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Lista 4TO | 5 séries ou minisséries sobre a realeza

Nos últimos anos o público cada vez mais se identifica pelo universo histórico. Não é a toa que as produções tanto cinematográficas e televisiva com essa temática estão surgindo com mais força. E com isso as séries e minisséries que não são bobas nem nada e que estão de olho nesse público-alvo, uniram em suas produções uma trama envolvente sobre a adorada e aclamada realeza e com ela os deslumbrantes cenários, figurinos, mais a fotografia impecável e a escolha certa do elenco, tornando-se a fórmula perfeita para o sucesso.

Pensando nisso o 4TO criou uma lista de cinco séries ou minisséries que retratam a ascensão de um rei ou rainha. Começamos então em ordem de lançamento com a série: 


The Tudors

Com quatro temporadas, a série teve seu lançamento em abril de 2007 e finalizada em junho de 2010, se baseando na história real do rei Henrique VIII da Inglaterra. Tendo como criador Michael Hirst e produzida por Peace Arch Entertainment para a Showtime

The Tudors recria os primeiros e tumultuosos anos de Henrique VIII, que reinou a Inglaterra entre 1509 à 1547. Paixão, ambição e traição se transformam no fio condutor desta trama. Jovem, atraente e poderoso, o rei da Inglaterra foi capaz de grandes proezas, sem dúvida alguma um monarca que não colocava os assuntos do Estado entre suas prioridades.

Para aqueles próximos, satisfazer o rei era uma faca de dois gumes. Henrique VIII era até mesmo capaz de desafiar a instituição mais poderosa da Europa medieval: a Igreja Católica Romana. Também era conhecido por mandar executar seus súditos diante da mínima demonstração de insubordinação. O soberano se casou seis vezes e rompeu com a Igreja Católica Apostólica Romana após a separação com a rainha Catarina de Aragão, na ocasião em que o Vaticano se recusou em anular seu casamento. Assim, Henrique VIII criou uma nova igreja: a Igreja Anglicana e em seguida se casou com Ana Bolena. 

Filmada na Irlanda, a série retrata os dez primeiros anos do reinado de Henrique VIII. Um reinado que se iniciou em 1509, quando ele tinha apenas 19 anos de idade. Além de mostrar as alianças políticas mais significativas do monarca, a série gira em torno das companheiras femininas do rei, que por sinal eram muitas. 

Fatos como esses são mencionados durante as quatro temporadas da série, que tem um primor de qualidade técnica e as atuações dos atores são extremamente elogiadas pelo público e pela crítica, principalmente dos atores Jonathan Rhys Meyers (Henrique VIII) e Natalie Dormer (Ana Bolena).




Nota: 4,5/5



The White Queen 

Com apenas uma temporada e dez episódios, The White Queen entra na categoria de minissérie sendo uma coprodução da BBC1 com o canal americano Starz. Adaptada por Emma Frost, da obra de Phillipa Gregory: “The Women of the Cousins´ War”

The White Queen se passa durante a Guerra das Rosas, quando os Yorks, representados pela cor branca, e os Lancasters, sob a cor vermelha, lutaram por 30 anos pelo controle da Inglaterra. Uma grande narrativa repleta de amor, perdas, sedução, traição e morte, a história é contada através da perspectiva de três mulheres: Elizabeth Woodville, Margaret Beaufort e Anne Neville.

A série se inicia em 1464, o nono ano da guerra, quando o belo Edward IV é coroado o rei da Inglaterra com a ajuda do manipulador Lord Warwick. Edward é apaixonado pela jovem viúva Elizabeth Woodville e secretamente se casa com ela, fato que bate de frente com os interesses de Warwick.

Além de amar profundamente seu marido, Elizabeth acaba se tornando uma grande influência para o rei, mas não sem encontrar numerosos adversários. Entre os mais poderosos está Margaret Beaufort, uma mulher extremamente religiosa, cujo principal objetivo é ver seu filho Henry Tudor, no trono. Outra mulher que entra na batalha é Anne Neville, a filha do Lord Warwick. Uma peça no jogo de poder de seu pai, ela acaba encontrando sua força e ambição após se casar com o irmão mais jovem do rei, Richard, o duque de Gloucester.

