Pular para o conteúdo principal

Sense8: Especial de Natal (2016) | Mais que um especial

Resultado de imagem para sense8 special

Resultado de imagem para sense8 christmas special poster
Sense8: A Christmas Special (USA)
Das séries originais da Netflix, Sense8 é a que melhor trabalha a contemporaneidade em seus discursos. A forma como se constrói a conexão entre oito personagens de realidades diferentes é cativante, porém, mais do que isso, é descobrir que, acima de todas as diferenças, eles encontram um ponto comum. É sobre isso que Sense8 se trata: igualdade.

Para aconchegar os corações dos fãs neste intervalo entre a 1ª e a 2ª temporada, a série nos introduz à nova fase dos sensates. Após as descobertas e desenvolvimento inicial de personagens, agora se acompanha o desenrolar dos dramas individuais e do mistério ao redor do fenômeno que estão vivendo. 

O que de melhor foi visto na primeira temporada é retomado no Especial de Natal. Escrito e dirigido por Lana Wachowski, o episódio soma a abordagem sci-fi ao sentido mais humanista possível e, a partir disso, constrói um elo não somente entre os oito, mas entre todos que acompanham a série.

E, apesar da ação que permeia alguns momentos, é no roteiro que se trabalha a humanidade em sua forma mais íntima, como no belíssimo monólogo de Hernando sobre a arte no amor, ou quando Kala enfatiza que ela é quem possui o domínio de seu corpo.

E mesmo sendo um Especial de Natal, o episódio não deixa de trabalhar a trama principal que envolve o grupo com o vilão Sussurros, que, com sua presença, transmite o perigo. Mas funciona como um nó que será desenrolado ao longo da segunda temporada.

Toda execução técnica é, mais uma vez, muito bem desempenhada. A montagem inovadora, junto à trilha sonora, consegue transpor a sensação de união e singularidade que Sense8 possui.

O episódio, que emociona e envolve, reforça a ansiedade para a segunda temporada e reafirma a importância de séries assim. Maio de 2017 nunca pareceu tão longe. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Leonard Nimoy, eterno Spock, morre aos 83 anos

A magia que um personagem nos passa, quando sincera, é algo admirável. Principalmente quando o ator fica anos trabalhando com a mesma figura, cuidando com carinho e respeitando os fãs que tanto o amam também. E, assim foi Leonard Nimoy . O senhor Spock de Jornada nas Estrelas , que faleceu ontem (27/02) por causa de uma doença pulmonar, aos 83 anos. O ator, diretor, escritor, fotógrafo e músico deixou um legado imenso para nós. E isso é algo que ele sempre tratou com muita paixão: a arte. A arte de poder fazer mais arte. E com um primor de ser uma boa pessoa e querida por milhares. E por fim, a vida atrapalhou tal arte. Não o eternizou como o seu personagem. Mas apenas na vida, pois no coração e na memória de todos, o querido Nimoy vai permanecer perpétuo nessa jornada. Um adeus e um obrigado, senhor Leonard Nimoy, de Vulcano. Comece agora, sua nova vida longa e próspera, onde quer que esteja.

O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos (2014) | Peter Jackson cumpre o que prometeu

    Não vamos negar que a trilogia O Hobbit possui grandes problemas. O que é uma pena, já que a trilogia anterior ( O Senhor dos Anéis ) não tem falha alguma. Contudo, o que tinha de errado em Uma Jornada Inesperada e Desolação de Smaug , o diretor Peter Jackson desfaz nessa última parte. O que é ótimo para os espectadores e crível para os adoradores da saga da terra-média de longa data.     O filme apresenta problemas diversos, por exemplo, um clímax logo na primeira cena (se é que você me entende) e um personagem que não consegue momento algum ser engraçado. Falhas como essas prejudicam o filme como todo. O roteiro, por ser o mais curto dos três, precisava de mais tempo em tela, e dessa forma, cenas e personagens sem carisma são usados repetidas vezes e com uma insistência sem ter porquês. Mas, em contra partida, O Hobbit e a Batalha dos Cinco Exércitos consegue ser mais direto, objetivo e simples que seus antecessores, que são longos e cheios de casos...

Filmes querem lhe enganar, não esqueça disso

Este texto não bem uma crítica, mas uma ponderação sobre o cinema enquanto uma ferramenta de afirmação. Podemos supor que o que leva uma equipe a gastar quase 100 milhões de dólares para contar uma história é principalmente acreditar nela. Veja só, por que filmes de guerra são feitos? Além do deslumbre de se tornar consumível uma realidade tão distante do conforto de uma sala com ar-condicionado, há a emoção de se  converter emoções específicas. Sentado em seu ato solitário, o roteirista é capaz de imaginar as reações possíveis de diferentes plateias quando escreve um diálogo ou descreve a forma como um personagem se comporta. Opinião: Filmes querem lhe enganar, não esqueça disso "Ford vs Ferrari", de James Mangold, é essencialmente um filme de guerra. Mesmo. Digo isso porque Ford vs Ferrari , de James Mangold , é essencialmente um filme de guerra. Mesmo. Aqui é EUA contra Itália que disputam o ego de uma vitória milionária no universo da velocidade. Ainda no iníci...