Baseada no livro homônimo de Liane Moriarty (No Brasil: Pequenas Grandes Mentiras), Big Little Lies é a nova aposta da HBO, adaptada para o formato de minissérie com 7 episódios. Com uma trama envolvente em torno de um grande mistério e um elenco de peso, a série sem dúvidas já é o mais novo sucesso do canal, mesmo só tendo lançado ainda um único episódio.
A história se passa na cidade de Monterey, na Califórnia, onde conhecemos Madeline Martha Mackenzie (Reese Witherspoon) que como ela mesmo se denomina, uma mãe em tempo integral, com duas filhas e casada com Ed. Madeline é aquela mãe totalmente sociável, que faz tudo pela comunidade escolar, buscando uma ocupação na sua vida pacata. Conhecemos também, Jane Chapman (Shailene Woodley), mãe solteira do pequeno Ziggy, nova na cidade e contadora. E Celeste Wright (Nicole Kiddman) que é uma ex-advogada, que largou sua carreira para cuidar de seus filhos gêmeos.
A trama gira em torno de um misterioso assassinato ocorrido em um baile de arrecadação de fundo na escola infantil. Seguindo a mesma narrativa do livro, o foco se divide entre aprofundar na vida das mães Madeline, Celeste e Jane e mostrar os depoimentos do crime ocorrido. Adotando uma narrativa fragmentada, o drama já nos atira de cara no meio de um caso de homicídio ao intercalar depoimentos atuais com longos flashbacks (e rápidos flashforwards). É interessante como isso se desenvolve na trama, onde os interrogados conseguem colocar em seus depoimentos a união perfeita para os acontecimentos apresentados no passado.
A decisão de manter essa dupla narrativa deu um ritmo para série, visto que é o que dita o tom de mistério na obra de Liane Moriarty, onde tentamos desvendar quem morreu e quem matou através dos depoimentos. Mas quem matou não é o que mais prende nossa curiosidade e sim quem morreu nesse evento. Big Littles Lies se distancia de qualquer série do gênero pela sobriedade com que trata as situações narradas e o peso que o homicídio coloca todos os membros das principais famílias na condição de imediatos suspeitos.
O piloto apresenta os problemas que regerão a obra, temos a questão de Ziggy ser acusado logo no primeiro contato com os colegas de tentar enforcar Ammabelle, filha da empresária Renata Klein (Laura Dern). Esse acontecimento cria uma rivalidade entre as mães, desencadeando todo resto, esse é o ponto de partida para o que vem em seguida, para o fatídico assassinato.
Madeline teve maior destaque nesse primeiro episódio, mostrando um pouco mais profundamente sua relação com as filhas, com o ex-marido e o atual. Jane seria a personagem mais misteriosa das três, não é revelada muita coisa sobre seu passado, nada se sabe sobre o pai de Ziggy, o que sabemos que a mudança dela não foi acidental e os flashbacks insinuam que a personagem passou por algum grande trauma, não superado.
Celeste por sua vez, tem uma grande questão ainda não explorado profundamente na trama, com o marido Terry (Alexander Skarsgård) que é mais novo, que inicialmente parece uma relação normal, um bom marido e pai, mas que no decorrer do episódio vemos um outro lado do personagem, um lado agressivo e abusivo com a esposa.
No decorrer do episódio, fica claro como aquelas mães não estão ali de brincadeira, e podemos ver em suas características a necessidade de proteger seus filhos a todo custo, além do esforço para alcançar a perfeição. É interessante como a série nos mostra que podem existir pessoas tão sujas com um disfarce totalmente limpo.
O ponto forte de Big Littles Lies é o realismo, os problemas pessoais das personagens são muito viáveis de acontecer com qualquer um e isso, junto com o mistério acerca do assassinato, faz o telespectador se encontrar em cada uma dessas três mulheres, além de atiçar nossa curiosidade, é praticamente impossível não terminar o episódio querendo desesperadamente assistir o restante da temporada.
Nem precisamos destacar as atuações, com tantos nomes de peso não havia dúvidas sobre a qualidade das atuações e todos se encaixam muito bem em seus papéis. A direção de todos os sete episódios é por conta de Jean-Marc Vallée, que nos proporciona uma grande ênfase nos sentimentos dos personagens. Os observar, perdidos em seus devaneios nos faz quase tocar os pensamentos de quem está em cena. Big Littles Lies cativou em primeira mão, permanecendo nesse caminho sem dúvidas será um grande arrebatador de audiência para HBO.