Em 2013 quando a minissérie The White Queen foi exibida recebeu bastante críticas negativas e registrou uma baixa audiência na Inglaterra. Por esta razão, a BBC decidiu não encomendar a produção de sua sequência. No entanto, a minissérie teve uma boa receptividade nos EUA, onde a imprecisão histórica não foi levada em consideração. Assim, o canal Starz anunciou a continuação da trama intitulada The White Princess, minissérie que agora recebe a encomenda de oito episódios para 2017 e será situada em 1485 e gira em torno de Elizabeth, filha de Elizabeth Woodville, que se torna esposa de Henrique VII e mãe de Henrique VIII. 

Nota: 3,5/5

Reign

Desde outubro de 2013 no ar pela CW, Reign conta a história real de Mary Stuart, Rainha da Escócia que reinou de 1542 à 1576. A série retrata seu caminho até o poder, iniciando com sua chegada à França ainda na adolescência e seu noivado, posteriormente casamento com o Príncipe Francis. Acompanhada de suas quatro damas de companhia e melhores amigas, Mary precisa sobreviver às intrigas, inimigos e forças obscuras que tomam conta da corte francesa.

Caminhando para sua quarta temporada, Mary Stuart deixou a França e volta para seu país de origem para lutar pela Escócia contra sua prima Elizabeth Tudor, Rainha da Inglaterra. Com isso, uma nova dinâmica ocorre na série, mostrando os dois lados, a da Mary e agora de outra rainha, Elizabeth. 

Confirmada que a quarta temporada será sua última, Reign pecou em alguns aspectos no decorrer das temporadas anteriores, principalmente na fidelidade dos fatos históricos, colocando personagens que não existiram com grande importância na adaptação, introduzindo também um universo meio sobrenatural e uma trilha sonora muito moderna e indie que não combina com o contexto. Mas não levando isso tanto em consideração a série possui vários pontos positivos e vale a pena dar uma conferida. 

Nota: 3/5

Victoria 

Estreando em agosto de 2016 pelo canal ITV, tendo apenas oito episódios, a minissérie foi renovada para uma segunda temporada antes mesmo da sua estreia. Victoria é uma série britânica criada por Daisy Goodwin e protagonizada por Jenna Coleman, que decidiu deixar Doctor Who para assumir o papel de Rainha Victoria. Na Inglaterra, a série atraiu mais de 7 milhões de espectadores por semana. 

A primeira temporada de Victoria retrata os primeiros anos do reinado de sua ascensão ao trono com apenas 18 anos, a sua intensa amizade e paixão com Lorde Melbourne, seu casamento com seu primo direto o Príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota e finalmente ao nascimento de sua primeira filha, que leva seu mesmo nome. A segunda temporada seguirá as lutas de Victoria na gestão de seu papel como rainha com o de seus deveres para com seu marido e filhos. 

O reinado de Victoria durou 63 anos e sete meses, foi o segundo mais longo da história do Reino Unido e ficou conhecido como a Era Vitoriana. Foi um período de mudança industrial, cultural, política, científica e militar e ficou marcado pela expansão do Império Britânico. Com isso, a série ainda tem muito pra abordar se persistir por várias e várias temporadas. 

Nota: 4/5

The Crown 

Dia 4 de novembro de 2016 a Netflix estreou a série The Crown, com dez episódios. Criada e escrita por Peter Morgan que também escreveu o filme A Rainha de 2006 e recentemente a peça de teatro O Público, a série é inspirada na premiada peça teatral “The Audience”

A série acompanha a história da rainha Elizabeth II interpretada por Claire Foy desde o falecimento de seu pai, até sua coroação aos 25 anos, e dos primeiros-ministros que, juntos, deram forma à Grã-Bretanha depois da Segunda Guerra Mundial. A série narra as histórias internas dos dois famosos endereços do mundo, o palácio de Buckingham e 10 Downing Street, incluindo as intrigas, romances e esquemas por trás dos eventos que moldaram a segunda metade do século 20. 

Peter Morgan como também Stephen Daldry tiveram a sensibilidade ao retratar uma jovem mulher, cheia de inseguranças, dúvidas e anseios, ao mesmo tempo forte e determinada suficiente para administrar suas responsabilidades e tomar grandes decisões aos olhos e cobranças de todos. Em The Crown podemos observar as angústias, o que Elizabeth precisou fazer como líder, seus desejos e vontades pessoais, tentando conciliar a vida de rainha, de esposa, filha, irmã e mãe. O que ela teve de abdicar em prol do que ela precisava fazer pela Inglaterra, pelo seu povo. 

Nota: 5/5

Lista: 5 séries ou minisséries sobre a realeza

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