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Existem
elementos básicos que são essenciais para a construção de um bom filme. Cito, como
exemplo, uma boa história, um bom motivo e, não menos importante, um
desenvolvimento de personagens. Memórias Secretas, de Atom Egoyan, é coeso em
apresentar essas características obrigatórias mas, infelizmente, demora pra acontecer.
Um dos
momentos mais obscuros da história da humanidade foi a Segunda Guerra Mundial. E o
filme carrega este peso melodramático do século XX para a contemporaneidade na
história de Zev, um senhor judeu que deseja vingança por um ex-guarda nazista
pelo assassinato de sua família há 70 anos. Desta forma, o filme se aventura
pelo drama road movie ao revelar o personagem andando de trem, ônibus, táxi e
se movendo de uma cidade para outra em busca de sua vítima.
É inegável que
há uma boa proposta na trama de originalidade e suspense aterrorizante.
O protagonista, interpretado dedicadamente por Christopher Plummer,
possui uma carga dramática de dor que causa estranhamento todo instante em que
ele pronuncia a palavra “Ruth”, criando um suspense em torno do personagem que tem um crescimento claro e que, consequentemente, desenvolve o filme de
forma ágil.
No entanto,
para compreendermos a situação, o longa de 95 minutos demora a engatar. Os primeiros
atos, ao construírem a trama, nos trazem cenas que são longas e óbvias demais. Um
simples dialogo dentro de um vagão de trem é o exemplo perfeito de como desenvolver um personagem em poucas falas, mas o diretor duvida da capacidade
do público e exige mais de uma conversa explicando o que há pouco já tinha
feito. Não necessariamente prejudicial se não fosse por mais outras cenas
dessa forma, como na sequência do hospital com a criança, na loja de armas ou
de roupas.
Ao pegar o
ritmo, o trabalho se exibe por sua música melancólica e extremista com os seus
momentos de tensão. A fotografia é bonita, apesar de bastante limpa em
situações em que não tinha porque de haver um sol claro sob os personagens e,
por fim, a montagem é razoável, apesar da mise en scène preguiçosa.
Por conseguinte, os excelentes atores se esforçam em contar uma história de boas motivações, resultando em bons momentos durante o longa. Por exemplo, a cena em que o protagonista encontra-se com um policial (interpretado de forma assustadora pelo Dean Norris) em que a inquietude é de incomodar. Dessa forma, o trabalho vale por ter cenas inspiradas como essa.
Por conseguinte, os excelentes atores se esforçam em contar uma história de boas motivações, resultando em bons momentos durante o longa. Por exemplo, a cena em que o protagonista encontra-se com um policial (interpretado de forma assustadora pelo Dean Norris) em que a inquietude é de incomodar. Dessa forma, o trabalho vale por ter cenas inspiradas como essa.
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