O que Cidade dos Ossos, ShadowHunters e os Instrumentos Mortais tem em comum? Trata-se da mesma história escrita por Cassandra Claire, adaptada dos livros para cinema em 2013 e readaptada para a televisão em 2016 pela Freeform que conseguiu um acordo com a Netflix, que disponibiliza os episódios da série nos mercados internacionais (incluindo o Brasil) um dia após a transmissão pela emissora de origem. A saga Os instrumentos mortais têm como primeiro livro a Cidade dos Ossos, livro esse que introduz os personagens Clary e Jace.
Esse grande sucesso editorial foi adaptado em 2013 para as telonas, tendo como atriz principal Lily Collins no papel de Clary. Sofreu grandes críticas, inclusive pela sua interpretação. Na realidade o filme deixou um pouco a desejar personagens eram vagamente semelhantes com os dos livros, com algumas raras exceções. A história ficou truncada e corrida, é praticamente impossível contar um livro de 459 páginas em 2h09min de filme.
Em 2016 renasce a tentativa de emplacar a história dos Caçadores de Sombras e eis que a Freeform resolve criar a série ShadowHunters. Ta, tudo bem, agora com vários episódios é possível desenvolver melhor a atmosfera que Cassandra Claire queria. Você esperava que sim, né? Pois se engana, caro amigo. Eles conseguiram alterar a essência dos livros. Chega mais que vou te explicar.
Os livros se desenvolvem em um mundo alternativo onde vampiros, lobisomens, caçadores de sombras, demônios, feiticeiros convivem pois existe um Acordo. Acordo esse que os caçadores de sombras são responsáveis para manter a ordem e que ele seja realmente cumprido. Eles são o elo entre o mundo dos mundanos (pessoas comuns) e o mundo obscuro da Clave (elite de caçadores). Os caçadores vivem nos Institutos que ficam espalhados nas principais cidades do mundo. A série Instrumentos Mortais se passa no Instituto de Nova York.
Os Institutos lembram castelos antigos, meio medieval. Ali os caçadores de sombras treinam e vivem para o trabalho que é manter a ordem do Acordo e se reportam a Clave. A essência alterada que falei acima tem início logo na estrutura do Instituto. Vocês viram a série? O Instituto não é tão tecnológico e colorido como foi apresentado.
Depois conseguiram mudar os personagens, não sei se os atores são ruins ou se foi algo colocado pelo roteirista. Amigo, não ficou bom. Gente, falaram mal da Lily Collins mas essa Katherine McNamara... Pelo amor de Deus. Como não ser Clary, você ver por aqui. Muito ruim a interpretação, a moça não tem nenhuma expressividade, não consegue derramar uma lágrima, parece constantemente está desfilando. Sério, a Clary dos livros não é assim.
Falando de outros personagens, no filme algumas coisas deixaram a desejar. Mas você consegue perceber a atmosfera dos livros. Algumas boas interpretações fizeram eu gostar um pouco mais do filme do que da série. Jonathan Rhys Meyers como Valentim Morgenstern foi como se o personagem pulasse das páginas dos livros. O Valentim da série foi interpretado por Alan Van Sprang; um bom ator, porém não convenceu.
Um dos meus personagens favoritos era o Magnus Bane, tocaram-se que eu coloquei "era"? A série estragou totalmente o personagem; ele tem uma profundidade tão grande e nada dela fica aparente na série, não parece um feiticeiro que vive há séculos.
O personagem Simon, amigo de Clary que vira vampiro, na série conseguiu ser um pouco mais engraçado. Os outros, tanto no filme como na série deixaram a desejar. Gente, que Jace’s são esses? O do filme muito sombrio, parece que tá doente. O da série só quer ser capa de revista todo bombadinho. A Jocelyn, mãe da Clary, no filme passa o tempo desacordada e na série mal é sequestrada, retorna e fica acordadinha. Isso não estava no livro. Será que é tão difícil assim manter pelo menos os fatos lógicos da obra?
O que falar sobre a química dos casais? Clary e Jace em um lindo amor juvenil, duas pessoas que em determinado momento pensam que são irmãos. Os atores no filme e na série não conseguiram retratar as camadas de sentimentos e sutilezas existentes. Eles simplesmente não possuem a tal aclamada química.
Temos também Alec e Jace, eles são parabatai, foram criados juntos e possuem essa ligação que é maior que de irmãos. Em um dado momento, Alec confunde seus sentimentos e pensa amar Jace além da relação parabatai. Simon conhece Clary desde pequenos e ele sempre teve um amor platônico por ela. Mas no futuro ele se permite conhecer outras garotas, como Maya e Isabelle.
Magnus e Alec são o casal improvável, Magnus tem grande resistência em se envolver com caçadores de sombras, pois já teve um amor platônico por um (citado na saga "As Peças Infernais") e ele sabe que viverá para sempre. Mas o amor entre eles fala mais alto. Um casal fofo estragado pelo filme e série. Existem outros casais, mas não são tão relevantes para história.
Na real, o filme tem mais características do livro que a série, a série tá mais pra teen com péssimos efeitos visuais. Vamos esperar que a segunda temporada dê uma melhorada, ela já está no ar. É uma série que dá pra assistir se você nunca leu os livros, não é uma The Shannara Chronicles nos quesitos efeitos especiais. Não que seja perfeita, mas isso são cenas de uma outra crítica. Segue a sinopse da história do livros.
Clary é apresentada ao mundo das sombras quando testemunha um crime na boate no centro de Nova York, crime esse cometido por três adolescentes repletos de tatuagens. Quem comete esse crime é Jace e seus amigos nephelins, filhos de anjos com humanos, que são chamados de Caçadores de Sombras (ShadowHunters). Clary se vê envolvida no mundo de Jace quando sua mãe desaparece e ela é atacada por um demônio. Por que um demônio estaria interessado em uma mundana e como de repente ela adquiriu o dom da Visão? É o que todos querem saber.
NOTA LIVRO:
NOTA FILME:
NOTA SÉRIE:
Alguém que entende minha eterna decepção com essas """"Adaptações"""" que fizeram, estragaram a saga e os personagens. Isabelle é minha favorita na saga, mas no filme colocaram ela como umazinha que da em cima de todo mundo.
ResponderExcluirE sobre a serie, assiti até eles chegarem no instituto. Quando apareceu mil e uma tecnologias eu senti NOJO, o Instituto é dentro de uma igreja abandonada, sem nada dentro, apenas quartos e um grande corredor... Estragaram a essência da incrível saga que Cassandra escreveu, inflizmente, os diretores e roterias não fizeran questão de ler pelo menos 1 único livro dela.
Ótima Crítica, mostrou a realidade dessas adaptações.
Senti esse descaso com a essência dos livros... É triste pra quem curte a saga. :(
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