Em um ano recheado de surpresas e eventuais decepções, o cinema reservou grandes pérolas. A redação de Cinema do Quarto Ato se reuniu para uma extensa votação que resultou na lista que você confere abaixo. Os Melhores Filmes de 2016, segundo o Quarto Ato:
10. Rogue One: Uma História Star Wars, de Gareth Edwards
"Mesmo sendo a maior referência de cultura pop, a saga Star Wars vai além do entretenimento, da aventura e da jornada do herói. Em todos os filmes da saga, a trama faz questão de abordar questões políticas pertinentes que dialogam com situações que a humanidade vive desde sempre, como a opressão e a resistência. Rogue One realiza isso muito bem e de forma corajosa, ao passo que são tomadas decisões que fogem do que costuma ser visto na saga. A substância que faz Star Wars ser o que é foi belamente contemplada em Rogue One – isso já é um bom motivo para ir ao cinema." Confira a crítica completa por Hillary Maciel
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9. O Lagosta, de Yorgos Lanthimos
O diretor grego Yorgos Lanthimos apresenta uma sequência de seus trabalhos anteriores. Suas distopias que dialogam com o movimento surrealista acompanham-no desde Dente Canino e Alpes. Em 'O Lagosta' há uma lei que proíbe as pessoas de serem solteiras; para isso, são confinadas em um hotel, onde tem o prazo de 45 dias para encontrar um(a) parceiro(a). Caso não atinjam tal objetivo, são transformados em um animal a sua escolha e soltos na floresta. As premissas instigantes de Lanthimos, inclusive, servem como meio de diálogo sobre a situação instável da Grécia no contemporâneo, através de críticas sobre o Estado e a sociedade. (por Lucas Veiga)
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8. Spotlight - Segredos Revelados, de Tom McCarthy
"O elenco é excelente. Cada personagem carrega uma característica pessoal que os define até o ponto em que ocorre uma desconstrução gradativa à medida que a investigação se aprofunda. Bater de frente contra a maior instituição religiosa do mundo não é exatamente o maior temor da equipe, mas sim saber que o que aconteceu com essas crianças poderia ter acontecido com qualquer um deles ou com seus filhos e que continuará acontecendo se não puderem ajudar. Um filme verdadeiramente necessário, angustiante e com um tema que infelizmente permanece extremamente atual." Confira a crítica completa por Gerard Damiano
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7. Anomalisa, de Charlie Kaufman
"Atrelando um discurso intensamente dramático ao um humor único, ‘Anomalisa’ se conclui deixando questões. Não quanto ao seu enredo que se torna até bem explicado, mas quanto ao seu personagem principal. Não fica muito evidente como devemos compreendê-lo; se é tudo culpa de seu egocentrismo ou – seria mais propenso a discussão – se podemos enxergar em sua crise algo além de sua própria capacidade de ajuda. A única certeza que fica é que, por mais que Michael não se compreenda, ele está muito ciente do seu problema incurável. O que é brilhantemente suficiente." Confira a crítica completa por Arthur S. Gadelha
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6. Pelo Amor de Spock, de Adam Nimoy
"O trabalho metalinguístico, o qual leva em conta os nove mil fãs que contribuíram na campanha de arreação de fundos, já que exibe fotos de muitos deles durante os créditos finais, é mais que um filme só de Adam. Em sua essência e na pratica também é de Leonard, que tanto nos ensinou que uma vida longa e próspera não é nada sem o amor que move as galáxias. E que lição maravilhosa!" Confira a crítica completa por Gabriel Amora
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5. Elle, de Paul Verhoeven
Existem tantos motivos para considerar “Elle” uma obra-prima do cinema, mas só irei citar dois. Paul Verhoeven retorna aos cinemas de maneira triunfal depois de anos sem ter um lançamento na telona desde o excelente A Espiã. Verhoeven traz muito de seu estilo peculiar das primeiras produções que realizou na Holanda e aliado a um humor negro deliciosamente sarcástico. Tudo isso de nada valeria se não fosse a talentosa Isabelle Huppert dando um show na melhor atuação de 2016. Sua personagem não busca ter nenhuma simpatia com o público, assim como todos os coadjuvantes, Huppert interpreta uma mulher extremamente complexa, problemática e com atitudes que passam longe do politicamente correto com uma frieza por vezes assustadoramente intensa. Uma grande obra para os amantes do cinema. Merece todos os prêmios que foi e que venha a ser indicado e sem dúvidas é o melhor filme que 2016 entregou para nós. O retorno que o mestre Verhoeven merecia há tempos. (Por Gerard Damiano)
