“Eu falhei
com você, Anakin".
Star Wars Episode III: Revenge of the Sith (EUA) |
O episódio III deve ser o filme mais auto-referência de toda saga. George Lucas em
diversos momentos resolveu criar uma história que se comunicasse com o público através
de diálogos que podem ser interpretados como pedidos de desculpas. Cito, como
exemplo, o sumiço completo de Jar Jar Binks e a ligação única que este último
possui com a trilogia original.
O filme
inicia de maneira agitada, algo que os outros demoravam incansavelmente para
acontecer. As sequências de viagens espaciais e de batalhas intergalácticas são
compostas de diversos momentos de tensão e de aventura estilo sessão da tarde. Logo
após, o desenvolvimento de personagens prevalece e o roteiro consegue agir de
maneira mais coesa e simples ao crescer a mitologia de Obi-Wan Kenobi e Anakin
Skywalker, e esquecendo a existência de outros personagens coadjuvantes
desnecessários.
Dessa forma,
o espaço para as atuações se mostrarem dignas de um filme de verão é atraente
e incomoda muito menos que os filmes anteriores. O roteiro, por consequência,
traz consigo 60 minutos de explicações e reviravoltas constantes, algo que atormenta o público, mas que acaba por ser algo de criação de expectativa e de apreensão para o final, que apesar de todos saberem, é o trunfo do filme por unir
agradavelmente todas as peças.
Os efeitos
são de impressionar e encantar na forma em que são conduzidos pela mente cansada
do diretor. São comuns, clichês e previsíveis, mas são divertidos ao analisarmos o
filme em que estamos assistindo. Por complemento, a trilha sonora de John
Williams é excepcional e causa euforia com o passar dos atos.
Por fim, descem as cortinas e o show termina. É
inegável e totalmente compreensível os fãs não aceitarem essa trilogia nova que possui mais problemas do que qualidades, mas ela há de ter uma importância. O desenvolvimento
de personagens, a criação de expectativa por algo que sabíamos como iria acontecer
e a expansão da mitologia são elementos consideráveis. E, é claro, não
esqueçamos que marcou uma geração, assim como a outra trilogia. O que está
errado ou certo, não importa, George Lucas apesar de cuspir na saga no primeiro
filme, se redimiu
ao afirmar que falhou e ao criar um grande trabalho de fantasia e um dos
melhores da querida saga.
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