UnReal conta a história de Rachel Goldberg (interpretada pela Shiri Appleby), uma jovem produtora de um reality show de relacionamento chamado “Everlasting”, em que um rapaz é encarregado de escolher uma garota, dentre várias, para ser a sua cara-metade. Durante as gravações o papel de Rachel é manipular as relações dos participantes para induzir drama para o show, a mando de sua chefe Quinn King (interpretada pela Constance Zimmer). O problema é que na temporada anterior do reality ‘Everlasting’ Rachel surtou e agora, um ano depois, ela está de volta ao set de gravação a mando de Quinn King que sabe que, apesar de tudo, Rachel é a arma secreta daquele reality show. Portanto Rachel, com processos nas costas, serviço comunitário para cumprir e terapia para frequentar irá se submeter ao trabalho que, dentre outras coisas mais, a levou a loucura.
A personagem principal, Rachel, cursa Ciências Sociais e Feminismo e esse trabalho de manipular as participantes do reality seria, na teoria, uma coisa que iria de encontro aos seus princípios, mas ela avisa que teve seus motivos para voltar a esse trabalho. E essa informação, quando unida com o colapso que ela já teve, faz da personagem uma intrigante e fascinante bomba-relógio que faz o telespectador sentir que a qualquer minuto ela pode explodir.
UnReal vai mostrar como esses programas “não roteirizados” são repletos de armações e manipulações por trás das câmeras, a forma que a produção e as pessoas envolvidas tentar tirar o máximo dos participantes, inventando situações e brincando com os problemas pessoais de cada um. É bem complicado viver no meio dessa era que tudo é possível e que passar por cima dos outros é conhecido como “normal”. Todos sabemos que por trás das câmeras desses realities muita coisa baixa acontece. UnReal mostra sem dó e piedade tudo e mais um pouco desse meio, como os participantes são submetidos a humilhações para que os produtores consigam extrair o suficiente para o entretenimento do público. Isso sem contar que as atitudes dos responsáveis pelos shows para conseguirem uma lágrima, briga ou cena de nudez é muitas vezes desumana.
Basicamente o piloto foi uma bela apresentação dos personagens principais, trazendo a volta de Rachel pro meio, com seus dilemas, medos e, por fim, dramas. Os personagens são bastante interessantes e cativantes, realmente nos atraindo. UnReal tem um grande potencial e, com certeza, tem tudo pra dar certo, se já não deu.
A série é produzida pelo canal Lifetime e criada por Marti Noxon e Sarah Gertrude Shapiro, sendo inspirada pelo premiado curta-metragem independente de Shapiro, Lantejoula Raze. Unreal recebeu aclamação da crítica e foi renovada para sua segunda temporada. O segundo ano terá 10 episódios produzidos, assim como na primeira temporada da atração que segue em exibição na TV norte-americana. A segunda temporada estreia em 2016, sem data prevista.
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