A terceira temporada de Narcos precisava responder se conseguiria manter a qualidade sem a presença de Pablo Escobar (Wagner Moura) na tela. Agora com foco nos lideres do Cartel de Cali, Narcos trás uma nova narrativa, que de maneira alguma faz sentir falta do antigo líder do Cartel de Medelin. Agora com a historia sendo descrita pelo agente da DEA, Javier Peña, interpretado pelo ator Pedro Pascal (Game of Thrones), Narcos trás uma narrativa muito mais firme e intensa.
Em contraste a Escolbar, os irmãos Gilberto (Damián Alcázar) e Miguel Rodríguez (Francisco Denis), Chepe Santacruz Londoño (Pêpê Rapazote) e Pacho Herrera (Alberto Ammann), são muitos mais ardilosos e metódicos. Os lideres do cartel, além de possuírem empresas legitimas que auxiliam na lavagem do dinheiro do trafico, subornam tudo e todos para se manterem seguros. Além disso, possuem uma equipe de segurança impecável. Dando destaque aqui ao ator Matias Varela, que interpreta Jorge Salcedo, um dos chefes de segurança do Cartel. A subtrama de Jorge ao querer sair do Cartel para trabalhar de forma legitima é uma peça instrumental importante para a trama.
Tecnicamente, a serie permanece impecável. Desde a narração eficiente, até o uso pontual de cenas reais da época em que o cartel comandava ali. As sequencias de ação demonstram um cuidado da produção excelente em relação a geografia das cenas. Destaque também para o ator Francisco Denis, que esta excepcional no papel de Miguel Rodríguez. Apenas com seu olhar, o ator consegue passar a arbitrariedade de um dos cavaleiros de Cali.
Crítica: Narcos - 3ª Temporada (2017)
Além de Escobar
Um dos grandes pontos da temporada é dar destaque a corrupção sistêmica daquela época. Com toda a força policial de Cali na folha de pagamento do Cartel, a série consegue mostrar muito bem as dificuldades encontradas por Penã e seus agentes para prender os chefões do trafico. E ao contrário da primeira temporada, vemos a resolução dessa historia durante os 10 episódios excepcionais, trazendo ao telespectador viradas de roteiro surpreendentes que não devem em nada às temporadas anteriores. Várias delas tiveram destaque real na historia, como, por exemplo, a prisão inusitada de Gilberto Rodriguez, em 1995.
A terceira temporada de Narcos é inteligente e cativante. Prendendo o telespectador do inicio ao fim, a série acaba sendo um dos melhores produtos televisivos de 2017.
Comentários
Postar um comentário
Deixe sua opinião!