Magic Mike XXL (EUA) |
Magic Mike,
de 2012, conseguiu ser uma salada de clichês sem inspiração sobre homens em conflitos
não muito convincentes. A continuação investe em questões da cultura norte-americana
com o estilo de filme de estrada auto contemplativo. Obviamente, não há gênero melhor
pra ridicularizar ou enaltecer uma natureza.
Gregory
Jacobs, o diretor do filme, responsabiliza-se por revelar que a estrada é uma metáfora
de desenvolvimento de personagens e das revoluções de contracultura. O que há
de piegas em temas como esses é a transformação e sacudida que Mike e seus
amigos de estrada deveriam perceber no caminho. Buscar uma nova origem, algo
que se torne presente e palpável em suas vidas, seja na dança ou na maromba, os
personagens constantemente exibem na tela, através do roteiro, a busca pelo
sonho americano. Algo que não é necessariamente bom, mas na terra de política problemática
e crises financeiras, o sistema quebra ao garantir o ridículo.
Não suficiente,
Magic Mike XXL consegue excluir o clichê para criar outros. Os sonhos óbvios dos
personagens são revelados aos poucos, mas com uma evolução constante de carisma
pelos mesmos. O personagem que assume o papel de macho alfa do filme é
desafiado a seduzir uma caixa de uma loja de estrada. A essência do líder
é pauta e ainda gera risos com a piada longa e impagável, o que desconstrói um clichê
da previsibilidade do líder ser o maior entre todos.
Além das
piadas, o roteiro apresenta de forma transvestida de humor a desmitificação da
contracultura americana que consume a negatividade. O branco e o negro, a
mulher e o homem, a democratização do capital e outros, resolvem com o pudor de ser
maior do que aqueles explicadinhos do século 21. O norte encontrado em Magic
Mike XXL é apresentar uma história revolucionaria, piegas e engraçada de uma
forma que evolui o cinema de clichês e comédias. Aliás, o cinema é um clichê e
comédia. Está na hora de aprecia-lo com mais inteligência e entretenimento.
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