Pular para o conteúdo principal

Harry Potter e a Câmara Secreta (2002) | A saga cresce em seu novo capítulo

Resultado de imagem

Resultado de imagem
Harry Potter and the Chamber 
of Secrets (U.K)
Harry Potter e a Câmara Secreta, dirigido novamente por Chris Columbus, é tão fantástico e inventivo quanto o material de origem. E não basta efeitos visuais, humor e magia quando uma boa história é mais que essencial. E isso, a segunda parte tem de sobra, algo que nos encanta, já que os detalhes daquele universo são absolutamente estupendos. 

A segunda parte logo de cara já traz um roteiro mais denso e sem diálogos expositivos como no filme anterior. Steven Kloves, o mesmo roteirista do original, nos apresenta os seus protagonistas sem exposição e com muito mais intimidade que antes, o que ocasiona um desenvolvimento de personagens mais justo para cada um, além de aumentar as camadas dos coadjuvantes, como o professor alvo Dumbledore e Severus Snape.

Desse modo, a trama flui com passagens bem mais naturais e sem repetições de situações do primeiro filme. O mistério é outro e a diversão em torno do mesmo só aumenta. No entanto, podendo contar com um bom material de origem e com um roteiro fiel, o diretor necessitava de uma equipe dedicada para elevar o universo do bruxo para as telas. Refletindo sobre isso, a dimensão das criaturas, dos corredores do castelo e das aventuras enfrentadas pelos heróis são expandidas ao máximo com uma direção de arte competente, que traz realismo aos detalhes do lado da movimentação de câmera extraordinária que entende a dimensão do lugar habitado por eles.

Além disto, o elenco é primoroso e formidável. Os astros do original retornam e, mesmo com desenvolvimentos interessantes, outros personagens são apresentados e brilhantemente colocados do melhor modo na trama, como Jason Isaacs e Kenneth Branagh, com as suas características distintas e tons divertidíssimos. Por fim, Richard Harris se despede da série e da sétima arte com esforço e segurança ao mostrar que era um ator extremamente dedicado, como podemos observar na cena em que o seu personagem surge mais jovem e que ele muda o seu tom de voz para um contraste mais óbvio e elegante.

A direção, acompanhando o ritmo, se esforça e expõe as suas habilidades técnicas perfeitamente. Exemplo claro, é a trilha sonora de John Williams que ecoa em momentos alegres e em outros de pura tensão, sem soar repetitiva ou banal. Assim como a montagem que deixa o filme com 162 minutos de atos habilidosamente bem estruturados, sem sequências em vão ou diálogos tolos.

Por conseguinte, o avanço foi perceptível, e o vasto, rico e belíssimo universo ficou em boas mãos nestes dois ótimos primeiros filmes. Felizmente. 


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Leonard Nimoy, eterno Spock, morre aos 83 anos

A magia que um personagem nos passa, quando sincera, é algo admirável. Principalmente quando o ator fica anos trabalhando com a mesma figura, cuidando com carinho e respeitando os fãs que tanto o amam também. E, assim foi Leonard Nimoy . O senhor Spock de Jornada nas Estrelas , que faleceu ontem (27/02) por causa de uma doença pulmonar, aos 83 anos. O ator, diretor, escritor, fotógrafo e músico deixou um legado imenso para nós. E isso é algo que ele sempre tratou com muita paixão: a arte. A arte de poder fazer mais arte. E com um primor de ser uma boa pessoa e querida por milhares. E por fim, a vida atrapalhou tal arte. Não o eternizou como o seu personagem. Mas apenas na vida, pois no coração e na memória de todos, o querido Nimoy vai permanecer perpétuo nessa jornada. Um adeus e um obrigado, senhor Leonard Nimoy, de Vulcano. Comece agora, sua nova vida longa e próspera, onde quer que esteja.

O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos (2014) | Peter Jackson cumpre o que prometeu

    Não vamos negar que a trilogia O Hobbit possui grandes problemas. O que é uma pena, já que a trilogia anterior ( O Senhor dos Anéis ) não tem falha alguma. Contudo, o que tinha de errado em Uma Jornada Inesperada e Desolação de Smaug , o diretor Peter Jackson desfaz nessa última parte. O que é ótimo para os espectadores e crível para os adoradores da saga da terra-média de longa data.     O filme apresenta problemas diversos, por exemplo, um clímax logo na primeira cena (se é que você me entende) e um personagem que não consegue momento algum ser engraçado. Falhas como essas prejudicam o filme como todo. O roteiro, por ser o mais curto dos três, precisava de mais tempo em tela, e dessa forma, cenas e personagens sem carisma são usados repetidas vezes e com uma insistência sem ter porquês. Mas, em contra partida, O Hobbit e a Batalha dos Cinco Exércitos consegue ser mais direto, objetivo e simples que seus antecessores, que são longos e cheios de casos...

Filmes querem lhe enganar, não esqueça disso

Este texto não bem uma crítica, mas uma ponderação sobre o cinema enquanto uma ferramenta de afirmação. Podemos supor que o que leva uma equipe a gastar quase 100 milhões de dólares para contar uma história é principalmente acreditar nela. Veja só, por que filmes de guerra são feitos? Além do deslumbre de se tornar consumível uma realidade tão distante do conforto de uma sala com ar-condicionado, há a emoção de se  converter emoções específicas. Sentado em seu ato solitário, o roteirista é capaz de imaginar as reações possíveis de diferentes plateias quando escreve um diálogo ou descreve a forma como um personagem se comporta. Opinião: Filmes querem lhe enganar, não esqueça disso "Ford vs Ferrari", de James Mangold, é essencialmente um filme de guerra. Mesmo. Digo isso porque Ford vs Ferrari , de James Mangold , é essencialmente um filme de guerra. Mesmo. Aqui é EUA contra Itália que disputam o ego de uma vitória milionária no universo da velocidade. Ainda no iníci...