Pular para o conteúdo principal

Demolidor (2° temporada, 2016) | Marvel expande o seu universo dentro da Netflix


Daredevil - Season 2 (EUA)
A Marvel Studios e a Netflix uniram suas forças importantes e influentes na cultura popular e nos apresentaram uma deliciosa produção de streaming de super-heróis da Casa das Ideias. Em 2015, Demolidor e Jessica Jones foram os test drive para o caminho de violência, sexo e aventuras que os Vingadores nunca suportariam. Agora, a Netflix lançou sua segunda temporada de Demolidor, e, já afirmo, que é melhor que tantas outras séries sem ritmo de heróis, apesar de possuir os seus problemas.

Justiceiro, Elektra, ninjas, decapitações, mutilações, explosões e mais ninjas são a cobertura e o recheio da segunda temporada. Os personagens possuem seus desenvolvimentos logo em seus episódios iniciais, o que resulta em simpatia e aprecio pelos mesmos. Cito, como exemplo, o Justiceiro de Jon Bernthal que tem um arco dramático totalmente inspirado em Garth Ennis e que é satisfatoriamente bem escrito. Um personagem de ações duvidosas, com espirito de vilão e que consegue ocasionar uma torcida, mesmo que suas atitudes sejam das mais grotescas possíveis.

Assim como o Demolidor que está mais à vontade que anteriormente e ágil com sua trama mais resolvida. E outros, como Stick e Wilson Fisk, que não tiveram desenvolvimentos claros na primeira temporada, mas possuem um crescimento de grandes diálogos divertidos.

A ação é trabalhada de forma orgânica garantindo um estilo de luta único para cada personagem, o que demonstra a dedicação por parte dos atores que se esforçaram com suas sequências de batalhas. Revelando que a série entendeu que os personagens, apesar de possuírem o coração dos 13 episódios, são tão bons quantos as longas cenas de lutas, exibindo um design de produção, montagem e fotografia de alto nível, fazendo inveja para muitas produções cinematográficas.

No entanto, a temporada, assim como a primeira, se apressa no ritmo e fica previsível demais com o passar dos episódios. O desenvolvimento corre e não se divide entre todos os personagens, transformando passagens icônicas dos quadrinhos e momentos esperados da série como algo sem energia que sustente o final.

Através disso, a previsibilidade e a tentativa de chocar se tornam o primeiro plano dos diretores, esquecendo de trabalhar melhor suas atitudes. Por conseguinte, a temporada se encerra com um gosto amargo, mas que apesar do final problemático, possui um pique muito melhor que outras séries que insistem em voltar depois de enterradas. 

Avaliação:

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Morte do Demônio (2013) | Reimaginação do "Conto Demoníaco"

The Evil Dead (EUA) Em 1981, Sam Raimi conseguiu realizar algo extraordinário. Com um orçamento baixíssimo (em volta de 1,5 mil), o diretor reinventou os filmes idealizados dentro de uma cabana com jovens e demônios. Além disso, ainda conseguiu fãs por todo o planeta que apreciavam a maneira simples e assustadora que o longa fora realizado. Em 2009, Raimi entrou em contato com Fede Alvarez por seu recente curta-metragem viral que rolava pela internet. A conversa acabou resultando na id eia de uma reinvenção do “conto” original de 1981. Liberdade foi dada à Alvarez para que tomasse conta da história. Percebe-se, a início, a garra deste para uma boa adaptação, no entanto, ainda peca por alguns problemas graves percebíveis tanto para quem é ou não é fã do original. Ao que tudo indicava, seria um Reboot. Mas se trata, na realidade, de uma (aparentemente) continuação audaciosa. A audácia já começa no pôster de divulgação: “O Filme Mais Aterrorizante que Você Verá Nesta Vida”...

Anúncio Oficial [Duas Faces do Cinema: Quarto Ato]

Desde que nós dois, Arthur Gadelha e Gabriel Amora, sentamos para decidir o nome do blog de cinema que escreveríamos a partir dali, e entramos no acordo que “Duas Faces do Cinema” intitularia o projeto, já sabíamos, mesmo sem dizer um para o outro, que ele não perduraria para sempre; não como principal. No entanto, assim que lançado, ainda com um fundo preto e branco, separando o casal principal do grande vencedor do Oscar, “O Artista”, a marca “Duas Faces do Cinema” ganhava espaço entre amigos e familiares.

O Retrato de Dorian Gray | Os segredos de Dorian

Oscar Fingal O’Flahertie Wills Wilde nasceu em 1854 em Dublin, estudou na Trinity College de Dublin e, posteriormente, no Magdalen College em Oxford. Seu único romance foi O retrato de Dorian Gray e seu sucesso como dramaturgo foi efêmero. Morreu em 1900 em Paris, três anos após ter sido libertado da prisão por ter sido pego em flagrante indecência.  O retrato de Dorian Gray foi publicado pela primeira vez em 1891 em formato de livro em uma versão bastante modificada do romance original de Oscar Wilde, pois foi considerado muito ousado para sua época. Já tinha sido editado quando publicado em série na revista literária Lippincott’s em 1890 e depois ainda foi alterado pelo próprio Wilde, que em resposta às duras críticas, fez sua própria edição para a publicação em livro. Estamos falando de uma Inglaterra do século XIX bastante tradicionalista e preconceituosa, assim, a versão original, tirada do manuscrito de Wilde, nunca havia vindo a público. Nicholas Frankel, professor de I...