Star Trek II: The Wrath of Khan (EUA)
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E.T. – O Extraterrestre, Poltergeist - O Fenômeno, Tron, O
Enigma de Outro Mundo e Mad Max 2 – A Caçada Continua foram alguns dos filmes
do verão norte-americano de 1982. Dessa forma, era praticamente impossível continuar Star
Trek com a mesma indulgência do primeiro longa-metragem e, com esses fatos em sua
mesa, a Paramount exclui Robert Wise e põe Nicholas Meyer naquele que é
considerado por muitos o melhor filme de toda a franquia.
Com um orçamento modesto de quase 12 milhões
de dólares, Star Trek II: A Ira de Khan começa com Kirk sendo almirante, mas, ao mesmo tempo, desinteressado pelos próximos anos de solidão na Terra enquanto os
seus companheiros continuam a exploração pelo desconhecido. E em outro canto da
galáxia, Khan, o vilão apresentado no episódio clássico da primeira temporada
em 1966, Semente do Espaço, retorna e busca por sua última missão: destruir a Enterprise
e seu capitão. A incumbência de fuga, ataques, traições e de vingança começa e o
roteiro, de Jack Sowards e do diretor, compreende bem a rivalidade e tensão que desenvolve ambos os personagens sem nenhum contato cara a cara
entre os dois.
Desse modo, a montagem de William Dornisch é
mais um elemento extremamente necessário para essa dualidade. Enquanto um ator
é mais do método que o outro em suas cenas (que foram gravadas com meses de
diferença entre uma e outra), o montador usa os elementos de ritmo e de
narração dramática entre as perseguições e sequências que edifica a inquietude
que há muito a série não explorava mais.
Já os astros do filme, enquanto isso, se
apresentam de modo formidável com os seus heróis. Leonard Nimoy, mais uma vez,
chama a atenção do público com os seus diálogos assustadoramente bem escritos e
recitados quase que Shakespeariano, DeForest Kelley diverte e encanta com o seu lado humano e William Shatner nos traz um Kirk em meia idade com
problemas que vão se formando com o desenvolvimento do filme. No entanto, o trabalho possui uma nova estrela: Ricardo Montalbán. O ator, quando está em cena,
apresenta um charme diabólico e uma provocação exemplar de um vilão que já
nasceu clássico. E, em certos momentos, é fácil encontrar uma torcida para que,
ao menos, o seu personagem sobreviva no final, o que é consequência da
excelente direção de atores.
Por fim, A Ira de Khan é mais um monologo de
Gene Roddenberry sobre a vida, envelhecimento, exploração, renascimento, amadurecimento, morte, condição humana e diversos
temas que o filme prospera com os seus diálogos e personagens. Enquanto Khan se influenciou poeticamente em Ahab de Moby Dick em suas últimas frases, o filme, de
inúmeras maneiras, instigou tantos outros em como se apresentar uma digna
ficção cientifica.
Avaliação:
Criticar esse clássico é uma heresia. Mesmo sem ser trekkie não temos no que nos basear para sequer pensar em criticar. Contudo, para quem assistiu a todos os episódios Trek, seja qual série for, consegue ver um lapso que só um fã muito atendo pode perceber. Ao pousar em Seti Alfa 7, Checov, "reconhece" Botany Bay como a nave de Kahn deixada ali por Kirk em "Sementes do Espaço " na TOS. Khan, não reconhece o capitão da Reliant, mas ao levantar Checov pelo "colarinho" diz: CHECOV !!!!!! NUNCA ESQUEÇO UM ROSTO... Eis aí o paradoxo. No episódio "Sementes do Espaço, Khan não encontra Checov, pois o russo não fazia parte daquela tripulaçao (1ª temporada) portanto não conheceu Khan. Um deslise que quase passa inperceptível. só não passa porque existem chatos como eu, que querem ver tudo perfeito.
ResponderExcluirEdson Da Dulce Lopes (facebook)
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