Pular para o conteúdo principal

Supergirl (S01E01) | O mundo não tem mais somente um herói


Com um trailer de seis minutos disponibilizado há algumas semanas, Supergirl não passou a impressão de que seria grande coisa. Demonstrou nesses minutos inúmeros clichês bobos dignos de uma comédia romântica ruim. Fiquei extremamente desanimada e decepcionada, e pensei até em desistir da série. Foi aí que o episódio piloto vazou, e tudo mudou? Em alguns quesitos sim, em outros não. Pra quem não soube, o episódio piloto de Supergirl, a nova aposta do canal CBS, vazou há alguns dias, 6 meses antes de sua estreia oficial em novembro deste ano. 

Talvez o vazamento tenha sido uma jogada de marketing da emissora, que ainda não se manifestou sobre o ocorrido. Como em Flash e Constatine, que também tiveram seus episódios-piloto vazados no ano passado, os fãs ansiosos não deixaram passar essa oportunidade e logo de cara assistiram. Acredito que essas jogadas de marketing são uma bela chance do canal ter uma ideia do que o público achou do episódio, e caso não agrade, que seja possível com tempo de sobra corrigir alguns erros cometidos, ou somente ter a intenção de trazer mais público à série. Por bem ou por mal, o episódio piloto de Supergirl já está disponibilizado tanto online quanto em torrent, em 1080p HD e 480p na internet.


Supergirl é um drama de ação e aventura baseado na personagem da DC Comics, Kara Zor-El (interpretada por Melissa Benoist), a prima de Superman que, após testemunhar a destruição do seu planeta Krypton, é enviada à outra galáxia logo após seu primo. Com o intuito de ser sua protetora acaba ficando presa por um tempo e, ao chegar a Terra, Clark já é o famoso Superman. Lá, ela é adotada pela família Danvers e é ensinada a manter seus poderes em segredo. Kara cresceu na sombra de sua irmã adotiva, Alex (interpretada por Chyler Leigh). 

Agora, vivendo em National City, ela trabalha como auxiliar da magnata da mídia Cat Grant (interpretada por Calista Flockhart), que contrata o ex-fotografo do Planeta Diário, James Olsen (interpretado por Mehcad Brooks), como seu novo diretor de arte. No entanto, depois de 12 anos mantendo seus poderes em segredo na Terra, Kara decide finalmente abraçar suas habilidades sobre-humanas e ser a heroína que nasceu para ser. Decidida a seguir o mesmo caminho de seu primo, Kara oferece ajuda à Hank Henshaw (interpretado por David Harewood), chefe de uma agência secreta onde sua irmã trabalha, que tem o objetivo de manter a Terra protegida de alienígenas e outras ameaças externas. 


Depois do trailer disponibilizado, a série vem recebendo inúmeras críticas negativas que pontuam que Supergirl representa de maneira errada ou até mesmo equivocada do que deveria ser uma verdadeira heroína feminina. Não posso discordar, pois a abordagem que a própria emissora tomou foi a de uma garota frágil e até mesmo ingênua, que quer mostrar de todas as formas que pode ser como seu primo Superman. Além do trailer mostrar tudo que o episódio piloto mostrou logo em seguida, sem grandes surpresas, faltando aquele Q a mais e deixando um pouco a desejar. 

A meu ver, em todo o episódio, nada de engrandecedor para série foi mostrado. A narrativa foi bem corrida, principalmente a rápida transformação de Kara em Supergirl, podendo ter sido bem mais desenvolvida. Não houve grande desenvolvimento dos personagens que giram em torno de Kara, alguns deles até caricatos demais, como a sua chefe Cat Grant ou o próprio vilão do episódio.


O conceito da série Supergirl vem da ideia das mulheres saindo das sombras dos poderosos homens e ganhando sua própria luz, mas seu piloto não permite enxergar essa magnitude que tanto busca. Quem sabe, no decorrer dos próximos episódios. Alguns atores conseguiram alcançar o carisma necessário para o seu respectivo personagem, como o Jimmy Olsen, numa abordagem diferente do que vimos em outras produções, como também em Smallvile, dando uma cara nova ao personagem tão conhecido. 

