Quando pensamos em amor, não podemos deixar de lado algumas obras, como a tradicional obra de William Shakespeare, "Romeu & Julieta". Mas claro, o amor não é único, muito menos um só. Desde o "amor que rompe gerações" até a famigerada paixão platônica, não há nada mais completo que a literatura para encontrar os diferentes tipos de romances. Pensando nisso - e tendo como base uma matéria de dois anos atrás -, o Quarto Ato separou mais 10 tipos de amor a fim de ilustrar o mês dos apaixonados... Então compre os chocolates, coloque a playlist para tocar e confira os romances:
Em uma era pela qual é possível controlar o tempo, Andrew Harlan é um Eterno que nunca falhou em seus deveres na Mudança da Realidade, trabalho capaz de influenciar bilhões de pessoas e de até mudar o rumo de toda a história. O técnico sempre teve uma responsabilidade além do limite, pelo menos até conhecer Noÿs Lambent, uma mulher que nem ao menos possui a possibilidade de sair de seu tempo. Questionando-se se vale a pena mudar uma ação ou outra por uma paixão, o Eterno que já viajou por vários momentos da história terá que burlar algumas regras se quiser pelo menos encontrar Noÿs mais uma vez. Mas, tudo ao seu tempo...
2. "O Retrato de Dorian Gray", de Oscar Wilde - O amor narcisista
Juventude e beleza são os dogmas de Dorian Gray, personagem icônico de Oscar Wilde. Com um retrato envelhecido e uma beleza de dar inveja, Mr. Gray - o garoto apaixonado pelo espelho - se insere em um universo onde o dinheiro parece comprar tudo, desde prazer até belas mulheres (e belos homens). Entretanto, quando Dorian percebe que não poderá ser belo para sempre, o garoto é capaz de vender a própria alma para que seu maior medo não se concretize: envelhecer.
3. "Travessuras de Menina Má", de Mario Vargas Llosa - O amor tolo
Ricardo, um peruano que possui o sonho de viver em Paris, conhece ainda na infância a chilenita Lily. Interesseira e geniosa, a mulher entra e sai da vida do peruano diversas vezes, fugindo de uma vida monótona com tanta firmeza quanto foge de seu passado. Mas para Ricardo, um tolo apaixonado, não importava quantas vezes a chilenita fugia de seus braços ou corria para os de outro homem, sua paixão era tão intensa quanto a de um peruano apaixonado.
4. "O Tronco do Ipê", de José de Alencar - O amor inocente
Mario, um dos residentes da Fazenda Nossa Senhora do Boqueirão, e Alice, a filha do proprietário, já eram quase que predestinados desde a infância. Entretanto, enquanto a garota não sentia um pingo de pudor em demonstrar seus sentimentos pelo garoto, Mario, órfão carrancudo e amargo desde pequeno, não parecia querer saber da menina. Seu principal objetivo era entender seu papel naquela fazenda e compreender os acontecimentos que levaram à morte de seu pai.
5. "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa - O amor não consumado
O jagunço Riobaldo, rico fazendeiro e protagonista de diversas pelejas, já nem sabia quem realmente era. Em busca do auto-conhecimento e procurando entender se um certo pacto teria ou se concretizado, o jagunço recorda suas vivências passadas junto ao seu companheiro Diadorim, a quem a cada dia possuía mais afeto, em meio às brigas e intrigas do sertão.
Heathcliff, órfão adotado por uma família rica, só possui um desejo: vingar-se de seu irmão adotivo e de todos que o impediram de se casa com Catherine, a mulher que amava quando jovem que morrera durante o parto. Após partir do Morro dos Ventos Uivantes e de conseguir se tornar rico, o homem arquiteta toda a sua trama, esquecendo-se de uma das maiores regras da vingança: que ela é um prato que se come frio. E no seu caso, é um prato amargo
7. "As Intermitências da Morte", de José Saramago - O amor após a morte
"No dia seguinte, ninguém morreu". É com essa frase que começamos um dos livros mais conhecidos do escritor Saramago. Quando a morte resolve que naquela nação, ninguém mais morreria, o país entrou em festa. Não importava o acidente, a doença ou a idade, as pessoas poderiam viver para sempre. Mas o que parecia uma entrada ao paraíso se tornou um verdadeiro inferno. Então, a fim de não ser mais vista como "a indesejável" a morte decide mudar um pouco seu método. Entretanto, por mais experimente que fosse, nem mesmo a própria morte e de ferro.
8. "Todo Dia", de David Levithan - O amor além do físico
A. não tem sexo, forma física ou mesmo consciência do porquê. A personagem acorda todos os dias em um corpo diferente em um local diferente, e foi assim desde que ele se entende por gente, e provavelmente será assim até o fim de sua vida. Entretanto, essa monotonia é quebrada de forma brusca quando A. entra no corpo do namorado de Rhiannon, e se apaixona pela garota. Entretanto, por se tratar de um amor extracorpóreo, as próprias eventualidades dessa particularidade serão barreiras para a menina e A.
9. "Teorema Khaterine", de John Green - O amor que se repete
Colin já teve várias namoradas de personalidades diferentes, idades diferentes e em momentos diferentes. Entretanto, essas meninas tinham duas características em comum: Todas se chamavam Katherine e nenhuma tinha suportado namorar com ele por muito tempo. Depois de ser dispensado pela décima nona Katherine, o garoto resolve fazer uma viagem com seu melhor amigo e formular um teorema que explique o tanto ele tem feito de errado. Entretanto, entre túmulos de arquiduques e cidadezinhas simpáticas, Colin poderá muito bem fazer uma ou duas contas erradas.
Humbert, um acadêmico literário, se encontra em uma posição de suspeita após um pedido incomum (para não dizer doentio) a um cafetão: uma menina de menor. Para se livrar das possíveis denúncias, Humbert decide se casar com uma mulher de idade parecida com a sua, mesmo que não seja esse o seu mais profundo desejo. Após a procura, o acadêmico encontra a esposa perfeita: velha e com uma filha de 12 anos, a sua perfeita "Lolita". Obcecado, o homem vai entrando em um caminho sem volta e, assim como um viciado, fará o possível e o impossível para conseguir satisfazer seus desejos com a pequena "Lolita".
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