Crítica: Ex-Machina - Instinto Artificial (2015)
Contemplativo e enriquecedor
Caleb é um programador que trabalha em um tipo de Google, e, ao ganhar uma promoção de se hospedar na residência do chefe da empresa, ele é usado como cobaia para ter um contato maior com a criação mor da vida do dono. Nathan, o criador do androide nos apresenta Ava, sua filha, para compreendermos se é possível uma inteligência artificial ter uma vida como o homem. A partir disso, o roteiro nos presenteia questões enaltecedoras com diálogos cerebrais de uma forma natural e coesa para o entendimento do público alvo. O subtexto evolui de forma controladora e encanta a cada sequência de desenvolvimento da trama.
Alex Garland, o diretor, controla bem suas decupagens revelando uma elegância metafórica na geografia. O jogo de câmera brinca com o uso de cor minimalista com uma profundidade de campo para nos revelar elementos essências da ficção científica. O que transforma todo ambiente em um campo de interpretações e de alerta, com o intenso segmento de longas conversas.
Os efeitos são criados absurdamente de uma maneira realística e incômoda por trazer elementos "humanos". Além da fotografia e do som que criam uma duplicidade invejável ao revelar paisagens, cenários claustrofóbicos e uma calma poética para as devidas interpretações com as metáforas em torno do filme.
Dessa forma, o roteiro trata da maior responsabilidade do gênero: apresentar-nos uma trama com subtextos que revelam um senso de responsabilidade, inteligência e tecnologia. Isso fica claro com a personagem de Ava, interpretada pela misteriosa Alicia Vikander, que é o coração do filme por trazer tais questões.
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