Por sua vez, a protagonista Kara, interpretada por Melissa Benoist, não me agradou, não conseguindo passar a força e a destreza da grande personagem que é a Supergirl. Sendo uma atriz nova, que não fez grandes papéis, tem muito ainda para mostrar, mas acredito que no final das contas não foi a melhor escolha de atriz para desempenhar este papel. E, como de sempre, um triângulo amoroso surge em mais uma série, e cá estamos Kara, Jimmy e Winn, colega de trabalho de Kara. Uma parte desnecessária, típica de séries que não têm onde se segurar e põe um triângulo amoroso para encheção de linguiça. E, por fim, efeitos especiais bem ruins, que poderiam melhorar para ontem se quiser ser um dia o que é a aclamada série Flash.







            

Piloto: Supergirl

O mundo não tem mais somente um herói

Comentários

  1. Flash e Arrow tem triângulos(no caso do segunda, praticamente um por temporada).Efeitos do Flash variam bastante na qualidade.Depende do que é feito e a grana não é infinita, não podendo gastar tudo num episódio(mesmo assim, Vingadores2 parece vídeo game e isso gastando milhões).A atriz é excelente. Supergirl(tirando a versão de 2000 para cá), sempre foi uma personagem mais ingênua e pura.Eu confio nos produtores, pior que Smallville não vai ser.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Deixe sua opinião!

Postagens mais visitadas deste blog

A Morte do Demônio (2013) | Reimaginação do "Conto Demoníaco"

The Evil Dead (EUA) Em 1981, Sam Raimi conseguiu realizar algo extraordinário. Com um orçamento baixíssimo (em volta de 1,5 mil), o diretor reinventou os filmes idealizados dentro de uma cabana com jovens e demônios. Além disso, ainda conseguiu fãs por todo o planeta que apreciavam a maneira simples e assustadora que o longa fora realizado. Em 2009, Raimi entrou em contato com Fede Alvarez por seu recente curta-metragem viral que rolava pela internet. A conversa acabou resultando na id eia de uma reinvenção do “conto” original de 1981. Liberdade foi dada à Alvarez para que tomasse conta da história. Percebe-se, a início, a garra deste para uma boa adaptação, no entanto, ainda peca por alguns problemas graves percebíveis tanto para quem é ou não é fã do original. Ao que tudo indicava, seria um Reboot. Mas se trata, na realidade, de uma (aparentemente) continuação audaciosa. A audácia já começa no pôster de divulgação: “O Filme Mais Aterrorizante que Você Verá Nesta Vida”...

Anúncio Oficial [Duas Faces do Cinema: Quarto Ato]

Desde que nós dois, Arthur Gadelha e Gabriel Amora, sentamos para decidir o nome do blog de cinema que escreveríamos a partir dali, e entramos no acordo que “Duas Faces do Cinema” intitularia o projeto, já sabíamos, mesmo sem dizer um para o outro, que ele não perduraria para sempre; não como principal. No entanto, assim que lançado, ainda com um fundo preto e branco, separando o casal principal do grande vencedor do Oscar, “O Artista”, a marca “Duas Faces do Cinema” ganhava espaço entre amigos e familiares.

Leonard Nimoy, eterno Spock, morre aos 83 anos

A magia que um personagem nos passa, quando sincera, é algo admirável. Principalmente quando o ator fica anos trabalhando com a mesma figura, cuidando com carinho e respeitando os fãs que tanto o amam também. E, assim foi Leonard Nimoy . O senhor Spock de Jornada nas Estrelas , que faleceu ontem (27/02) por causa de uma doença pulmonar, aos 83 anos. O ator, diretor, escritor, fotógrafo e músico deixou um legado imenso para nós. E isso é algo que ele sempre tratou com muita paixão: a arte. A arte de poder fazer mais arte. E com um primor de ser uma boa pessoa e querida por milhares. E por fim, a vida atrapalhou tal arte. Não o eternizou como o seu personagem. Mas apenas na vida, pois no coração e na memória de todos, o querido Nimoy vai permanecer perpétuo nessa jornada. Um adeus e um obrigado, senhor Leonard Nimoy, de Vulcano. Comece agora, sua nova vida longa e próspera, onde quer que esteja.