Captain America: Civil War (EUA) |
Capitão
América: Guerra Civil é, além de uma continuação de O Soldado
Invernal com a participação dos Vingadores e
com a introdução de novos personagens, um filme sobre deliberações. E, por
sorte, a Marvel, assim como no segundo filme do Capitão, entendeu que debates
políticos são bem-vindos e enriquecedores para o seu público.
Isso é
perceptível com o desenvolvimento que todos os personagens carregam. Seja com a
ideologia de liberdade do Capitão ou do vigilantismo do Homem de Ferro, os conflitos em
textos são bem trabalhados e durante as sequências de batalhas corporais,
o público tem a missão de entender os lados de cada time. E, é claro, há
o vilão que possui suas motivações malignas, mas que são “aceitáveis” diante do
mundo em que ele vive, o que resulta em um drama inesperado.
Além disso, a
direção dos Irmãos Russo é coesa por revelar tal
desenvolvimento político e por garantir atuações dramáticas e cômicas, em que
fica claro ao notar que o elenco se diverte com os seus diálogos longos sobre o
acordo de Sokovia ou com situações banais como o Homem-Formiga encontrando o Capitão
América. E quando um herói escalador de paredes surge em tela, a narrativa exibe de forma elegante um
poder de síntese ao explanar em pouco mais de cinco minutos a participação
desse personagem. Exemplo claro de como se contar uma origem sem
desrespeitar quem assiste a mesma história pela terceira vez.
Como
complemento, a montagem habilidosa indica uma geografia encantadora do
espaço de luta dos heróis, acompanhado da trilha pertinente que ecoa pelos
conflitos dramáticos. Assim, o subgênero nunca
esteve tão afiado como, por exemplo, na cena do aeroporto, em que tudo se
completa de forma orgânica.
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