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O Conto da Princesa Kaguya (2015) | Animação com arquétipos necessários e primorosos


Animações, em geral, possuem um papel significativo: criar personalidades. Filmes animados como Dumbo de 1941 ou Vidas ao Vento de 2014 formam caráter e são tão adultos quanto infantis. A mensagem compartilhada pelos personagens 2D ou 3D é de ocasionar identificações, seja você um jovem ou um velho. Filmes assim são sempre bem-vindos e O Conto da Princesa Kaguya arquiteta pensamentos, opiniões e discussões sobre o desconhecido, depressão, amor e família. 

O filme, baseado no conto "O cortador de Bambu", começa de forma confusa e bonitinha para os que procuram animações fofas. A partir do segundo ato, quando os personagens se desenvolvem e nos revelam suas reais intenções, o filme cresce ao revelar as  dores de viver em um lugar que não é seu, problemas de família e, é claro, de viver com um dos piores vilões do cinema e da vida real: a depressão. O que lembra bastante o mais novo recente filme da Pixar, Divertida Mente. .

A animação competente e cartunesca é tão exemplar quanto a trilha sonora que cria emoções e frio no estômago ao sofrer com a personagem que o roteiro tanto exige complicar. Além da boa trilha sonora, a animação emociona tanto quanto causa risadas. O roteiro, por fim, é o que mais fundamenta as alucinações. O filme continua, após a sessão, com tantas discussões importantes para qualquer criança ou adulto. Um exemplo de animação a se seguir é O Conto da Princesa Kaguya. 

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