Batman vs Superman: Dawn of Justice (EUA) |
O roteiro
de Chris Terrio e David Goyer é sustentado pelas motivações de ambas as partes
dos heróis. Embora se perca um pouco ao introduzir mais personagens importantes,
como a Mulher Maravilha (Gal Gadot), ganha pontos ao desenvolver muito bem os
protagonistas. Batman (Ben Affleck) e Superman (Henry Cavill), em seus
diálogos, conseguem transpassar com facilidade a rivalidade existente entre
eles. Além disso, personagens coadjuvantes são evoluídos, como Perry White
(Lawrence Fishburne) e Lex Luthor (Jesse Eisenberg), este último com incríveis
monólogos que demonstram bem sua insanidade.
Não
muito se destacaria o roteiro se não houvessem grandes atuações. Affleck se
prova como um excelente Batman e Bruce Wayne. Com sua fúria, tristeza e sede de
vingança, o ator traz à tona todo o tormento vivido pelo menino Bruce, desde
que perdeu seus pais. Já Cavill acerta mais uma vez, e interpreta o
Super-Homem de fato, o ora temido, ora amado deus. Como vilão, Eisenberg
surpreende como Lex Luthor, com uma atuação caracterizada em sua forma de
falar, gesticular e agir. E Gadot, como Mulher Maravilha, prova que para
ser maravilha não precisa ter o corpo sarado, conforme as críticas reclamavam.
A atriz israelense se sobressai quando surge, roubando a cena como a heroína.
Os
efeitos visuais são fiéis à grandiosidade dos heróis e vilões presentes no
filme. Todo aquele CGI que salta aos olhos se faz necessário quando nos
deparamos com visão raio laser, voos, naves, alienígenas, etc. E a agitação da
trilha de Hans Zimmer cai bem às cenas de ação, embora exagerada em cenas de
puro drama.
Ainda
que haja muitos acertos, o longa peca um pouco na montagem das cenas iniciais e
final, tornando um tanto confusa por não estabelecer uma sequência. E a
insistência de Lois Lane (Amy Adams) estar sempre onipresente já é exaustivo,
mesmo que tenha melhorado bastante em relação ao filme antecessor. E ainda
algumas cenas que se fazem desnecessárias, tornando o filme só mais longo.
Batman vs Superman cumpre com a missão de divertir, empolgar e ansiar
pelo próximo filme. Recheado de fan services, não tem como o fã, que esperou
três anos de produção, ficar indiferente com aquilo. Snyder, que não satisfez
muito com seu trabalho em Homem de Aço, pode agora ficar, de certa forma,
tranquilo, pois fez um bom trabalho, e deve continuar corrigindo seus erros.
Resta a nós, o público, torcer para que o futuro dos filmes da DC sejam
promissores e nos rendam muita diversão.
Avaliação:
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