Amy |
Amy, documentário feito durante dois anos por causa do tempo das entrevistas com ex-namorados, amigos, familiares, testemunhas, parentes etc, apresenta uma carga sombria, realista, e deveras agressiva. A música, tema constante dentro do padrão esquelético do clichê óbvio cinematográfico (nascimento, sucesso, fracasso) é real. O documentário inicia revelando uma Amy de 15 anos cantando uma melodia com uma voz grossa, mas possuindo a ternura e determinação de uma criança. A partir disso, descobre na música como ser uma criança, e, por consequência, ser imatura, influenciável e uma vitima do lugar hostil em que vive.
O documentário, dirigido por Asif Kapadia, possui o mesmo padrão estereotipo. A diferença é estabelecida em como são revelados tais clichês da vida real. Há, por exemplo, vilões claros na estrada da cantora e que servem como antagonistas perfeitos dentro do filme. O pai e o marido de Amy usaram e influenciaram em um caminho de drogas, depressão e de suicídio durante todo instante, transformando a personagem do título em uma vitima clara que não consegue, por causa do amor e imaturidade, ser transgressora na vida, assim como é na música.
Por fim, com toda peculiaridade de um documentário de qualidade, o filme se revela como um dos mais competentes sobre alguém famoso. Não transforma em um ícone maior e nem destrói com suas atitudes duvidosas. Acompanhado disso, o filme apresenta entrevistas, shows, imagens e vídeos da cantora, voice over de todos os participantes sem revelar o rosto deles sentado em uma típica cadeira vermelha chorando ou lamentando a morte da personagem-título e, é claro, com muita música que traz consigo as letras e suas respectivas explicações.
Um trabalho competente que exerce a função absurdamente complicada: emocionar e chocar com a beleza interna e externa da cantora.
Avaliação:
Comentários
Postar um comentário
Deixe sua opinião!