Pular para o conteúdo principal

Scream S01E01 | Reciclando o sucesso de Scream dos anos 90


















Scream é uma série de terror produzida pelo canal MTV baseado na franquia cinematográfica dos anos 90, Pânico. Com roteiro de Jay Beattie e Dan Dworkin, a história se passa na pequena cidade de Lakewood, conhecida por inúmeros assassinatos que envolveram o temido serial killer Brandon James. Vinte anos se passaram e novos assassinatos surgem na cidade. A série dá enfoque a personagem Emma Duval (interpretada por Willa Fitzgerald) e seu grupo de amigos que vivem na fase colegial, cercados daqueles clássicos clichês adolescentes. 


O episódio começa com alguém filmando Bex Taylor-Klaus e outra garota se beijando dentro de um carro. O vídeo, logo em seguida, se torna viral em várias redes sociais. De início já se percebe que todos os personagens principais estão sendo observados. Depois desse evento, o episódio apresenta a cena de Nina sozinha em casa, mas não literalmente sozinha, alguém a estava observando. Nina começa a receber inúmeras mensagens, e logo em seguida é assassinada misteriosamente por alguém que usa uma máscara. Enfim, somos introduzidos a todos os outros personagens, que de início parecem ser bastante interessantes como nos filmes originais, e acabam entregando várias supostas dicas enquanto guiam o telespectador nessa nova visão de metalinguagem. 


Sim, há menção a Brandon James, o jovem que sofria bullying por ser portador da Síndrome de Elefante e acabou assassinando vários jovens há 20 anos. Sua história é contada através de um flashback que mostra Daisy no cais atraindo-o para uma armadilha. Também fica claro que Daisy precisou trocar de nome para viver sua vida em paz. No presente, trata-se de Maggie Duvall, a mãe de Emma. 


Basicamente o primeiro episódio é uma apresentação dos personagens de rosto bonitos e pouco talento dramático. De início, o piloto não ofende a memória do seu original, entretanto falta muito pra sair da referência genérica e falta de inspiração para as cenas de suspense que são bastantes clichês. Mas é possível se interessar por algumas ideias ou até mesmo do próprio caráter “whodunit” (quem matou?) do enredo. O episódio é todo estruturado para ser um remake do primeiro Pânico, não só no assassinato que abre a série, mas em todo o seu piloto e provavelmente em toda a temporada.






Muitas referências da “nossa geração” também são postas em Scream, como as séries televisivas. De início, o professor cita exemplos de como o gótico está presente nos seriados, e assim começa a citar algumas, como The Walking Dead, Hannibal, Bates Motel e American Horror Story. Noah, um dos personagens com melhor referência metalinguística, começa citar como é difícil fazer uma série de slasher (filmes de psicopata mascarado), pois nesses filmes normalmente só um personagem sobrevive, e numa série que possui tantos episódios isso seria complicado de ser feito, pois a trama precisa ser esticada ao máximo. Mas Noah afirma que talvez seja possível, se a série consegui que o espectador se importe com os personagens e seus dramas, e menos com reviravoltas e mortes.



“Você torce por eles, pra quando forem brutalmente assassinados, isso doa”

(Noah)



Scream, com apenas 3 episódios, já foi renovada para sua segunda temporada. Isso mostra que a MTV está apostando alto na série e o retorno dos telespectadores está sendo positivo. Então, quais as suas apostas pra quem será o próximo a morrer?


Piloto: Scream (2015)

Reciclando o sucesso de Scream dos anos 90

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Morte do Demônio (2013) | Reimaginação do "Conto Demoníaco"

The Evil Dead (EUA) Em 1981, Sam Raimi conseguiu realizar algo extraordinário. Com um orçamento baixíssimo (em volta de 1,5 mil), o diretor reinventou os filmes idealizados dentro de uma cabana com jovens e demônios. Além disso, ainda conseguiu fãs por todo o planeta que apreciavam a maneira simples e assustadora que o longa fora realizado. Em 2009, Raimi entrou em contato com Fede Alvarez por seu recente curta-metragem viral que rolava pela internet. A conversa acabou resultando na id eia de uma reinvenção do “conto” original de 1981. Liberdade foi dada à Alvarez para que tomasse conta da história. Percebe-se, a início, a garra deste para uma boa adaptação, no entanto, ainda peca por alguns problemas graves percebíveis tanto para quem é ou não é fã do original. Ao que tudo indicava, seria um Reboot. Mas se trata, na realidade, de uma (aparentemente) continuação audaciosa. A audácia já começa no pôster de divulgação: “O Filme Mais Aterrorizante que Você Verá Nesta Vida”...

Anúncio Oficial [Duas Faces do Cinema: Quarto Ato]

Desde que nós dois, Arthur Gadelha e Gabriel Amora, sentamos para decidir o nome do blog de cinema que escreveríamos a partir dali, e entramos no acordo que “Duas Faces do Cinema” intitularia o projeto, já sabíamos, mesmo sem dizer um para o outro, que ele não perduraria para sempre; não como principal. No entanto, assim que lançado, ainda com um fundo preto e branco, separando o casal principal do grande vencedor do Oscar, “O Artista”, a marca “Duas Faces do Cinema” ganhava espaço entre amigos e familiares.

Leonard Nimoy, eterno Spock, morre aos 83 anos

A magia que um personagem nos passa, quando sincera, é algo admirável. Principalmente quando o ator fica anos trabalhando com a mesma figura, cuidando com carinho e respeitando os fãs que tanto o amam também. E, assim foi Leonard Nimoy . O senhor Spock de Jornada nas Estrelas , que faleceu ontem (27/02) por causa de uma doença pulmonar, aos 83 anos. O ator, diretor, escritor, fotógrafo e músico deixou um legado imenso para nós. E isso é algo que ele sempre tratou com muita paixão: a arte. A arte de poder fazer mais arte. E com um primor de ser uma boa pessoa e querida por milhares. E por fim, a vida atrapalhou tal arte. Não o eternizou como o seu personagem. Mas apenas na vida, pois no coração e na memória de todos, o querido Nimoy vai permanecer perpétuo nessa jornada. Um adeus e um obrigado, senhor Leonard Nimoy, de Vulcano. Comece agora, sua nova vida longa e próspera, onde quer que esteja.