Pular para o conteúdo principal

Oscar 2018: Pela primeira vez, Guillermo del Toro concorre em Melhor Filme e Direção

Será a primeira vez de Guillermo del Toro disputando ambos os almejados prêmios de Melhor Diretor e Melhor Filme no Oscar, por A Forma da Água. Seu primeiro contato com a competição aconteceu quando foi nomeado na categoria de Melhor Roteiro em 2007 por O Labirinto do Fauno; somente 11 anos depois vemos seu trabalho sendo prestigiado pelo corpo de críticos da estatueta dourada. 

Oscar 2018: Pela primeira vez, Guillermo del Toro concorre em Melhor Filme e Direção

Indicação dupla acontece num momento de ascensão latina na premiação norte-americana.


Guillermo, Alejandro G. Iñárritu e Afonso Cuarón fazem parte do círculo micro de diretores mexicanos indicados que, por sua vez, fazem parte de outro núcleo ainda pequeno de realizadores latinos que conseguiram atrair a inacessível atenção dos críticos do Oscar.

Os trabalhos de del Toro focam na linha tênue entre fantasia e realidade em contrastes delicados entre grotesco e belo (até mesmo em seus trabalhos mais popularizados como Blade II e Pacific Rim). Ao mesmo tempo, esses parâmetros, como os personagens fantásticos que cria e adapta, são espelhos de como a vida real pode ser mais assustadora que a ficção e que o fantástico detêm uma humanidade sublime e mal compreendida num mundo que esqueceu-se de como sonhar.

A Forma da Água retrata um laboratório no auge da guerra fria, onde Elisa, uma jovem muda que trabalha como zeladora, acaba por descobrir um homem anfíbio que está cativo no local. Quando Elisa percebe-se apaixonada pelo ser aquático, elabora um plano para libertá-lo de sua prisão.

Com estreia prevista para 01 de fevereiro nos cinemas brasileiros, o filme concorre no Oscar 2018 a um total de 13 indicações!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Morte do Demônio (2013) | Reimaginação do "Conto Demoníaco"

The Evil Dead (EUA) Em 1981, Sam Raimi conseguiu realizar algo extraordinário. Com um orçamento baixíssimo (em volta de 1,5 mil), o diretor reinventou os filmes idealizados dentro de uma cabana com jovens e demônios. Além disso, ainda conseguiu fãs por todo o planeta que apreciavam a maneira simples e assustadora que o longa fora realizado. Em 2009, Raimi entrou em contato com Fede Alvarez por seu recente curta-metragem viral que rolava pela internet. A conversa acabou resultando na id eia de uma reinvenção do “conto” original de 1981. Liberdade foi dada à Alvarez para que tomasse conta da história. Percebe-se, a início, a garra deste para uma boa adaptação, no entanto, ainda peca por alguns problemas graves percebíveis tanto para quem é ou não é fã do original. Ao que tudo indicava, seria um Reboot. Mas se trata, na realidade, de uma (aparentemente) continuação audaciosa. A audácia já começa no pôster de divulgação: “O Filme Mais Aterrorizante que Você Verá Nesta Vida”...

Anúncio Oficial [Duas Faces do Cinema: Quarto Ato]

Desde que nós dois, Arthur Gadelha e Gabriel Amora, sentamos para decidir o nome do blog de cinema que escreveríamos a partir dali, e entramos no acordo que “Duas Faces do Cinema” intitularia o projeto, já sabíamos, mesmo sem dizer um para o outro, que ele não perduraria para sempre; não como principal. No entanto, assim que lançado, ainda com um fundo preto e branco, separando o casal principal do grande vencedor do Oscar, “O Artista”, a marca “Duas Faces do Cinema” ganhava espaço entre amigos e familiares.

O Retrato de Dorian Gray | Os segredos de Dorian

Oscar Fingal O’Flahertie Wills Wilde nasceu em 1854 em Dublin, estudou na Trinity College de Dublin e, posteriormente, no Magdalen College em Oxford. Seu único romance foi O retrato de Dorian Gray e seu sucesso como dramaturgo foi efêmero. Morreu em 1900 em Paris, três anos após ter sido libertado da prisão por ter sido pego em flagrante indecência.  O retrato de Dorian Gray foi publicado pela primeira vez em 1891 em formato de livro em uma versão bastante modificada do romance original de Oscar Wilde, pois foi considerado muito ousado para sua época. Já tinha sido editado quando publicado em série na revista literária Lippincott’s em 1890 e depois ainda foi alterado pelo próprio Wilde, que em resposta às duras críticas, fez sua própria edição para a publicação em livro. Estamos falando de uma Inglaterra do século XIX bastante tradicionalista e preconceituosa, assim, a versão original, tirada do manuscrito de Wilde, nunca havia vindo a público. Nicholas Frankel, professor de I...