Pular para o conteúdo principal

Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith (2005) | Final do inicio


Eu falhei com você, Anakin".

Star Wars Episode III: 
Revenge of the Sith (EUA)
O episódio III deve ser o filme mais auto-referência de toda saga. George Lucas em diversos momentos resolveu criar uma história que se comunicasse com o público através de diálogos que podem ser interpretados como pedidos de desculpas. Cito, como exemplo, o sumiço completo de Jar Jar Binks e a ligação única que este último possui com a trilogia original.

O filme inicia de maneira agitada, algo que os outros demoravam incansavelmente para acontecer. As sequências de viagens espaciais e de batalhas intergalácticas são compostas de diversos momentos de tensão e de aventura estilo sessão da tarde. Logo após, o desenvolvimento de personagens prevalece e o roteiro consegue agir de maneira mais coesa e simples ao crescer a mitologia de Obi-Wan Kenobi e Anakin Skywalker, e esquecendo a existência de outros personagens coadjuvantes desnecessários.

Dessa forma, o espaço para as atuações se mostrarem dignas de um filme de verão é atraente e incomoda muito menos que os filmes anteriores. O roteiro, por consequência, traz consigo 60 minutos de explicações e reviravoltas constantes, algo que atormenta o público, mas que acaba por ser algo de criação de expectativa e de apreensão para o final, que apesar de todos saberem, é o trunfo do filme por unir agradavelmente todas as peças.

Os efeitos são de impressionar e encantar na forma em que são conduzidos pela mente cansada do diretor. São comuns, clichês e previsíveis, mas são divertidos ao analisarmos o filme em que estamos assistindo. Por complemento, a trilha sonora de John Williams é excepcional e causa euforia com o passar dos atos.

Por fim, descem as cortinas e o show termina. É inegável e totalmente compreensível os fãs não aceitarem essa trilogia nova que possui mais problemas do que qualidades, mas ela há de ter uma importância. O desenvolvimento de personagens, a criação de expectativa por algo que sabíamos como iria acontecer e a expansão da mitologia são elementos consideráveis. E, é claro, não esqueçamos que marcou uma geração, assim como a outra trilogia. O que está errado ou certo, não importa, George Lucas apesar de cuspir na saga no primeiro filme, se redimiu ao afirmar que falhou e ao criar um grande trabalho de fantasia e um dos melhores da querida saga.

Avaliação:

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Morte do Demônio (2013) | Reimaginação do "Conto Demoníaco"

The Evil Dead (EUA) Em 1981, Sam Raimi conseguiu realizar algo extraordinário. Com um orçamento baixíssimo (em volta de 1,5 mil), o diretor reinventou os filmes idealizados dentro de uma cabana com jovens e demônios. Além disso, ainda conseguiu fãs por todo o planeta que apreciavam a maneira simples e assustadora que o longa fora realizado. Em 2009, Raimi entrou em contato com Fede Alvarez por seu recente curta-metragem viral que rolava pela internet. A conversa acabou resultando na id eia de uma reinvenção do “conto” original de 1981. Liberdade foi dada à Alvarez para que tomasse conta da história. Percebe-se, a início, a garra deste para uma boa adaptação, no entanto, ainda peca por alguns problemas graves percebíveis tanto para quem é ou não é fã do original. Ao que tudo indicava, seria um Reboot. Mas se trata, na realidade, de uma (aparentemente) continuação audaciosa. A audácia já começa no pôster de divulgação: “O Filme Mais Aterrorizante que Você Verá Nesta Vida”...

Anúncio Oficial [Duas Faces do Cinema: Quarto Ato]

Desde que nós dois, Arthur Gadelha e Gabriel Amora, sentamos para decidir o nome do blog de cinema que escreveríamos a partir dali, e entramos no acordo que “Duas Faces do Cinema” intitularia o projeto, já sabíamos, mesmo sem dizer um para o outro, que ele não perduraria para sempre; não como principal. No entanto, assim que lançado, ainda com um fundo preto e branco, separando o casal principal do grande vencedor do Oscar, “O Artista”, a marca “Duas Faces do Cinema” ganhava espaço entre amigos e familiares.

Leonard Nimoy, eterno Spock, morre aos 83 anos

A magia que um personagem nos passa, quando sincera, é algo admirável. Principalmente quando o ator fica anos trabalhando com a mesma figura, cuidando com carinho e respeitando os fãs que tanto o amam também. E, assim foi Leonard Nimoy . O senhor Spock de Jornada nas Estrelas , que faleceu ontem (27/02) por causa de uma doença pulmonar, aos 83 anos. O ator, diretor, escritor, fotógrafo e músico deixou um legado imenso para nós. E isso é algo que ele sempre tratou com muita paixão: a arte. A arte de poder fazer mais arte. E com um primor de ser uma boa pessoa e querida por milhares. E por fim, a vida atrapalhou tal arte. Não o eternizou como o seu personagem. Mas apenas na vida, pois no coração e na memória de todos, o querido Nimoy vai permanecer perpétuo nessa jornada. Um adeus e um obrigado, senhor Leonard Nimoy, de Vulcano. Comece agora, sua nova vida longa e próspera, onde quer que esteja.