Sicario |
Denis Villeneuve fez um filme de bastante incômodo. O diretor abre com um tom de terror, induz a ansiedade e a constrói até o ato final. Sem artificialidades, o diretor cria, através da montagem ágil e da música elegante, uma obra irretocável. Cito, como exemplo, a cena da avenida em Juárez, que é cinema de qualidade. Câmera sem tremer, trilha incomparável e fotografia invejável de diversos outros filmes do mesmo tema. A tensão é mais óbvia que um filme de horror, o que gera incômodo sem chocar. E, quando choca, o longa se torna melhor.
A fotografia de Roger Deakins, assim como as suas outras obras, é de admirar e de recordar até após o filme. Acompanhando a trilha sonora, que causa desconforto e gera inquietação por tamanha apreensão. Já os atores estão dedicados, vide Del toro, com o seu jeito calmo, sossegado, e ao mesmo tempo, inconfortável que consegue surpreender em sua atuação, garantindo, a melhor do ano, até agora.
A cinematografia atesta um dos melhores trabalhos do diretor por consequência do texto primoroso, que acompanha a parte técnica espetacular e dos atores que não ficam em posições posteriores. A dedicação exercida em suas atuações são entregues na melhor forma possível.
Sicário – Terra de Ninguém é um filme árduo de assistir, mas ao mesmo tempo é daqueles que queremos testemunhar novamente logo após sua finalização. Algo não muito usual em 2015.
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