A indústria do terror nos ensinou algumas imagens do que seria um fantasma, e o conceito mais "infantil" é tão filosófico quanto a ideia do retorno de alguém do pós-vida. A figura do fantasma sob um lençol é a exemplificação do mistério em sua essência: alguém que não vemos, mas sabemos que está ali. Sobre uma série dessas questões, o diretor e roteirista David Lowery fez um dos mais carinhosos e amedrontadores filmes do ano, A Ghost Story, que não foi lançado nos cinemas brasileiros. No filme, Casey Affleck é um fantasma que perambula debaixo de um lençol pelo tempo.
Lowery é um fã declarado de sua experiência enquanto "imaginador", e se isso não está muito evidente em Amor Fora de Lei, é lindo que esteja no filme sobre um fantasma que contempla o próprio tempo na espera de alguém ou algo para partir.
Há uns dois meses, Lowery publicou no seu blog pessoal seu primeiro contato com audiovisual, um curta-metragem de dois minutos feito em VHS, quando tinha sete anos em 1988. Sua primeira "história de fantasma" era uma imaginação do que seria Poltergeist, de Spielberg, lançado em 82, que confessa não ter visto na época.
A montagem linear, a voz do próprio David em tela, o roteiro bagunçado, os gritos de horror - a criança por trás da câmera quer manter tudo como foi imaginado. Ao assisti-lo hoje, lembrando dos lentos choques de A Ghost Story, penso nas minhas memórias de criança, procurando a origem de todas essas coisas que ainda quero ser.
A magia que um personagem nos passa, quando sincera, é algo admirável. Principalmente quando o ator fica anos trabalhando com a mesma figura, cuidando com carinho e respeitando os fãs que tanto o amam também. E, assim foi Leonard Nimoy . O senhor Spock de Jornada nas Estrelas , que faleceu ontem (27/02) por causa de uma doença pulmonar, aos 83 anos. O ator, diretor, escritor, fotógrafo e músico deixou um legado imenso para nós. E isso é algo que ele sempre tratou com muita paixão: a arte. A arte de poder fazer mais arte. E com um primor de ser uma boa pessoa e querida por milhares. E por fim, a vida atrapalhou tal arte. Não o eternizou como o seu personagem. Mas apenas na vida, pois no coração e na memória de todos, o querido Nimoy vai permanecer perpétuo nessa jornada. Um adeus e um obrigado, senhor Leonard Nimoy, de Vulcano. Comece agora, sua nova vida longa e próspera, onde quer que esteja.
Não vamos negar que a trilogia O Hobbit possui grandes problemas. O que é uma pena, já que a trilogia anterior ( O Senhor dos Anéis ) não tem falha alguma. Contudo, o que tinha de errado em Uma Jornada Inesperada e Desolação de Smaug , o diretor Peter Jackson desfaz nessa última parte. O que é ótimo para os espectadores e crível para os adoradores da saga da terra-média de longa data. O filme apresenta problemas diversos, por exemplo, um clímax logo na primeira cena (se é que você me entende) e um personagem que não consegue momento algum ser engraçado. Falhas como essas prejudicam o filme como todo. O roteiro, por ser o mais curto dos três, precisava de mais tempo em tela, e dessa forma, cenas e personagens sem carisma são usados repetidas vezes e com uma insistência sem ter porquês. Mas, em contra partida, O Hobbit e a Batalha dos Cinco Exércitos consegue ser mais direto, objetivo e simples que seus antecessores, que são longos e cheios de casos...
Este texto não bem uma crítica, mas uma ponderação sobre o cinema enquanto uma ferramenta de afirmação. Podemos supor que o que leva uma equipe a gastar quase 100 milhões de dólares para contar uma história é principalmente acreditar nela. Veja só, por que filmes de guerra são feitos? Além do deslumbre de se tornar consumível uma realidade tão distante do conforto de uma sala com ar-condicionado, há a emoção de se converter emoções específicas. Sentado em seu ato solitário, o roteirista é capaz de imaginar as reações possíveis de diferentes plateias quando escreve um diálogo ou descreve a forma como um personagem se comporta. Opinião: Filmes querem lhe enganar, não esqueça disso "Ford vs Ferrari", de James Mangold, é essencialmente um filme de guerra. Mesmo. Digo isso porque Ford vs Ferrari , de James Mangold , é essencialmente um filme de guerra. Mesmo. Aqui é EUA contra Itália que disputam o ego de uma vitória milionária no universo da velocidade. Ainda no iníci...
Comentários
Postar um comentário
Deixe sua opinião!