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Jornada nas Estrelas V: A Última Fronteira (1989) | Por sorte, não foi o último filme

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Star Trek V: The Final Frontier (EUA)
Jornada nas Estrelas já passeou por muitos gêneros, diretores, compositores e roteiristas. Depois do sucesso sem escala de Leonard Nimoy, em críticas, público e Oscar, William Shatner assumiu a franquia cinematográfica no quinto e, infelizmente, mais fraco filme da série.

A Última Fronteira é divertido até certo ponto. A introdução é agradável, há piadas que causam risos e a música de Jerry Goldsmith é um exemplo de competência. Mas, no momento em que o roteiro começa a se levar a sério, a mão do diretor pesa nas explicações gratuitas com a trama de encontrar o "Deus". Premissa que é muito próxima do primeiro filme, mas que o espectador fica por curiosidade pelo mistério que, com o passar dos minutos, fica óbvio e previsível.

O roteiro, seguindo a péssima direção de Shatner, inicia a jornada em uma mistura de ideias, com Mad Max e Star Wars, em que nada é criado de forma dedicada, gerando antipatia pelo trabalho que podia ser, pelo menos, bonito visualmente. O que nos sobra, finalmente, é a Enterprise, que não é explorada de modo algum na película.

Os efeitos e design de produção não surpreendem e mantém o mais genérico piloto automático. Os cenários e ambientações não possuem identidade e até os uniformes são reciclados dos filmes anteriores, o que não causam um charme a mais em sua produção.

Além disso, o filme nos apresenta situações em que as sequências são pessimamente coreografadas, com diálogos terríveis e atuações que criam uma enorme preguiça por parte dos atores e, principalmente, do diretor que não trabalhou bem os seus personagens.

E, com a trama que relembra o primeiro filme, as comparações são necessárias. O primeiro longa-metragem, mesmo com todas as suas inconsistências, música elevada, personagens e situações desnecessárias, tinha coesão. O trabalho iniciava com bons momentos e os atores, dedicados e empolgados, demonstravam satisfação com aquela aventura filosófica e banal. Enquanto esse, infelizmente, só é banal. 

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