Pular para o conteúdo principal

LEGO Batman: O Filme (2017) | O humor que a DC nunca pediu

Resultado de imagem para batman lego filme
Rir de si mesmo, às vezes, pode ser o melhor remédio. Depois de três tentativas de decolar com o universo cinematográfico da DC, a Warner apostou em LEGO Batman: O Filme, com piadas exageradas, estúpidas e algumas absurdamente engraçadas. O filme simplesmente tira sarro de tudo relacionado ao universo do morcego. Passeando até por obras clássicas como a série de televisão de Adam West até chegar em quadrinhos, como O Cavaleiro das Trevas de Frank Miller

Inclusive, LEGO Batman é o tipo de obra que se você piscar, você perdeu. As gags e o humor ácido que o personagem tira dele mesmo é o momento oportuno que o estúdio precisava. Ao trabalhar com este caráter e abraçar o que os fãs pedem, o filme brinca com o fato da péssima ideia de existir um Esquadrão Suicida nos cinemas e até melhora a Barbara Gordon de A Piada Mortal, escrita por Alan Moore em 1989.



A animação, por outro lado, vai contra a maré. Por mais perfeita e detalhista que ela seja, a originalidade se concentrou no roteiro e tudo fica no piloto automático em relação aos personagens animados. Uma Aventura Lego, neste quesito, se saiu melhor. Prova disto é a repetição cansativa e colorida que traz exaustão e algumas dores na vista.

A música, outro ponto negativo do filme, se torna esquecível a cada momento que o Batman ou o Robin preferem criar drama através do som, o que torna os personagens previsíveis e, involuntariamente, chatos até.

Por conseguinte, a direção se firma no humor. Todo o resto é aceitável, já que o estúdio aposta como uma fuga nesse universo de legos. A piada valeu. Por mais esquecível que ela seja quando o filme acaba. Aliás, se tem algo que nos vem à cabeça quando o filme conclui, é a dublagem brasileira que se dedicou bastante na natureza dos personagens. Mas isto é mérito nosso. 


Crítica: LEGO Batman: O Filme (2017)

O humor que a DC nunca pediu

Comentários

  1. Obrigado por compartilhar suas críticas conosco. É muito bom, gostei de todos os pontos que você tocou!! Definitivamente é um dos meus filmes preferidos, a história é linda e mesmo que seja para criança eu desfrutei muito. Lego Batman E se você tiver crianças, eu tenho certeza que eles vão adorar também, garantido.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Deixe sua opinião!

Postagens mais visitadas deste blog

A Morte do Demônio (2013) | Reimaginação do "Conto Demoníaco"

The Evil Dead (EUA) Em 1981, Sam Raimi conseguiu realizar algo extraordinário. Com um orçamento baixíssimo (em volta de 1,5 mil), o diretor reinventou os filmes idealizados dentro de uma cabana com jovens e demônios. Além disso, ainda conseguiu fãs por todo o planeta que apreciavam a maneira simples e assustadora que o longa fora realizado. Em 2009, Raimi entrou em contato com Fede Alvarez por seu recente curta-metragem viral que rolava pela internet. A conversa acabou resultando na id eia de uma reinvenção do “conto” original de 1981. Liberdade foi dada à Alvarez para que tomasse conta da história. Percebe-se, a início, a garra deste para uma boa adaptação, no entanto, ainda peca por alguns problemas graves percebíveis tanto para quem é ou não é fã do original. Ao que tudo indicava, seria um Reboot. Mas se trata, na realidade, de uma (aparentemente) continuação audaciosa. A audácia já começa no pôster de divulgação: “O Filme Mais Aterrorizante que Você Verá Nesta Vida”...

Anúncio Oficial [Duas Faces do Cinema: Quarto Ato]

Desde que nós dois, Arthur Gadelha e Gabriel Amora, sentamos para decidir o nome do blog de cinema que escreveríamos a partir dali, e entramos no acordo que “Duas Faces do Cinema” intitularia o projeto, já sabíamos, mesmo sem dizer um para o outro, que ele não perduraria para sempre; não como principal. No entanto, assim que lançado, ainda com um fundo preto e branco, separando o casal principal do grande vencedor do Oscar, “O Artista”, a marca “Duas Faces do Cinema” ganhava espaço entre amigos e familiares.

O Retrato de Dorian Gray | Os segredos de Dorian

Oscar Fingal O’Flahertie Wills Wilde nasceu em 1854 em Dublin, estudou na Trinity College de Dublin e, posteriormente, no Magdalen College em Oxford. Seu único romance foi O retrato de Dorian Gray e seu sucesso como dramaturgo foi efêmero. Morreu em 1900 em Paris, três anos após ter sido libertado da prisão por ter sido pego em flagrante indecência.  O retrato de Dorian Gray foi publicado pela primeira vez em 1891 em formato de livro em uma versão bastante modificada do romance original de Oscar Wilde, pois foi considerado muito ousado para sua época. Já tinha sido editado quando publicado em série na revista literária Lippincott’s em 1890 e depois ainda foi alterado pelo próprio Wilde, que em resposta às duras críticas, fez sua própria edição para a publicação em livro. Estamos falando de uma Inglaterra do século XIX bastante tradicionalista e preconceituosa, assim, a versão original, tirada do manuscrito de Wilde, nunca havia vindo a público. Nicholas Frankel, professor de I...