1998. Rae Ealr vive dias em que estresses como bullying e insatisfação com o próprio corpo parecem finalmente terem se encerrado. Agora possui um relacionamento saudável com o garoto que ama, não há problemas em seu grupo de amigos além de ter completado mais de um ano que não se machuca. No entanto, há algo que a aflige tanto quanto seus antigos problemas, o seu futuro, o período de dar o próximo passo em seus estudos chegou. Nos momentos iniciais do episódio, Rae chega atrasada para entrevista da Universidade de Bristol, e causa surpresa e constrangimento nos entrevistadores com suas respostas honestas, algo de se esperar da sua cômica personalidade. Ao término da entrevista percebe que pela forma como agiu não irá ser aceita pela universidade, desta forma nasce novamente em sua consciência a frustração e desespero.
Surpreendentemente, Rae recebe uma carta congratulações
da universidade por ter sido escolhida e a grande dúvida surge: ficar na cidade
com sua família, amigos e namorado ou estudar em Bristol por três anos, longe
de seus conhecidos? A decisão de trocar sua zona de conforto pelo desconhecido
não é fácil, mas Rae escolhe permanecer em Stamford após Finn convidá-la para
morar com ele, mesmo não tendo contado para ninguém (exceto Kester) que passou
na universidade.
Próximo à lixeira, sua mãe encontra a carta da
universidade, com muito orgulho da filha, informa a todos a conquista de Rae. Ao
ouvirem a novidade por outra pessoa, seus amigos, não recebem a notícia muito
bem, pois ela havia contado para todos que não tinha passado. A partir deste
momento, sua relação com a “gangue” se esfria e Finn pede um tempo no
relacionamento. Inundada pela tristeza, Rae começa se machucar novamente.
Rae tenta resolver a situação com a gangue, primeiro
ela pede desculpas a Chloe por ter omitido um acontecimento como aquele e a convence
ir para uma festa com Chop, Izzy e Archie. Na volta para casa, Chloe vê os
machucados nas mãos de Rae e ao prestar atenção na amiga quase bate de frente
com outro carro, salvando todos de um terrível acedente por um triz. Infelizmente,
outro carro surge e desta vez, consegue acerta-los.
My Mad Fat Diary inicia-se o humor cativante de
sempre, expondo situações normais, mas com o diferencial que Rae exerce na
tela, mesmo com todas as preocupações seu tom é leve e humorístico. É exposto ainda
neste primeiro episódio o problema a ser enfrentado, neste momento, a vida
exige que os personagens amadureçam, trilhem os próprios passos e, por mais que
isso machuque, as amizades não serão as mesmas.
Rae está
finalmente vivenciando aquilo que desejava, com amigos que pode contar e um
namorado que a ama, a decisão de ir para uma cidade diferente surgiu em um
momento inoportuno. Assim como muitos adolescentes na mesma situação, Rae prefere
continuar na mesma que se encontra, do que ousar descobrir o que está
perdendo fora dos seus limites de conhecimento, algo bem normal nesta fase da
vida.
Uma mudança perceptível neste primeiro episódio é a rapidez em que os problemas aparecem, a narrativa nos apresenta um novo ciclo com características bem semelhantes às temporadas passadas. Mas no desenvolver do episódio, a inquietação do espectador passa a ser predominante com o começo do desmoronamento emocional de Rae, chegando a seu ápice na última cena. Sendo proposital ou não, o primeiro episódio da série conseguiu ser o mais chocante do que as temporadas anteriores, deixando uma enorme curiosidade para o que pode acontecer com Rae e a “gangue.,
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