A história se passa na cidade de Monterey, na Califórnia, onde conhecemos Madeline Martha Mackenzie (Reese Witherspoon) que como ela mesmo se denomina, uma mãe em tempo integral, com duas filhas e casada com Ed. Madeline é aquela mãe totalmente sociável, que faz tudo pela comunidade escolar, buscando uma ocupação na sua vida pacata. Conhecemos também, Jane Chapman (Shailene Woodley), mãe solteira do pequeno Ziggy, nova na cidade e contadora. E Celeste Wright (Nicole Kiddman) que é uma ex-advogada, que largou sua carreira para cuidar de seus filhos gêmeos.
A trama gira em torno de um misterioso assassinato ocorrido em um baile de arrecadação de fundo na escola infantil. Seguindo a mesma narrativa do livro, o foco se divide entre aprofundar na vida das mães Madeline, Celeste e Jane e mostrar os depoimentos do crime ocorrido. Adotando uma narrativa fragmentada, o drama já nos atira de cara no meio de um caso de homicídio ao intercalar depoimentos atuais com longos flashbacks (e rápidos flashforwards). É interessante como isso se desenvolve na trama, onde os interrogados conseguem colocar em seus depoimentos a união perfeita para os acontecimentos apresentados no passado.
A decisão de manter essa dupla narrativa deu um ritmo para série, visto que é o que dita o tom de mistério na obra de Liane Moriarty, onde tentamos desvendar quem morreu e quem matou através dos depoimentos. Mas quem matou não é o que mais prende nossa curiosidade e sim quem morreu nesse evento. Big Littles Lies se distancia de qualquer série do gênero pela sobriedade com que trata as situações narradas e o peso que o homicídio coloca todos os membros das principais famílias na condição de imediatos suspeitos.
O piloto apresenta os problemas que regerão a obra, temos a questão de Ziggy ser acusado logo no primeiro contato com os colegas de tentar enforcar Ammabelle, filha da empresária Renata Klein (Laura Dern). Esse acontecimento cria uma rivalidade entre as mães, desencadeando todo resto, esse é o ponto de partida para o que vem em seguida, para o fatídico assassinato.
Madeline teve maior destaque nesse primeiro episódio, mostrando um pouco mais profundamente sua relação com as filhas, com o ex-marido e o atual. Jane seria a personagem mais misteriosa das três, não é revelada muita coisa sobre seu passado, nada se sabe sobre o pai de Ziggy, o que sabemos que a mudança dela não foi acidental e os flashbacks insinuam que a personagem passou por algum grande trauma, não superado.
Celeste por sua vez, tem uma grande questão ainda não explorado profundamente na trama, com o marido Terry (Alexander Skarsgård) que é mais novo, que inicialmente parece uma relação normal, um bom marido e pai, mas que no decorrer do episódio vemos um outro lado do personagem, um lado agressivo e abusivo com a esposa.
No decorrer do episódio, fica claro como aquelas mães não estão ali de brincadeira, e podemos ver em suas características a necessidade de proteger seus filhos a todo custo, além do esforço para alcançar a perfeição. É interessante como a série nos mostra que podem existir pessoas tão sujas com um disfarce totalmente limpo.
O ponto forte de Big Littles Lies é o realismo, os problemas pessoais das personagens são muito viáveis de acontecer com qualquer um e isso, junto com o mistério acerca do assassinato, faz o telespectador se encontrar em cada uma dessas três mulheres, além de atiçar nossa curiosidade, é praticamente impossível não terminar o episódio querendo desesperadamente assistir o restante da temporada.
Nem precisamos destacar as atuações, com tantos nomes de peso não havia dúvidas sobre a qualidade das atuações e todos se encaixam muito bem em seus papéis. A direção de todos os sete episódios é por conta de Jean-Marc Vallée, que nos proporciona uma grande ênfase nos sentimentos dos personagens. Os observar, perdidos em seus devaneios nos faz quase tocar os pensamentos de quem está em cena. Big Littles Lies cativou em primeira mão, permanecendo nesse caminho sem dúvidas será um grande arrebatador de audiência para HBO.
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