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4. Os Oito Odiados, de Quentin Tarantino
"Alguns diretores conseguem trazer um público cativo para prestigiarem suas histórias, mesmo que essas não mereçam atenção. Não é o caso deste trabalho de Tarantino, que embora não seja o melhor de seus filmes não é de forma alguma um trabalho esquecível. O diretor mostra-se afiado como sempre, e demonstrando a maturidade e completo domínio de câmera que, juntos, fazem dele um dos melhores diretores da atualidade." Confira a crítica completa por Carla Marinho
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3. O Quarto de Jack, de Lenny Abrahamson
"O Quarto de Jack" revela-se uma ótima experiência cinematográfica; um drama denso que desabrocha como um convite de Jack à descoberta da vida, de forma que nos faz refletir por bastante tempo sobre todas as possibilidades que estão no imenso mundo à nossa volta, mas que muitas vezes não exploramos por estarmos presos ao nosso próprio confinamento." Confira a crítica completa por Gustavo Nery
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2. Aquarius, de Kléber Mendonça Filho
"Aquarius é realmente tudo o que comentam. Um filme sem grandes pretensões, com interpretações inspiradoras e um roteiro bem delineado. Sem demagogia, surge aqui o melhor lançamento de 2016 dentre os filmes nacionais. Vida longa ao cinema brasileiro." Confira a crítica completa por Carla Marinho
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1. A Chegada, de Dennis Villeneuve
"Dennis Villenueve mais uma vez presenteia o cinema com um filme que vai além do que é ali apresentado. É impossível se abster das questões trabalhadas de forma tão espontânea. A Chegada se mostra como obra que valoriza a diplomacia e explora o que o ser humano tem de mais próprio e especial: a sua forma de se relacionar para consigo, para com os outros e para com o mundo." Confira a crítica completa por Hillary Maciel
◤Menções Honrosas:
Cinco Graças, de Deniz Gamze Ergüven (Crítica de Arthur Gadelha)
Chocolate, de Roschdy Zem (Crítica de Carla Marinho)
Agnus Dei, de Anne Fontaine
Capitão América – Guerra Civil, de Anthony e Joe Russo (Crítica por Gabriel Amora)
Invasão Zumbi, de Sang-Ho Yeon (Crítica por Gabriel Amora)
◤Confira as listas individuais
Obs: Cada filme da lista individual foi pontuado 10 à 1, de acordo com a ordem definida por cada um. A soma das maiores pontuações definiram a lista geral do Quarto Ato.
Arthur Gadelha
1. Aquarius
2. Cinco Graças
3. A Chegada
4. Yorimatã
5. Anomalisa
6. O Silêncio do Céu
7. É Apenas o Fim do Mundo
8. Boi Neon
9. Elle
10. A Juventude
Carla Marinho
1. Chocolate
2. Agnus Dei
3. Shaolin do Sertão
4. Animais Fantásticos e Onde Habitam
5. O Novato
6. O que eu fiz pra merecer isso?
7. Aquarius
8. 45 Anos
9. Doutor Estranho
10. Deadpool
Gabriel Amora
1. Pelo Amor de Spock
2. Os Oito Odiados
3. A Chegada
4. Aquarius
5. Blue Jay
6. Cinema Novo
7. Invocação do Mal 2
8. Capitão América - Guerra Civil
9. Star Trek: Sem Fronteiras
10. Animais Noturnos
Gerard Damiano
1. Elle
2. Rogue One: Uma História Star Wars
3. Invasão Zumbi
4. A Bruxa
5. Capitão América - Guerra Civil
6. Mogli: O Menino Lobo
7. Rua Cloverfield 10
8. Doutor Estranho
9. Cinco Graças
10. Aquarius
Gustavo Nery
1. A Chegada
2. Spotlight
3. O Quarto de Jack
4. Julieta
5. Carol
6. Aquarius
7. Zootopia - Essa Cidade é o Bicho
8. O Lagosta
9. Doutor Estranho
10. Mogli: O Menino Lobo
Hillary Maciel
1. Aquarius
2. Os Oito Odiados
3. A Chegada
4. O Quarto de Jack
5. Pelo Amor de Spock
6. Spotlight
7. Creed: Nascido para Lutar
8. Rogue One: Uma História Star Wars
9. Star Trek: Sem Fronteiras
10. Anomalisa
Lucas Veiga
1. O Lagosta
2. O Quarto de Jack
3. A Chegada
4. Anomalisa
5. Jovens, Loucos e Mais Rebeldes
6. Elle
7. Capitão Fantástico
8. Demônio de Neon
9. Eu, Daniel Blake
10. Depois da Tempestade
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