/02) por causa de uma doença pulmonar, aos 83 anos. O ator, diretor, escritor, fotógrafo e músico deixou um legado imenso para nós. E isso é algo que ele sempre tratou com muita paixão: a arte. A arte de poder fazer mais arte. E com um primor de ser uma boa pessoa e querida por milhares. E por fim, a vida atrapalhou tal arte. Não o eternizou como o seu personagem. Mas apenas na vida, pois no coração e na memória de todos, o querido Nimoy vai permanecer perpétuo nessa jornada. Um adeus e um obrigado, senhor Leonard Nimoy, de Vulcano. Comece agora, sua nova vida longa e próspera, onde quer que esteja.

Mad Max (1979) | O cinema australiano servindo de influência

Para uma década em que blockbusters precisavam ter muitos efeitos visuais e grandes atros do momento, como em Alien - O Oitavo Passagéiro , Star Wars , Star Trek  etc, George Miller teve sorte e um roteiro preciso ao provar que pode se fazer filme com pouco dinheiro e com um elenco de loucos.   Mad Max , de 1979, filme australiano com uma pegada  exploitation,  western e de filmes B, mas que conseguiu ser a estrada para muitos filmes de ação de Hollywood atualmente.   Miller, dirigiu, escreveu e conseguiu com um orçamento de 400 mil filmar um dos mais rentáveis do planeta. O custo do filme foi curto e assim, tudo foi pensado no roteiro e nos diálogos que o filme ia exibir. Como os textos sobre o futuro, humanidade e seu fim, e o Max do título. O filme é rodado com o Mel Gibson sendo o centro. Seus diálogos curtos demonstram o homem da época, e com uma apologia ao homem do futuro. Uma pessoa deformada pelas perdas e com a vontade de ter aquilo que não pode ter, e que resulta no

O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos (2014) | Peter Jackson cumpre o que prometeu

    Não vamos negar que a trilogia O Hobbit possui grandes problemas. O que é uma pena, já que a trilogia anterior ( O Senhor dos Anéis ) não tem falha alguma. Contudo, o que tinha de errado em Uma Jornada Inesperada e Desolação de Smaug , o diretor Peter Jackson desfaz nessa última parte. O que é ótimo para os espectadores e crível para os adoradores da saga da terra-média de longa data.     O filme apresenta problemas diversos, por exemplo, um clímax logo na primeira cena (se é que você me entende) e um personagem que não consegue momento algum ser engraçado. Falhas como essas prejudicam o filme como todo. O roteiro, por ser o mais curto dos três, precisava de mais tempo em tela, e dessa forma, cenas e personagens sem carisma são usados repetidas vezes e com uma insistência sem ter porquês. Mas, em contra partida, O Hobbit e a Batalha dos Cinco Exércitos consegue ser mais direto, objetivo e simples que seus antecessores, que são longos e cheios de casos como citei. E o real mo