Daredevil - Season 2 (EUA) |
Justiceiro,
Elektra, ninjas, decapitações, mutilações, explosões e mais ninjas são a
cobertura e o recheio da segunda temporada. Os personagens possuem seus
desenvolvimentos logo em seus episódios iniciais, o que resulta em simpatia e
aprecio pelos mesmos. Cito, como exemplo, o Justiceiro de Jon Bernthal que tem um arco dramático
totalmente inspirado em Garth Ennis e que é satisfatoriamente bem escrito. Um personagem
de ações duvidosas, com espirito de vilão e que consegue ocasionar uma torcida,
mesmo que suas atitudes sejam das mais grotescas possíveis.
Assim como o
Demolidor que está mais à vontade que anteriormente e ágil com sua
trama mais resolvida. E outros, como Stick e Wilson Fisk, que não tiveram
desenvolvimentos claros na primeira temporada, mas possuem um crescimento de grandes
diálogos divertidos.
A ação é
trabalhada de forma orgânica garantindo um estilo de luta único para cada
personagem, o que demonstra a dedicação por parte dos atores que se
esforçaram com suas sequências de batalhas. Revelando que a série entendeu que
os personagens, apesar de possuírem o coração dos 13 episódios, são tão bons
quantos as longas cenas de lutas, exibindo um design de produção, montagem e
fotografia de alto nível, fazendo inveja para muitas produções cinematográficas.
No entanto,
a temporada, assim como a primeira, se apressa no ritmo e fica previsível demais
com o passar dos episódios. O desenvolvimento corre e não se divide entre todos
os personagens, transformando passagens icônicas dos quadrinhos e momentos
esperados da série como algo sem energia que sustente o final.
Através disso,
a previsibilidade e a tentativa de chocar se tornam o primeiro plano dos diretores,
esquecendo de trabalhar melhor suas atitudes. Por conseguinte, a temporada se
encerra com um gosto amargo, mas que apesar do final problemático, possui um
pique muito melhor que outras séries que insistem em voltar depois de enterradas.
Avaliação:
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