Escrever uma resenha para um livro como Todo Dia, obra de 2012 do autor americano David Levithan, é algo que eu protelaria até o fim da vida, caso pudesse, e é exatamente esse o motivo pelo qual não posso nem pensar em esconder algo tão... "intrigante" só para mim. Um livro cheio de altos e baixos não poderia ser descrito de forma apressada ou mal pensada, considerando ainda que essa obra tão diferente e imprevisível só poderia ser lido da forma mais apreciada por milhares de leitores; algo que chamo de leitura de um dia só.
Engolimos a estória de A, uma entidade assexuada de 16 anos que acorda todos os dias em um corpo diferente em uma cidade diferente. Esse fenômeno não se dá pela escrita do autor, que chega a ser cansativa em diversos momentos (ou em vários momentos), ou pela descrição exagerada e insignificante de grande parte do livro. Consumimos a história em um dia por não termos ideia de seu final.
O clímax da obra começa quando "A" se apaixona pela namorada de um de seus hospedeiros, uma garota tímida e sem atrativo nenhum, chamada Rhiannon. A originalidade e a grandiosidade da obra tem seu começo, de fato, neste momento, quando, enquanto o garoto continua acordando em pessoas diferentes, seu desejo de contar a verdade para a garota e de mudar um poucos as regras de sua própria vida começa a tomar se torna crescente.
O clímax da obra começa quando "A" se apaixona pela namorada de um de seus hospedeiros, uma garota tímida e sem atrativo nenhum, chamada Rhiannon. A originalidade e a grandiosidade da obra tem seu começo, de fato, neste momento, quando, enquanto o garoto continua acordando em pessoas diferentes, seu desejo de contar a verdade para a garota e de mudar um poucos as regras de sua própria vida começa a tomar se torna crescente.
Entre os pontos baixos, que se incluem à escrita estranhamente infantil para um veterano de literatura (ou quem sabe, uma tradução mal conduzida?) e aos detalhes dispensáveis (que tanto tetam alcançar a excelência de outros autores), é impossível deixar de notar a falta de desenvolvimento dos personagens, que só não se tornam alheios à nossa consciência porque são basicamente os únicos.
Entretanto, mesmo a paixão entre a entidade e a humana trazendo à tona todo o clichê que tentei desesperadamente escapar: o amor proibido, a originalidade da obra envolve e impressiona mais do que qualquer ponto negativo. Ademais disso, ideia de ler livros onde duas pessoas (ou nesse caso, pessoa e entidade) não podem ficar juntos por um motivo não é desagradável; muito pelo contrário. Caso seja bem construído, o clichê se torna inovador. Mas essa boa construção envolve mais do que originalidade.
Entretanto, mesmo a paixão entre a entidade e a humana trazendo à tona todo o clichê que tentei desesperadamente escapar: o amor proibido, a originalidade da obra envolve e impressiona mais do que qualquer ponto negativo. Ademais disso, ideia de ler livros onde duas pessoas (ou nesse caso, pessoa e entidade) não podem ficar juntos por um motivo não é desagradável; muito pelo contrário. Caso seja bem construído, o clichê se torna inovador. Mas essa boa construção envolve mais do que originalidade.
Apesar desses contras que realmente fazem diferença entre uma obra prima e um livro dispensável, há obras que são salvas por suas ideias originais, por seu desenrolar intrigante ou por seus finais imprevisíveis. E, claro, há livros como esse, que são salvos por todas essas três opções acima. Dizer que Todo Dia foi um livro memorável é exagerar um pouco os fatos, mas dizer que me arrependi nem que seja por um segundo de ter reservado algumas horas de meu tempo, que anda tão valioso, para lê-lo, seria quebrar meu código de ética como leitora, seria uma grande mentira. E uma obra com um final como esse merece, ao menos, uma saudação.
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